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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(21/11/2014 a 27/11/2014)






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terça-feira, 25 de novembro de 2014

A CONJUNTURA DO MERCADO DO TRIGO



Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
CEEMA/DACEC/UNIJUI
24/11/2014

As cotações do trigo em Chicago se recuperaram um pouco nestes últimos 45 dias. Após atingirem a US$ 4,74/bushel (27,21 quilos) no final de setembro passado, as mesmas chegaram a US$ 5,60 no dia 14/11, ganhando quase um dólar por bushel. A expectativa de maior demanda pelo trigo estadunidense, associada a redução parcial na safra australiana, trouxe certo ânimo ao mercado. Mas o mercado externo parece não estar disposto a pagar muito mais do que estes valores pelo cereal. Mesmo porque, segundo o USDA, a produção mundial para 2014/15 continua com estimativa elevada (719,9 milhões de toneladas), com os estoques finais mundiais do cereal passando a 192,9 milhões de toneladas. Apesar da melhoria dos preços internacionais, isso não foi suficiente para melhorar os preços do trigo no Rio Grande do Sul nesse final de colheita. Além da expectativa de uma safra argentina ao redor de 12 milhões de toneladas, após 9 milhões no ano anterior, a forte quebra da safra gaúcha traz consigo uma péssima qualidade do produto colhido em boa parte do Estado. Após 79% da área colhida, o Rio Grande do Sul registrava uma perda de 45,8% em sua produção física, devendo ficar com uma colheita de apenas 1,8 milhão de toneladas no final, sendo que aí se tem muito produto com baixa qualidade. Nesse contexto, a produção nacional estimada fica agora em 6 milhões de toneladas, contra uma expectativa inicial de 7,8 milhões. Diante disso, ao invés de reagirem, os preços médios, que já eram baixos, recuaram um pouco mais. O preço médio semanal do saco de trigo no Rio Grande do Sul, na semana passada, chegou a R$ 24,72 (cf. Emater). Os lotes, de qualidade superior, ficaram entre R$ 27,60 e R$ 28,20/saco. Já no Paraná, aonde a colheita chegou a 96% da área e a produção final continua estimada em 3,87 milhões de toneladas, os preços do produto superior fecharam a semana entre R$ 33,00 e R$ 34,80/saco. A situação poderia ser ainda pior se não fossem os leilões de Pepro organizados pelo governo. Em síntese, o mercado gaúcho do trigo efetivamente está muito difícil. Quando a produção foi boa e de qualidade, nem mesmo a quebra de safra no Paraná permitiu preços elevados (caso do ano passado). Pelo contrário, os mesmos recuaram fortemente e sobrou produto em estoque até hoje. Quando a produção é ruim, os preços permanecem baixos porque a qualidade do produto mal chega ao nível de triguilho (ração animal). Ou seja, se não fosse o crédito oficial para a planta de trigo, que oferece liquidez aos produtores entre uma safra de verão e outra, dificilmente a produção do cereal se manteria nestes níveis no Rio Grande do Sul.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(14/11/2014 a 20/11/2014)





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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

RECUO ESTRUTURAL DOS PREÇOS DO PETRÓLEO



Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
20/11/2014

Uma mudança importante de paradigma internacional, daquelas que ocorrem a cada 10 anos somente, estaria se produzindo neste momento no mundo. O barril de petróleo estaria entrando em um cenário de preços bem mais baixos, após ter disparado em 2008 ao atingir US$ 158,00. É isso, pelo menos, o que os analistas do setor, particularmente na Bolsa de Londres, estão apostando neste final de 2014. Ou seja, o mundo estaria diante de um recuo estrutural nos preços do petróleo, fato que ajudaria a segurar a inflação mundial e a retomada da economia global após sete anos de crise. Em média, o barril de petróleo, que havia subido 17,7% no mercado mundial em 2010 e mais 8,4% em 2011, registrou um recuo de 5,9% em 2012, um pequeno aumento de 1,2% em 2013 e, nos primeiros 10 meses do corrente ano assiste a um recuo de 13,5% (somente na Bolsa de Nova York o recuo é de 25% entre junho e outubro deste ano, chegando o barril a romper o piso de US$ 80,00 no final de outubro). O mundo estaria, portanto, entrando em uma nova ordem petrolífera? Muitos analistas acreditam que sim, avançando mesmo que o barril possa atingir a US$ 70,00 no primeiro semestre de 2015. Por trás desta nova realidade estaria o fato de que, graças a um aumento de 60% nos últimos três anos na produção de petróleo de xisto, os EUA se dirigem rapidamente para a independência energética. Desde 2007, as importações de petróleo por parte dos EUA já foram divididas por três, sendo que somente em 2013 a redução nas importações de petróleo estadunidense equivale à produção somada da Arábia Saudita e da Nigéria no mesmo ano. Somam-se a isso os efeitos da crise mundial, com o crescimento econômico praticamente paralisado. A China, por exemplo, uma das grandes locomotivas da economia mundial, deverá crescer 7,2% neste ano, contra a média de 10% a 12% anuais antes da grande crise mundial. A Europa continua no marasmo econômico enquanto o Japão acaba de anunciar o retorno a recessão. Somente os EUA parecem iniciar, de fato, um processo de recuperação, mesmo que lento. Para completar o quadro, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), inquieta com o avanço do petróleo de xisto, ao invés de adotar a tradicional estratégia de aumentar os preços do “ouro negro”, passou a reduzi-los para tornar deficitária a exploração do petróleo de xisto estadunidense e, com isso, inviabilizar economicamente tal produção. Nesse jogo todo, poderá sobrar igualmente para o Pré-Sal do Brasil. O seu custo de exploração sendo muito caro, ele somente se viabiliza com o preço do petróleo elevado. Caso contrário, será mais barato importá-lo do que explorar o que temos. Além disso, o Brasil poderá não tirar vantagem tão cedo do recuo nos preços do petróleo porque o governo exauriu a Petrobrás nos últimos anos e, agora, precisa repor o caixa da empresa via aumentos da gasolina e do diesel, como já se verificou alguns dias depois do segundo turno das eleições presidenciais.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

CONTAS PÚBLICAS E A CONSCIÊNCIA



Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
13/11/2014

Todos que trabalham responsavelmente merecem reajustes dignos de salários. Todavia, há momentos em que esta máxima precisa ser reconsiderada em favor do conjunto da sociedade, embora geralmente os que menos se preocupam com isso sejam justamente os que dizem ser seus defensores. O Brasil, de muitos anos para cá, vive tal momento, com as contas públicas no vermelho, fato que é a causa principal do descontrole geral da economia, ajudando a levar o país a um crescimento econômico nulo. Portanto, nada mais coerente que corrigir o rumo de tais contas. Ora, o que assistimos tem sido exatamente o contrário. De um lado, o poder judiciário aprova auxílio moradia, com alguns de seus membros defendendo até mesmo um “auxílio refeição”. Mais recentemente os deputados federais e senadores da República anunciaram a intenção de aumentar seus salários, igualando seus ganhos mensais aos vencimentos solicitados pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, fato que passaria tais salários de R$ 26,7 mil para R$ 35,9 mil mensais (um aumento de 34,4%, mesmo considerando que há quatro anos os deputados e senadores não ganham aumentos diretos em seus salários). Por sua vez, nos nove primeiros meses de 2014 a União já gastou R$ 174,5 bilhões com pessoal e encargos sociais, sendo que a estimativa para todo o ano é de R$ 241,7 bilhões. São 2.159.021 servidores que estão no quadro da União no momento. Em relação ao ano passado houve aumento de 33.418 funcionários no efetivo. Ou seja, ao invés de enxugar a máquina, o governo continua, ele também, gastando cada vez mais. Nesse contexto, o salário médio do servidor federal é de R$ 9.325,00 mensais (incluindo encargos sociais). Portanto, tal realidade passa longe da necessidade de o Estado brasileiro enxugar seus gastos de custeio. Paralelamente, nos primeiros nove meses do ano o país gastou apenas R$ 18 bilhões com o Bolsa Família, ou seja, quase 10 vezes menos do que os gastos com pessoal empregado no setor público federal (os gastos sociais são as migalhas para garantir, pelo voto, a manutenção dos privilégios de muitos que se encastelam no serviço público federal). Enquanto isso, o governo anuncia que as contas públicas tiveram um déficit primário de R$ 25,49 bilhões somente em setembro passado, sendo que o déficit acumulado nos primeiros nove meses do ano chega a R$ 15,3 bilhões. Com isso, o superávit primário (um dos pontos do tripé que sustenta a estabilidade atual da economia nacional) ficou em apenas R$ 31 bilhões ou 0,61% do PIB. A meta para este ano, já rebaixada pelo próprio governo, é de 1,9% do PIB. A dívida líquida do setor público brasileiro em geral alcançou um total de R$ 1,82 trilhão em setembro passado, ou seja, quase 83% da dívida interna total brasileira no momento. Ou corrigimos tais disparates ou o custo do Estado brasileiro, pela falta de gestão eficiente do governo e de consciência social de quem dele usufrui, nos eternizará neste subdesenvolvimento medíocre, mesmo com as enormes potencialidades do país.

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(07/11/2014 a 13/11/2014)




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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(31/10/2014 a 06/11/2014)



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terça-feira, 4 de novembro de 2014

MEDIDAS “NEOLIBERAIS”

Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
06/11/2014

Para a frustração de muitos de seus eleitores, o novo mandato da presidente Dilma deverá ser sob a égide monetarista ou, mais precisamente, “neoliberal” como se usou chamar aqui no Brasil as medidas que defendem o controle dos gastos públicos e a prática de ajustes econômicos que busquem gerar competitividade e crescimento dos fatores de produção. O anúncio imediato de um aumento na taxa Selic, para 11,25% ao ano, associado ao reajuste nos preços dos combustíveis e a escolha (provável) de uma equipe econômica com forte viés monetarista indica que a presidente e seus conselheiros aprenderam o óbvio: sem ajustes estruturais na economia, acompanhados de forte controle nos gastos estatais, não há programas sociais que se sustentem por longo tempo. Assim, o próximo mandato se encaminha na lógica econômica “neoliberal”, a fim de se poder manter e, talvez, melhorar os programas sociais no futuro. Ou seja, a presidente Dilma irá adotar as propostas de seu opositor na recente campanha eleitoral para a Presidência da República. E, se souber realmente fazer as coisas (o que faltou no primeiro mandato), poderá alcançar ainda mais sucesso do que provavelmente o seu opositor conseguiria, por ironia dos fatos. Isso porque os radicais, montados nas bandeiras ideológicas ditas “de esquerda”, continuarão abafados pelo poder que pensam ter eleito. Também pudera, em termos econômicos, e não é de hoje que se fala nisso, qualquer governo que fosse eleito teria que partir para as reformas estruturais no funcionamento do Estado e da economia nacional. Mesmo porque, também é sabido que se continuarmos na balada econômica do primeiro mandato da presidente Dilma o país afundará ainda mais economicamente. E os indicadores não param de preocupar nesse sentido. O dólar se mantém ao redor de R$ 2,50, pressionando para cima a inflação, que deverá terminar, na melhor das hipóteses, no teto da meta, com viés de alta. Mesmo assim, a balança comercial continua deficitária em 2014, tendo o mês de outubro registrado o pior resultado do mês desde 1998, sendo que nos primeiros 10 meses deste ano o déficit comercial é de US$ 1,87 bilhão. O crescimento econômico neste ano deverá ficar em tão somente 0% a 0,3%. O emprego real diminui rapidamente enquanto o desemprego aumenta (na indústria brasileira setembro foi o sétimo mês seguido de queda no emprego). Os investimentos continuam travados, enquanto a indústria nacional volta a registrar crescimento negativo, com -0,2% em setembro e -2,9% no acumulado dos nove primeiros meses de 2014. É o preço a pagar do desenvolvimentismo com intervencionismo estatal praticado nestes últimos anos, sem termos infraestrutura e gestão pública adequadas. A conta está chegando para todos! E quanto mais esperarmos para atacar o problema pior irá ficar. 


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(24/10/2014 a 30/10/2014)


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