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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo


(22/08/2014 a 28/08/2014)

Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.
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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

ENERGIA: NOVA GEOPOLÍTICA MUNDIAL (Parte 1)

Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
28/08/2014

O recente conflito entre Rússia e Ucrânia vem provocando desdobramentos que vão muito além das questões políticas. Na prática o mundo pode estar assistindo à construção de uma nova geopolítica e geoeconomia mundial. Em termos gerais, a Rússia volta a se fazer presente no tabuleiro internacional, recuperando alguns ares da antiga “guerra fria”. Em termos específicos, a reação dos EUA e da União Europeia, em bloquear o comércio com os russos, obriga os mesmos a acelerarem um retorno ao comércio com o mundo subdesenvolvido, abrindo portas comerciais onde antes a própria Rússia as havia fechado. Nesse contexto entra a liberação acelerada de diversos frigoríficos brasileiros, especialmente os de carne suína. Antes privilegiando o produto norte-americano, o governo russo se volta agora, pela premência de abastecimento, aos mercados alternativos. Mas o principal elemento em jogo, neste novo conflito internacional, é a energia. A tal ponto que alguns analistas chegam a avançar que um “novo mapa” de poder está sendo construído neste exato momento pelas principais potências do Planeta. O mundo sempre precisou e precisará de energia para avançar. O desenvolvimento econômico e o bem-estar geral dependem da oferta deste insumo. Ora, a Rússia é rica em gás e usa o mesmo como instrumento de “guerra” contra o restante da Europa. Afinal, o gás russo abastece de maneira importante a União Europeia. Assim, a ameaça russa de elevar o preço do gás é levada muito a sério pelos europeus e mesmo pelos EUA. Mesmo que, de forma geral, não se cogite de um corte no fornecimento do insumo. Isso porque tal procedimento seria um tiro no pé dos próprios russos. Afinal, as vendas russas para a União Europeia representam 13,5% do volume total de suas exportações, enquanto o contrário representa apenas 1,6% do PIB europeu. Além disso, a Rússia tem hoje no gás e no petróleo basicamente suas únicas alavancas econômicas. Mas um aumento importante nos preços do gás pode sim causar uma inflação importante no resto do mundo, em proporções semelhantes, à sua época, do que foram os choques do petróleo nos anos de 1970 causados pela OPEP. Não é por nada que a China e os EUA já trabalham alternativas para não perderem espaço no xadrez internacional. Os chineses, em maio passado, assinaram com os russos o que passou a se chamar o contrato de gás do século. Trata-se de importar 38 bilhões de metros cúbicos de gás russo por ano, durante 30 anos, por um montante total estimado acima de US$ 400 bilhões. Os efeitos sobre as economias chinesa, russa, estadunidense e europeia são enormes. (segue)





quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(15/08/2014 a 21/08/2014)

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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

POR QUE OS PREÇOS MUNDIAIS DOS GRÃOS RECUAM?

Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
CEEMA/DACEC/UNIJUI
26/08/2014


É notório que os preços mundiais das commodities em geral e dos grãos em particular recuaram fortemente neste ano de 2014. É notório igualmente que tal realidade, para o caso dos grãos, vem puxando para baixo os preços pagos aos produtores rurais brasileiros. Tomando como exemplo a soja, o milho e o trigo, suas cotações em Chicago saíram de uma média anual, em 2007, respectivamente de US$ 8,65, US$ 3,73 e US$ 6,40 por bushel, para um auge de preços, durante a crise econômico-financeira mundial de 2007/08, de respectivamente US$ 17,71, US$ 8,31 e US$ 12,80 por bushel. Finalmente, neste meados de agosto de 2014 os mesmos recuaram para níveis ao redor de US$ 11,20; US$ 3,62 e US$ 5,46 por bushel respectivamente. Nota-se que os preços do milho e do trigo já caíram abaixo de suas médias de 2007. O recuo atual de tais preços é de ordem estrutural. A crise internacional desvalorizou o dólar, fato que levou o sistema especulativo em Chicago a compensar a perda de poder aquisitivo da moeda via um aumento substancial do preço dos produtos. Ainda no campo estrutural, o forte recuo nas taxas de juros internacionais, assim como as ações nas Bolsas de Valores, levou os especuladores financeiros a buscarem guarida nas commodities negociadas nas Bolsas de Mercadorias, tipo Chicago. Isso significa que a participação dos Fundos nessas bolsas aumentou sensivelmente, acelerando o cunho especulativo naturalmente existente. Esses motivos já estão bem menos presentes na atualidade. Somam-se a eles os motivos conjunturais. Devido ao aumento dos preços, houve forte crescimento da produção mundial. Enquanto isso, a demanda não tem como manter seu ritmo de consumo, devido aos próprios efeitos da crise no longo prazo. Assim, a produção e os estoques mundiais de trigo, nos últimos dois anos, cresceram 8,8% e 10% respectivamente. O milho, por sua vez, viu essas duas rubricas saltarem 13,4% e 36%. Enfim, a soja registrou o mesmo comportamento, com a produção e os estoques finais subindo 13,7% e 50,6% respectivamente. Afora isso, o aumento dos preços mundiais esteve muito relacionado a uma bolha especulativa, em cima de uma crise que começa, aos poucos, a ser superada, mesmo que deixando estragos pelo caminho. Com isso, a tendência é de o mercado registrar uma volta a parâmetros normais, equivalentes aos de 2007. Obviamente, muito disso irá depender da capacidade dos diferentes países produtores em manterem a oferta.  

QUANDO O DESENVOLVIMENTISMO É UM PROBLEMA

Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
21/08/2014

Todas as Nações do mundo buscam alcançar o desenvolvimento socioeconômico, porém, poucas chegam até ele! Por quê? Porque é comum entre os governos julgar que, para realizar avanços sociais, deve-se abrir mão do controle monetarista da economia, partindo para um desenvolvimentismo acelerado, muitas vezes com forte intervenção estatal. Ora, se as condições de infraestrutura física e humana não estiverem reunidas no país, e o Estado não for eficiente, organizado e estiver em ordem com as contas públicas, tal ação naufraga. Assim, o erro do gestor público é confundir a estabilização razoável da economia, obtida através de medidas monetaristas, com a possibilidade de se desfazer de parte das mesmas para implantar um processo desenvolvimentista fora da capacidade de sustentação do sistema produtivo interno. Na prática, uma coisa não exclui a outra. Se de um lado é justo, e necessário, procurar redistribuir melhor os ganhos da estabilização econômica entre as diferentes classes sociais que compõem uma Nação, podendo o Estado ser um motor para isso, de outro lado a execução do processo exige muito mais do que vontade política. É preciso sabedoria econômica, muitas vezes dentro de parâmetros restritivos que, no curto prazo, podem ser confundidos com ações anti-sociais pelos mais afoitos. Esse erro monumental foi feito pelos diferentes governos na Argentina desde os anos de 1950. Em meio século o vizinho país saiu do status de uma das principais Nações econômicas do mundo, para o deprimente estado de crise sem retorno da atualidade. Na Venezuela, os 15 anos de chavismo, onde o populismo foi a regra, ao invés de corrigir os erros de governos anteriores, colocou de joelhos o país ao adotar um desenvolvimentismo sem estrutura. Hoje, o povo local vive, além de uma crise econômica gigantesca, uma insegurança galopante, com 25.000 homicídios anuais, transformando a esperança de mudanças em um pesadelo. Aqui no Brasil, após anos de ações duras contra a inflação e outras ameaças à estabilidade, o governo brasileiro, a partir de 2007 e, particularmente a contar de 2011, julgou ser possível esquecer os resguardos monetaristas e lançou o país em um desenvolvimentismo com forte intervencionismo estatal. O resultado é que, nos últimos quatro anos, entramos em crise econômica, com recessão industrial, possível recessão econômica geral logo adiante, comprometimento econômico das empresas estatais, inflação elevada, desemprego aumentando, insegurança pública crescente e sem condições estruturais de reversão do problema no curto prazo. Erros estratégicos desta envergadura custam caro para as Nações, seguidamente comprometendo uma geração ou mais de cidadãos e, definitivamente, gerando o efeito inverso do que se buscava, pois a conta recai em primeiro lugar sobre os mais pobres e, em seguida, bloqueando o acesso de todos ao verdadeiro desenvolvimento.







sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(08/08/2014 a 14/08/2014)

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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

RECESSÃO INDUSTRIAL

Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
14/08/2014

Pelo 14º mês consecutivo a indústria brasileira registrou um recuo em seu PIB. Além disso, junho, ao registrar mais um comportamento negativo, caracterizou tecnicamente uma recessão do setor. Em relação a junho de 2013 o recuo é de 6,9%. No primeiro semestre de 2014 a produção industrial nacional é de -2,6% enquanto nos 12 meses compreendidos entre julho/13 a junho/14 o resultado é de -0,6%. Ou seja, o problema se agravou neste ano de 2014 de forma significativa. Além da Copa do Mundo, que provocou muitos dias de paralisação na produção, o comportamento industrial brasileiro se deve à forte dificuldade em vender seus produtos diante de um mercado interno relativamente estagnado, devido ao elevado endividamento da sociedade, acompanhado de forte inadimplência, e do marasmo internacional que ainda se mantém dentro da crise mundial. Mas tal problema tem uma origem mais profunda. Nos falta competitividade na produção em geral e na industrial em particular. Competitividade em capital físico e humano, com o agravante de nada estar sendo feito para reverter eficientemente tal realidade. Assim, desde outubro do ano passado a produção industrial brasileira acumula um recuo de 6,5%. Soma-se a isso a incompetência estatal que, diante de uma máquina pública inchada e ineficiente, continua cobrando elevados impostos, amordaçando o setor produtivo nacional. Tanto é verdade que o Brasil tem hoje, segundo estudos da consultoria KPMG, o sexto maior imposto para empresas em todo o mundo, de um universo estudado de 130 países. A alíquota empresarial em nosso país chega a 34%. Nesse contexto, as empresas em geral e a indústria nacional em particular, após segurarem ao máximo seus funcionários, na esperança de que a economia pudesse retomar, começam a despedir pessoal. No Rio Grande do Sul, por exemplo, nos primeiros cinco meses deste ano o emprego industrial teve um recuo de 4%, sendo que em maio e junho houve 6.600 demissões acima das contratações. E o governo, com programas de apoio ao consumo que há tempos não surtem mais efeito, pouco tem conseguido realizar para evitar o contágio. Afinal, a questão é estrutural na medida em que o Brasil está efetivamente em crise econômica desde meados de 2013, com a mesma se agravando com o passar dos meses. Além disso, a geração de novos empregos recua fortemente. Tanto é verdade que o saldo de empregos gerados na indústria gaúcha, no primeiro semestre de 2013, foi de 38.070 vagas no Estado. Já no primeiro semestre de 2014 tal saldo cai para 20.992 vagas geradas. Ou seja, em um ano temos um recuo de 45%! Esse contexto confirma os alertas feitos desde 2011 a respeito da tendência econômica que estávamos construindo, assim como indica a necessidade de fortes ajustes estruturais na economia para que se consiga superar a crise em que o país foi colocado. Um enorme desafio para o futuro governo.







sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(25/07/2014 a 31/07/2014)

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