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quinta-feira, 28 de junho de 2018

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

22/06/2018 a 28/06/2018)



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terça-feira, 26 de junho de 2018

O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS E A GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO (Final)


Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
28/06/2018

Dando sequência a análise da coluna anterior, por que razão a Arábia Saudita tem interesse em elevar os preços do petróleo? Porque o sucesso da futura introdução em Bolsa das ações da Companhia Nacional Saudita Aramco, empresa estatal de petróleo, depende do preço do produto. Quanto mais caro o petróleo mais elevado o preço das ações e, assim, o governo saudita poderá financiar as reformas que estão em curso no país, e a guerra no Iêmen vizinho. Nesse contexto, a Arábia Saudita deseja prolongar o acordo de Viena, realizado em novembro de 2016, entre os membros da OPEP e a Rússia, visando reduzir a produção a fim de elevar os preços do petróleo, na medida em que diminui a oferta no mercado mundial. Por enquanto, o objetivo saudita foi alcançado, porém, o equilíbrio da estratégia é precário. Afinal, a Arábia Saudita se tornou refém do acordo, pois se sair do mesmo desestabiliza novamente o mercado. Para evitar uma redução forte e rápida do preço do petróleo mundial a Arábia anuncia que deseja prolongar sua aliança com a Rússia por mais 10 ou 20 anos. Mas por que a OPEP se encontra em tal situação? Porque, em 2014, diante da possibilidade concreta de os EUA se tornarem autossuficientes em petróleo e gás (e mesmo exportadores), graças ao xisto, os sauditas adotaram a estratégia inversa: inundar o mercado mundial de petróleo visando forte redução de seu preço, com o objetivo de inviabilizar a concorrência estadunidense do petróleo de xisto. Ora, a estratégia saudita fracassou: as empresas estadunidenses de xisto sobreviveram, e a Arábia Saudita e seus aliados foram obrigados, diante da menor receita obtida, a realizar cortes importantes em suas produções visando a recuperação dos preços. O problema é que o acordo entre Arábia Saudita e Rússia levou a um aumento nos preços do petróleo, porém, igualmente favoreceu a seus principais concorrentes, especialmente os produtores estadunidenses de petróleo de xisto. Pela primeira vez, desde 2015, as empresas do setor são rentáveis e podem autofinanciar seus projetos. Aliás, nos EUA a chamada Bacia Permien, situada entre o Texas e o Novo México, poderá se tornar o maior campo petrolífero do mundo até 2023. Se esta Bacia fosse membra da OPEP seria o quarto país exportador do cartel. Então, por que Trump briga com a OPEP? Pelo fato de que, se a alta dos preços do petróleo mundial favorece as indústrias petrolíferas locais, ela é extremamente nociva para as famílias norte-americanas, pois aumenta o custo de vida. No curto prazo, para acalmar os EUA e visando uma estratégia maior, a Arábia e a Rússia acabam de convencer a OPEP a aumentar a produção de petróleo em um milhão de barris diários. Mesmo assim, o preço do barril se mantém em elevados US$ 75,00. É neste contexto geopolítico que as gestões da Petrobras se inserem, com os impactos que isso representa para a sociedade brasileira.

domingo, 24 de junho de 2018

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

15/06/2018 a 21/06/2018)



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O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS E A GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO (I)


Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
21/06/2018

A greve dos caminhoneiros no Brasil teve no preço do diesel um de seus motivos. Este preço, assim como o da gasolina, passou a ser ajustado conforme a oscilação dos preços internacionais do petróleo. O objetivo da Petrobras, ao fazer isso, é recuperar a estatal após o enorme prejuízo que a mesma registrou ao ser usada para subsidiar os combustíveis nos governos Lula e Dilma (sem falar nos rombos causados pela corrupção ali constatada). Em função disso a estatal pouco investiu em sua modernização e reestruturação competitiva, acabando por constatar que exportar o petróleo bruto e importar combustíveis saía mais barato. Hoje, o Brasil importa ao redor de 25% do diesel que consome. Mas as elevações constantes dos preços do petróleo no mercado mundial deixaram, nestes últimos meses, a Petrobrás refém de sua estratégia, se vendo obrigada a aumentar constantemente o preço interno dos combustíveis, pressionando o setor produtivo e a inflação em geral. Ao mesmo tempo, temos de abrir concessões e privatizar setores da exploração do pré-sal, pois a estatal brasileira não tem recursos e tecnologia suficientes, no estado em que foi deixada, para fazê-lo sozinha de forma competitiva. Ocorre que a estratégia adotada deixa o Brasil à mercê, de forma mais aguda, da geopolítica mundial do petróleo, a qual se “movimenta” de forma intensa nos últimos anos. Segue aqui (e na próxima coluna) uma breve síntese desta realidade. Entre abril e maio do corrente ano os EUA passaram a reclamar da forte alta dos preços do petróleo, acusando a OPEP de estar fazendo um jogo perigoso. Ao mesmo tempo, a Rússia e a Arábia Saudita comemoram o aumento, pois o mesmo representa o sucesso da estratégia conjunta de reduzir a produção do “ouro negro” para que tal fato ocorresse. A anulação, pelos EUA, do acordo nuclear com o Irã, só fez potencializar o aumento dos preços mundiais do petróleo, já que o Irã é um dos grandes produtores e exportadores da commodity, mesmo que Irã e Arábia Saudita sejam inimigos. O confronto atual com o Irã, na verdade, se deve ao fato de que os EUA eliminaram, na primeira metade dos anos 2000, o seu aliado no Iraque, Saddam Hussein. Este, de religião sunita, foi posto no poder naquele país, justamente pelos EUA, para servir de barragem ao governo iraniano, de religião xiita. A queda de Saddam levou o Iraque a cair sob o domínio xiita e deu margem ao surgimento do Estado Islâmico atual.  Como o Irã exporta cerca de 2,1 milhões de barris diários de petróleo, um boicote dos EUA a sua economia tende a reduzir suas exportações, elevando os preços do produto, diante de uma demanda mundial que aumenta pela recuperação da economia pós-crise 2007/08. Por sua vez, a Arábia Saudita, contrária ao programa nuclear iraniano e aliada dos EUA, agora deseja elevar os preços do petróleo para níveis entre US$ 80 e US$ 100/barril. Por quê? (segue)

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

08/06/2018 a 14/06/2018)



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terça-feira, 12 de junho de 2018

O BRASIL CONTINUA À DERIVA


Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
14/06/2018

Chegamos a meados de 2018 e o que se temia vai se confirmando. A economia brasileira, apesar da pequena melhora em 2017, continua à deriva, com seu quadro piorando no corrente ano. A primeira fotografia nos chega através do PIB oficial do primeiro trimestre. Ao registrar apenas 0,4%, contra 1,1% no primeiro trimestre de 2017, cristaliza o óbvio: é ilusão imaginar que a economia irá melhorar sem um profundo ajuste fiscal, o qual depende de reformas estruturais adequadas. A greve dos caminhoneiros potencializou o problema. Associou-se a ela a disparada cambial e, com isso, já é plausível um PIB negativo no segundo trimestre do ano. Paralelamente, o mercado de trabalho não reage, enquanto a taxa de investimento continua muito aquém do necessário. No primeiro trimestre de 2018 esta taxa era de apenas 16% do PIB, a segunda menor para o primeiro trimestre desde 1996, quando o aceitável é 25%. Sem conseguir atacar o cerne do problema, que é o inchaço e a ineficiência do Estado, o governo corta onde não deve: nos investimentos, na educação, na saúde etc. Em 2017, os investimentos públicos caíram para tão somente 1,17% do PIB, o menor nível em 50 anos. Que 2018 está perdido já se sabe há muito tempo. A questão agora é o que nos espera para 2019! Em tal contexto de indefinições, o país assiste a uma fuga de dólares, causadora de forte desvalorização do Real, a qual aguça a inflação (em maio esta saltou para 0,4%, contra 0,22% em abril). Ao se aproximar dos R$ 4,00 por dólar, nesta primeira quinzena de junho, a moeda brasileira voltou a patamares somente vistos no final de 2002. É bom lembrar que a maior pressão sobre os preços, devido à greve, ao câmbio e ao constante reajuste dos combustíveis, virá em junho e nos meses seguintes. Estes efeitos internos se associam a um quadro de potencial alta dos juros nos EUA. E para conter a saída de dólares, o Banco Central se vê obrigado a comprometer suas reservas cambiais. Mas isso tem limites! Especialmente porque o mercado sabe que o problema estrutural brasileiro tem sido irresponsavelmente aumentado pelo descontrole dos gastos públicos e a protelação das reformas. Diante disso, não será surpresa se o Banco Central brasileiro volte a elevar a Selic já neste ano. Ora, elevar a taxa básica, em um momento em que os juros reais pouco baixaram, é alimentar a freada na economia, e o círculo vicioso se auto alimenta, comprometendo o futuro nacional. Desde 2007/08, quando da eclosão da crise mundial, este cenário era perceptível e os alertas surgiram. Passados 10 anos, nada fizemos de concreto para impedi-lo. Pelo contrário, na maior parte desta década as ações públicas nacionais, reforçadas por interesses privados, foram no sentido oposto. Não há economia que resista e a conta sobra sempre para os cidadãos, a começar pelos mais pobres.  

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

01/06/2018 a 07/06/2018)



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quarta-feira, 6 de junho de 2018

COMBUSTÍVEIS, CAMINHONEIROS E A GÊNESE DA CRISE ATUAL (Final)


Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
07/06/2018


Como expusemos na coluna anterior, é natural que a sociedade em geral e os caminhoneiros em particular reajam ao preço dos combustíveis. Em qualquer transporte de carga rodoviário, em um trajeto de mil quilômetros neste país, 38% do custo é o combustível! É nesse quadro que a composição do preço do diesel (e da gasolina) merece atenção. No caso do diesel, 55% do preço ficam com a Petrobras; 13% é incidência da CIDE, PIS/PASEP e COFINS; 16% ICMS; 7% é o custo do biodiesel; 9% ficam com a distribuição e a revenda (postos), lembrando que há 10% de biodiesel em cada litro de diesel vendido. Isso significa dizer que a carga de impostos e taxas totaliza 29%. No caso da gasolina tal carga sobe para 45%. Ora, pagar um preço cada vez mais alto pelo combustível, que contém tal carga de impostos e taxas, a qual em parte é (ou foi) roubada pela corrupção e outra parte vai para manter a máquina pública inchada e ineficiente, sem retorno praticamente algum de serviços públicos adequados, e nem mesmo estradas decentes, é inadmissível. Rapidamente a greve se torna uma alternativa! Já o governo, em sua fraqueza política, subestimou o movimento e não se organizou para o fato. Em pouco tempo foi surpreendido, demorando a negociar. E quando o faz, a própria categoria dos caminhoneiros já havia perdido o controle da situação. O efeito econômico disso tudo, apesar das justas razões iniciais dos caminhoneiros (tanto que ganharam o apoio quase geral da sociedade), é terrível. No oitavo dia de paralisação do transporte, a Petrobras já havia perdido R$ 126 bilhões de seu valor. A economia geral, vê seu PIB caminhar para uma forte queda em 2018, em relação ao projetado inicialmente. Ocorre um desabastecimento contínuo de bens em geral, enquanto as indústrias param, gerando pressão inflacionária que ainda está por vir. O emprego fica ainda mais ameaçado. Ao mesmo tempo, a bolha existente na Bolsa de Valores encontra o motivo para estourar e o índice despenca, perdendo cerca de 10.000 pontos em menos de 10 dias. Paralelamente, o Real retoma seu caminho de desvalorização, voltando aos patamares de R$ 3,75 por dólar e obrigando o Banco Central a queimar reservas cambiais para segurar o processo. Para piorar o cenário, as medidas anunciadas pelo governo, visando atender as reivindicações dos caminhoneiros, vão transferir para os contribuintes o custo da greve, além de comprometer ainda mais o necessário ajuste fiscal (o rombo fiscal da greve é calculado em R$ 13,5 bilhões). O que já estava ruim ficará pior no cenário da economia nacional até o final do ano. Com o agravante de que politicamente o país está perdido, com o Executivo e o Congresso Nacional distantes da realidade nacional. E não espere milagres do próximo governo, qualquer que seja ele. Os próximos anos serão muito difíceis, fato que a greve dos caminhoneiros acabou cristalizando à Nação.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

25/05/2018 a 31/05/2018)



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