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quinta-feira, 28 de março de 2024

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

22/03/2024 a 28/03/2024


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segunda-feira, 25 de março de 2024

SOJA SINALIZA MELHORIA DE PREÇOS (?) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Neste mês de março, os três principais elementos formadores do preço da soja aos produtores brasileiros (Chicago, câmbio e prêmio nos portos) melhoraram suas posições, permitindo uma pequena reação nos preços internos da oleaginosa. Os mesmos, depois de chegarem até R$ 107,00/saco no mercado gaúcho, estão agora ao redor de R$ 112,00. Esta nova realidade tem feito com que diferentes analistas prevejam melhoria ainda maior destes preços, especialmente no segundo semestre, com estes podendo alcançar valores entre R$ 125,00 e R$ 135,00/saco. Não é impossível, porém, muitos fatores ainda precisam ser monitorados. Em primeiro lugar, Chicago efetivamente subiu, ganhando quase um dólar por bushel nos primeiros 21 dias de março, considerando o primeiro mês cotado. Boa parte disso se deu em função de aumentos nos valores dos derivados farelo e óleo, estes puxados por preocupações com a safra Argentina (este país é o maior exportador mundial destes derivados). Todavia, por enquanto o vizinho país continua indicando uma safra de soja ao redor de 52 milhões de toneladas, após as 20 milhões da frustrada colheita passada. Por outro lado, exatamente neste dia 28/03 o USDA anuncia a intenção de plantio de verão nos EUA, assim como os estoques trimestrais posição 1º de março. No primeiro caso, há indicativos de aumento na área de soja em relação ao milho. Aliás, as recentes altas em Chicago podem estar ligadas a estratégia dos operadores em estimular os produtores estadunidenses a semearem mais soja. Assim, a área que ali for indicada dará a nova tendência em Chicago: ou mantêm preços mais firmes ou provoca um recuo nas cotações (a partir daí o clima nos EUA ditará o jogo). Pelo lado do câmbio, o mesmo vem testando o teto dos R$ 5,00/dólar após muitos meses, diante da redução do juro básico, das dificuldades fiscais do governo, e de falas do Presidente da República em relação ao mercado. Não há espaço para disparada cambial, mas.... Enfim, os prêmios estão melhorando, especialmente para o segundo semestre, abandonando o lado negativo. A tendência é eles se tornarem mais elevados nos meses futuros. Assim, talvez o pior momento dos preços da soja já tenha passado, porém, ainda é cedo para estabelecer até onde este início de reversão possa ir.

sexta-feira, 22 de março de 2024

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 15/03/2024 a 21/03/2024


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segunda-feira, 18 de março de 2024

EMPREGO E PRODUTIVIDADE (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Quando se fala de melhoria na geração de empregos no Brasil, caso dos números relativos a janeiro/24, necessário se faz perguntar: de que tipo de emprego se está falando? É positivo que o país venha gerando mais empregos nos últimos meses. No trimestre encerrado em janeiro, o país gerou 180.395 empregos, chegando a um acumulado em 12 meses de 1,56 milhão de novos empregos. Com isso, a taxa de desemprego recua para 7,6%. Como já alertamos em comentário anterior, o problema se coloca na qualidade dos empregos gerados. Ainda temos quase 40% dos trabalhadores na informalidade, e os que estão empregados ganham um salário médio muito baixo (o salário médio de quem conseguiu emprego formal no país, em janeiro, ficou em R$ 2.118,32, por exemplo, ou seja, um salário mínimo e meio). Além de tudo isso, há o histórico gargalo estrutural. Por falta de qualificação e formação suficiente, o trabalhador brasileiro possui baixa produtividade. Recente estudo publicado pelo Institute for Management Development (IMD), da Escola de Educação Executiva da Suíça, coloca o Brasil em 61º lugar em produtividade da força de trabalho, de um total de 64 países analisados. Apenas em 2022 nossa produtividade caiu 4,5% e nos últimos 40 anos a taxa média de crescimento da produtividade do trabalhador brasileiro foi de 0,6% ao ano, uma das mais baixas do mundo (cf. FGV). Entende-se produtividade do trabalho o resultado da divisão do PIB pelo número de horas trabalhadas. Ou seja, não basta diminuir o desemprego, é preciso qualificar o trabalho de forma que se faça mais em menor tempo, sem reduzir a qualidade do resultado obtido. Para tanto, somente com mão de obra qualificada. Além disso, quatro outras ações o país precisa fazer: reduzir substancialmente a informalidade; reduzir a excessiva regulação existente, a qual se transforma em burocracia excessiva; aumentar o investimento em infraestrutura; e reduzir a complexidade dos sistemas fiscais existentes.  Desdenhar esta realidade, apostando contra a educação e formação das pessoas, assim como jogar contra as reformas estruturais, é apostar na mediocridade e contra o crescimento e o desenvolvimento do país. O mais assustador nisso tudo é que há muitos brasileiros, inclusive nos governos, que, por suas ações, alimentam esse retrocesso.

quinta-feira, 14 de março de 2024

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 08/03/2024 a 14/03/2024


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segunda-feira, 11 de março de 2024

A BALANÇA COMERCIAL E O CÂMBIO (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Um dos motivos de o câmbio, no Brasil, estar comportado, dentro da paridade de poder de compra, entre R$ 4,80 e R$ 5,00 há alguns meses, está nos importantes saldos positivos da balança comercial do país. Quanto mais dólares entrar no país, em relação às saídas, mais pressão ocorre para que o Real se mantenha relativamente valorizado. Obviamente, este não é o principal elemento que vem sustentando nosso câmbio, mas auxilia bastante. Neste sentido, em 2023 o saldo de nossa balança comercial bateu novo recorde histórico, atingindo a US$ 98,8 bilhões. Um resultado que foi cerca do dobro dos investimentos externos diretos feitos no mesmo ano no Brasil. O resultado comercial se deu em função de US$ 339,67 bilhões em exportações (+1,7% sobre 2022) e US$ 240,83 bilhões em importações (-11,7%). O saldo final foi bem acima do esperado pelo mercado, que era de US$ 81,3 bilhões (cf. Boletim Focus). O resultado se deu não pelos preços, os quais até recuaram em termos médios (-6,3%), mas pelo aumento de 8,7% no volume geral exportado. Como já é característico, foram os produtos primários, especialmente oriundos do agronegócio, que sustentaram esta performance, já que o Brasil encontra dificuldades históricas para se destacar nas vendas externas de produtos industrializados e de serviços. E as primeiras semanas de 2024 continuaram neste ritmo. Nos primeiros dois meses do corrente ano o saldo comercial brasileiro atingiu a US$ 11,94 bilhões, contra apenas US$ 4,85 bilhões no mesmo período do ao passado. Enquanto as exportações cresceram 17,4% nos dois primeiros meses do ano, as importações aumentaram apenas 1%. Do total exportado de US$ 50,51 bilhões no período, a agropecuária participou com US$ 9,13 bilhões, a indústria extrativa, onde entra o petróleo, com US$ 14,01 bilhões, e a indústria de transformação com US$ 27,14 bilhões. Lembrando que o forte das vendas do setor primário se inicia a partir deste mês de março. Dentre os principais parceiros comerciais do país, a Argentina reduziu suas compras em 28%, na esteira da enorme crise em que vive. Os EUA aumentaram em 19,4% suas importações de produtos brasileiros em 2024. Já a China, Hong Kong e Macau, somados, aumentaram em 46,6% suas compras, atingindo a US$ 14,93 bilhões. Enfim, a União Europeia reduziu 6,2% suas importações do Brasil no período.

quinta-feira, 7 de março de 2024

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 01/03/2024 a 07/03/2024


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segunda-feira, 4 de março de 2024

O PIB DE 2023 E O FUTURO (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

O PIB brasileiro de 2023 ficou em 2,9%, contra 3% no ano anterior, após revisão. O resultado ficou dentro das últimas expectativas do mercado já que no início do ano passado chegou-se a imaginar um resultado abaixo de 1%. Ou seja, a economia rodou bem melhor do que o esperado em 2023. E mais uma vez o resultado se deve à performance da agropecuária (+15,1%). Sem isso o PIB final teria sido bem menor. Ou seja, o crescimento da economia está concentrado em um setor, fato que não é sustentável. Mas, no curto prazo, não há dúvida que o resultado surpreendeu positivamente. Agora, existem sinais de preocupação já pensando em 2024. Dentre eles, o fato de que o quarto trimestre do ano passado registrou um PIB de 0%, repetindo o resultado do terceiro. Assim, nos últimos seis meses de 2023 a economia travou. Afinal, o efeito do setor primário aparece especialmente no primeiro semestre. Pode ser um sinal de que nossa economia esgotou a tração de recuperação que vem desde 2022, quando começamos a sair da crise gerada pela pandemia e dos efeitos iniciais da guerra Rússia x Ucrânia. Para confirmar este alerta temos que os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) foram negativos em 3% no ano passado. Ora, os mesmos são indicativo do crescimento futuro. Mesmo que no último trimestre os investimentos tenham crescido 0,9%, ainda é cedo para cravar que esteja havendo uma reversão do quadro. O primeiro trimestre de 2024 nos dará uma fotografia melhor a respeito. Tanto é verdade que, em relação ao PIB, nossa taxa de investimento fechou o ano passado em apenas 16,5%, enquanto a taxa de poupança ficou em 15,4%. Abaixo do registrado em 2021 e 2022. E sem poupança não há investimento sustentável. E sem investimento não há crescimento adequado. Soma-se a isso a preocupação de que no corrente ano o setor agropecuário brasileiro não terá a mesma performance de 2023, pois a produção de grãos enfrenta problemas climáticos generalizados, devendo gerar menos volume total, ao mesmo tempo em que os preços médios dos produtos primários tendem a ser bem mais baixos. A grande aposta, para que o PIB futuro não recue tanto, está na manutenção da redução do juro básico (Selic). Entretanto, isso dependerá do comportamento da inflação nacional que, por enquanto, está sob controle, porém, exigindo muito cuidado.

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