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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(12/12/2014 a 18/12/2014)




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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

FELIZ 2016



Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
18/12/2014

Circula um sentimento, em boa parte dos economistas e instituições empresariais e financeiras do Brasil, que o melhor, neste final de ano, é desejar um Feliz 2016 aos amigos e clientes, tamanhas serão as dificuldades econômicas que o país passará em 2015. Se existem razões concretas para isso, também existe um bom motivo para se ver com mais otimismo o próximo ano. Obviamente, tudo dependerá dos passos que a nova equipe econômica dará. É verdade que terminamos 2014 praticamente no fundo do poço econômico, com um PIB estagnado em 0%; uma taxa de inflação oficial ao redor do teto da meta (6,5%) e uma inflação real pelo menos em 15% ao ano; com uma balança comercial em déficit ao redor de US$ 3 bilhões; com a geração de emprego caindo rapidamente enquanto o desemprego avança em diferentes setores; com um endividamento familiar brasileiro ao redor de 60%, enquanto a inadimplência atinge 25% dos cidadãos deste país; com uma infraestrutura sucateada, indicando novos e fortes reajustes de preços da energia elétrica e dos combustíveis; com escândalos de corrupção pública de toda ordem, particularmente na Petrobrás; com forte ameaça de termos nossa nota de crédito no exterior mais uma vez rebaixada; e assim por diante. Nosso PIB no ano que vem poderá não alcançar 1%. Enquanto isso, a Selic deverá bater entre 12,5% e 13,5% até o final de 2015, em busca de um retorno da inflação ao centro da meta (4,5%), fato que parece impossível devido ao aumento dos preços da energia em geral e das importações puxadas pela desvalorização cambial. Paralelamente, a Bovespa faz tempo que amarga recuos expressivos neste ano, puxados pelo desastre anunciado da Petrobrás, seja pela incompetência gerencial seja pela enorme corrupção que a consome. Atualmente o valor de mercado da maior estatal brasileira é de US$ 50 bilhões, ou seja, 83% a menos do que valia em maio de 2008. Enquanto isso, sua dívida cresceu de US$ 12 bilhões para US$ 110 bilhões. Mas, apesar de tudo isso, o que permite esperar um 2015 que venha a ser, senão positivo, pelo menos um divisor de águas, é o fato de que o governo federal reeleito esteja mudando o modelo econômico. A possibilidade de corrigir o rumo, finalmente, nos permite esperar, em não havendo retrocesso no processo, que em dois anos poderemos começar a sair do atoleiro econômico em que a péssima gestão pública nos colocou nestes últimos cinco anos, comprometendo inclusive os programas sociais. 2015 seria muitíssimo pior se não estivéssemos vendo nenhum movimento para corrigir o rumo, perpetuando os erros que afundariam ainda mais o país na crise. Pelo menos, mesmo que tênue, parece que iniciamos um processo de conserto, embora seja sabido que o remédio será amargo e os cortes serão profundos até voltarmos a respirar economicamente melhor.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(06/02/2015 a 12/02/2015)








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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A REALIDADE DOS NÚMEROS



Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
11/12/2014

O Brasil passou a entrar em dificuldades econômicas mais agudas a partir de 2011, após os encaminhamentos tomados em 2010. Os principais números da economia nacional comprovam isso. Dentre eles, temos o crescimento do PIB no período. A média do PIB nos oito anos de mandato do presidente Fernando Henrique foi de 2,3%. Por sua vez, a média nos oito anos do governo Lula subiu para 3,9%. Já a média nos quatro anos do primeiro mandato da presidente Dilma despencou para 1%, culminando com praticamente 0% em 2014. A inflação oficial (IPCA), depois de controlada pelo Plano Real, fechou o último ano de governo Lula (2010) em 5,04% anuais. Depois disso, a mesma subiu, devendo terminar o ano de 2014 no teto da meta 6,5%. E isso com o represamento dos chamados preços administrados, especialmente combustíveis e energia, fato que provocou um estrago enorme nas estatais ligadas ao setor e começa a ser posto na conta da sociedade em geral, com aumentos significativos e constantes daqui em diante. A balança comercial brasileira, após registrar um superávit recorde de US$ 46 bilhões em 2006, perde fôlego devido a crise mundial, a falta de competitividade de nossos produtos e uma intervenção mais intensa do Banco Central brasileiro no mercado cambial, visando segurar a desvalorização do Real. Em 2013 o saldo foi de apenas US$ 2,4 bilhões, e isso graças a maquiagem de usar as plataformas de petróleo como bem exportável o que é apenas um artifício contábil. Para 2014 a tendência é voltarmos a um déficit que, passada a primeira semana de dezembro, se acumula em US$ 3,8 bilhões anuais. A balança de transações correntes voltou a entrar no negativo já a partir de 2008, com o quadro piorando radicalmente a partir de 2010. A tal ponto que 2014 deverá registrar um déficit, pelas projeções oficiais, perto de US$ 85 bilhões, apesar de todos os artifícios contábeis que o governo vem realizando para camuflar os dados. O lado mais positivo nesse contexto se encontra no emprego, onde a taxa anual está em 6,8% segundo a nova metodologia do IBGE, embora o DIEESE calcule a mesma entre 10% e 11% anuais. Isso foi possível com as medidas de apoio oficiais ao consumo, as quais desde 2011 vêm mostrando esgotamento e comprometendo a indústria nacional, que vive há algum tempo um período de recessão e desemprego. Ajudaram também os programas sociais oficiais, os quais reduziram a demanda por empregos no país. Soma-se a isso um aumento na renda média das pessoas. Entretanto, com o acirramento da inflação real e o esgotamento do Estado em manter planos de apoio nesta área, o processo se mostra sem sustentabilidade. Ou seja, desde 2010, apesar de ideias interessantes, notou-se que a execução das mesmas comprometeria o quadro econômico nacional. O erro foi termos insistido ainda quatro anos sem tomarmos medidas de ajustes. Agora, no final de 2014, a mudança de rumo na economia nacional indica o reconhecimento do erro. Entretanto, o tamanho do estrago já é grande e levará a sociedade brasileira a perder as vantagens obtidas nos últimos anos. No fundo, o que interessa não é o que se conseguiu, mas sim como se conseguiu. Geralmente em casos como esse, o que é positivo dura pouco e o que é negativo vira um pesadelo estrutural de difícil solução onde todos pagam a conta.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(28/11/2014 a 04/12/2014)







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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

MUDANÇA DE RUMO



Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
04/12/2014

Confirmando as projeções feitas, o segundo mandato da presidente Dilma deverá ser de aperto de cinto na economia em geral e nos gastos públicos em particular. Pressionada pelo resultado das eleições e, particularmente, pelos péssimos números da economia neste final de 2014, a presidente opta pelo lógico. Assim, a troika econômica que se apresentou ao Brasil no final de novembro (Ministro da Fazenda, Ministro do Planejamento e Presidente do Banco Central) já deu o tom do que virá. Em primeiro lugar, se cristalizou o fracasso da política desenvolvimentista posta em prática nos últimos cinco anos. Em segundo lugar, o que está sendo anunciado é praticamente o programa do candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, desdizendo o discurso eleitoral de quem acabou se elegendo. Em terceiro lugar, volta-se à velha política monetarista para colocar a economia nos trilhos e dar ao Brasil um horizonte de real crescimento econômico. Em quarto lugar, o centro das ações será recuperar o tripé de sustentação da estabilidade. Para tanto, anuncia-se um superávit primário de 1,2% do PIB para 2015, após o déficit primário que se desenha em 2014. Portanto, haverá cortes nos gastos públicos, inclusive em rubricas como o abono salarial, seguro desemprego e previdência. Ao mesmo tempo, se aumentará impostos para buscar mais arrecadação pública (o retorno da CIDE, conhecida como imposto do combustível, entra nesse contexto), enquanto não se terá mais apoio ao consumo via redução de IPI e outros artifícios. Ao mesmo tempo, o governo irá trabalhar para trazer a inflação para o centro da meta (4,5% ao ano, pelo IPCA), fato que somente será possível, no curto prazo, com novos aumentos dos juros. Assim, não deve ser surpresa se a Selic terminar o corrente ano entre 11,5% e 11,75%. Para o final de 2015 a mesma deverá chegar entre 12,5% e 13,5%, podendo alçar vôo para 14% nos dois anos seguintes. Enfim, o câmbio deverá flutuar mais, com menor ação do Banco Central brasileiro neste mercado. Espera-se que o encaminhamento das medidas acima segure a moeda nacional entre R$ 2,50 e R$ 2,60 até o final de 2015. Por outro lado, não deverá mais haver maquiagem dos dados oficiais, fato que permite esperar que o mercado internacional não baixe mais a nota de crédito brasileira no próximo ano, o que seria o complemento do desastre da política econômica levada à cabo nos últimos anos. Como resultado disso tudo, a economia ainda crescerá muito pouco em 2015 (1% na projeção otimista), o emprego ficará mais comprometido, porém, o país poderá iniciar um novo processo de recuperação econômica sem hipotecar as principais políticas sociais. Espera-se, agora, que não haja retrocessos neste encaminhamento, mesmo sabendo-se que, no imediato, como sempre ocorre nesses casos, caberá à sociedade brasileira pagar a conta. O remédio será amargo, porém, tem boas chances de ser eficaz.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

DE MAL A PIOR

Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
27/11/2014

O quadro da economia brasileira é dantesco e vai de mal a pior na medida em que nos aproximamos do final de 2014. Senão bastasse o roubo da Petrobrás e outros tantos escândalos, tem-se ainda a estimativa de um PIB de apenas 0,2% de crescimento no final do ano e de uma inflação oficial acima do teto da meta (6,5%). Mas o pior pode ser visto nas contas públicas, as quais indicam um 2015 ainda mais difícil para os brasileiros. Nesse contexto, estamos diante, portanto, do pior governo que o Brasil já teve nos últimos 20 anos. Enquanto a receita pública, nos 10 primeiros meses do ano, registrou um crescimento de apenas 0,45%, após projeção inicial de 3,5%, os gastos públicos continuaram subindo. O governo federal desonerou de impostos os brasileiros em R$ 100 bilhões neste ano, sem nenhum resultado prático no crescimento da economia. Esse rombo irá pesar sobre as contas públicas em 2015, obrigando finalmente a um arrocho estatal. Isso levou o governo a abandonar a meta do superávit primário (1,9% do PIB), pois o mesmo, se houver, será mínimo neste ano (R$ 10,1 bilhões ou 0,2% do PIB). Por sua vez, a balança de transações correntes deverá gerar um déficit superior a US$ 80 bilhões, o maior desde 1947, quando se começou a calcular esse indicador. Enquanto isso, os investimentos externos diretos, com os quais o governo contava para conter tal déficit, deverão ficar em apenas US$ 55 bilhões, contra uma projeção inicial de US$ 63 bilhões. Para piorar o quadro nacional, o déficit da Previdência Social em 2014 deverá chegar a R$ 49,2 bilhões. Essa incompetência na gestão pública e econômica federal leva a uma forte desvalorização do Real, pressionando para cima a inflação já elevada. A moeda nacional se desvalorizou 40% nos quatro anos do governo Dilma, voltando a valores apenas vistos em 2005. Para tentar conter o problema, o Banco Central, desde agosto de 2013, emitiu US$ 105 bilhões em swaps cambiais, ou seja, comprometeu 28% das reservas nacionais. E quando a presidente Dilma parece ter acordado para a realidade e, buscando corrigir o rumo, caminha para indicar um economista mais liberal para o Ministério da Fazenda, os caciques retrógrados de sua base eleitoral tentam boicotar a escolha, pois suspeitam que as benesses públicas destes últimos 12 anos irão diminuir. Para eles, a Nação brasileira ainda pode agüentar esse fardo não havendo necessidade de reformas estruturais. Afinal, a mesma o avalizou pela maioria dos que foram às urnas em outubro passado.



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