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quinta-feira, 30 de abril de 2020

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

24/04/2020 a 30/04/2020


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terça-feira, 28 de abril de 2020

DO SOCORRO À RETOMADA DO AJUSTE FISCAL


Em função da pandemia da Covid-19, o déficit público brasileiro deverá bater em 8% do PIB neste ano e a dívida pública bruta atingir entre 90% a 100% do PIB. O Brasil será um dos países mais atingidos economicamente pela crise porque a mesma nos alcança ainda despreparados, sem termos feito os ajustes nas contas públicas. Isso ajuda a explicar porque nosso PIB vai cair cinco vezes mais que a média dos países emergentes em 2020, segundo o FMI (o recuo projetado está entre 5% e 6%, consolidando mais uma recessão). Assim, enquanto a economia mundial vive seu pior momento desde a Grande Recessão de 1929, o Brasil fechará 2020 com a pior década econômica em 120 anos (crescimento médio ao redor de 0,3% ao ano), sendo que a recessão de 2020 será a pior desde 1901. Deveremos retornar ao PIB de 2010, perdendo uma década, completando 10 anos com as contas públicas no vermelho, sendo que o rombo de 2020 deverá ultrapassar os R$ 600 bilhões. Neste contexto, ainda iremos amargar, provavelmente, mais uma década de crescimento insuficiente (abaixo de 4% ao ano na média). Já para 2021, enquanto a recuperação esperada, no Brasil, é de 2,9% no PIB (podendo não ser nem metade do que cairemos no corrente ano), o FMI projeta recuperação média de 6,6% para o conjunto dos emergentes. E esta recuperação fica ainda mais comprometida pela pouca ação do governo em favor das empresas brasileiras atingidas pela crise viral. Em proporção do PIB, por exemplo, nós estamos destinando apenas 0,62% a programas de suporte às pequenas e médias empresas durante a crise, enquanto nos EUA o volume chega a 4,43%. Assim, a crise aprofunda sobremaneira o fato de não só não termos feito os ajustes econômicos necessários nos últimos 10 anos, como em boa parte do período o quadro foi piorado pela ação dos governos. E os resultados dos últimos três anos pós-recessão (2017 a 2019) são pífios (crescimento médio de 1,2% ao ano). Desta forma, se os gastos públicos em socorro à economia devem ser mantidos e melhorados enquanto durar a pandemia, pois não há outra saída imediata, também é verdade que, passada a crise, o Estado deve retomar o rumo do ajuste fiscal, sabendo que, agora, o mesmo levará de dois a três anos adicionais. Portanto, os gastos para enfrentar a Covid-19 devem ser vistos como temporários, e não deverão continuar. Errará o governo se decidir, pós-pandemia, esquecer o ajuste fiscal e partir para um programa desenvolvimentista populista/eleitoreiro. Já sabemos onde nos leva esta segunda opção. É por isso que o anunciado programa Pró-Brasil, em suas linhas gerais importante, precisa ser organizado em acordo à retomada do ajuste fiscal irrestrito. Para tanto, o mesmo terá que estimular o investimento privado, aliviando o setor público. Caso contrário, a inviabilização de nossa economia será mais longa e profunda do que já se projeta.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Análise semanal do mercado da soja, milho e trigo

17/04/2020 a 23/04/2020


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segunda-feira, 20 de abril de 2020

2020 PERDIDO, E 2021? (Final)


Enquanto, em 2020, a Covid-19 levará o PIB mundial a -3%, e no Brasil a -5,3%, consolidando uma recessão generalizada (cf. FMI), aqui no Rio Grande do Sul, onde a doença veio associada à seca, a queda no PIB deverá ser maior. O recuo na arrecadação em abril já atingirá entre 30% e 35%. A queda no varejo é de 25,5% no primeiro mês da quarentena, 17,7% na indústria e apenas um pequeno aumento de 0,7% no atacado. No entanto, entre 28/03 e 03/04 o recuo na indústria foi de 41,1%, no atacado de 17,6%, e no varejo de 38,2%. Nas áreas de eletroeletrônicos, calçados, vestuário e móveis a queda acumulada no período é de 49,5%, enquanto as vendas de gasolina recuaram 32,6% e as de etanol em 59,3%. No período da quarentena, até o dia 03/04, o consumo de energia elétrica no Estado caiu 36,5%, sendo que na indústria o recuo é de 50%, segundo a CEEE. Diante de tudo isso, mesmo que a saída desta crise seja mais rápida, ainda assim a economia nacional levará de dois a três anos para voltar ao estágio do final de 2019, que já não era bom. É o tempo que se levará, talvez, para recolocar o ajuste fiscal nos trilhos após a pandemia. Isso se as reformas administrativa e tributária forem bem feitas e realizadas no próximo ano. Este ajuste, nesta velocidade, levará a uma brutal contração dos gastos públicos, pois o rombo mais do que quadruplicou até o momento (calculado, agora, em R$ 600 bilhões). Portanto, a economia tende a continuar travada por um tempo muito mais longo (o PIB de 2021 é projetado em 2,9% na melhor das hipóteses e entre 1% e 1,5% na hipótese mais negativa). E ainda será preciso definir quem irá pagar a conta desta recessão inesperada. As grandes fortunas ou novamente os mais pobres, grande maioria da população brasileira? Mais do que nunca o Brasil irá precisar do capital externo para alavancar minimamente sua economia em 2021. Como convencê-lo a vir ao país, na quantidade necessária, diante dos efeitos negativos da pandemia que o mundo todo sofrerá e, especialmente, diante da postura irresponsável do presidente da República brasileira e alguns seguidores mais ferrenhos, perante muitos investidores internacionais, a começar pela China? O que está claro no horizonte é que 2021, seguido talvez de alguns outros, serão duríssimos economicamente para voltarmos a recuperar mais um tempo perdido na economia nacional. A pandemia nos atinge exatamente em um momento em que muito fragilizados, estávamos começando a, lentamente, iniciar um processo de ajuste fiscal. Do que fazer perder o sono para quem pensa apenas em reeleição, a ponto de afundar na irracionalidade e mediocridade, colocando constantemente os cidadãos em perigo sanitário, iludindo que está “preocupado com a economia e o emprego”.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

10/04/2020 a 16/04/2020


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segunda-feira, 13 de abril de 2020

2020 PERDIDO, E 2021? (I)


Com o prolongamento da quarentena da população mundo afora, diante de uma pandemia ainda sem controle (na China novos casos voltaram a surgir), enquanto em um grande número de países (Brasil dentre eles) o pico da doença nem ainda foi atingido, é natural que a economia sofra uma queda brutal. É o custo material para se tentar salvar o maior número de vidas humanas, embora isso venha afligindo, com razão, o setor produtivo e empregador. O fato é que a humanidade não tem muitas escolhas, pois se não ataca o problema firmemente no imediato, assumindo os custos econômicos de tal ação, irá prolongar a crise de forma a causar estragos econômicos ainda maiores e mais prolongados logo adiante. A questão é se chegar a um consenso sobre isso. Infelizmente, nos países onde as mortes disparam, devido ao coronavírus, este consenso está sendo alcançado na dor das perdas humanas. Dito isso, não é mais novidade que, em termos econômicos, o ano de 2020 já está perdido. Além dos números que já se divulgou neste espaço sobre os efeitos na economia chinesa e estadunidense, agora começam a surgir projeções ainda mais estruturadas sobre outros pontos do Planeta. Na França, por exemplo, o PIB caiu 6% no primeiro trimestre do corrente ano, sendo o tombo de 32% somente na primeira quinzena da quarentena feita por lá. Segundo o governo local, cada quinzena de confinamento custa 1,5% do nível do PIB e 1% de déficit público adicional. É a pior realidade desde 1945 (final da 2ª Guerra Mundial). Nos EUA, hoje epicentro da doença, a situação aponta para uma depressão econômica semelhante ao crash de 1929. O Banco Mundial, em relatório desta semana, indica que o PIB brasileiro recuará 5%, colocando o país novamente em recessão, seguindo grande parte do mundo. A América Latina e o Caribe, juntos, verão seu PIB despencar para -4,6% neste ano. Ainda no Brasil, somente no mês de março a Bolsa caiu 30%, acumulando perdas de 37% no primeiro trimestre. Foi o pior trimestre de toda a história do Ibovespa. Em março, o setor de veículos, motos e peças caiu 23,1% sobre fevereiro. O comércio brasileiro sofreu um prejuízo de R$ 53,5 bilhões apenas em março, um tombo de 46,1% em relação a março de 2019. O socorro necessário do Estado, e ainda insuficiente, já eleva o déficit fiscal brasileiro para R$ 500 bilhões para este ano, contra uma meta de déficit de R$ 129 bilhões e contra R$ 61 bilhões no ano passado. Neste contexto, análises da FGV nos indicam que a pandemia pode fazer dobrar o desemprego, levando o mesmo a quase 25 milhões de pessoas ou 24% da população ativa até o final do ano. Com isso, a contração na renda dos trabalhadores nacionais será de 15%, um recorde, caso o governo não amplie o socorro aos mesmos, o que, ao ser feito, elevará ainda mais o déficit público. Assim, o que nos espera em 2021? (segue)

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

03/04/2020 a 09/04/2020


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terça-feira, 7 de abril de 2020

O CORONAVÍRUS E A SOJA


No momento em que a Covid-19 nos leva para uma nova recessão econômica, alguns setores tiram vantagens da crise. Neste caso, e no curto prazo, encontramos a soja (exceção feita, infelizmente, ao Rio Grande do Sul, onde a seca causou uma quebra ao redor de 50% da safra), na medida em que seu preço no Brasil disparou neste início de ano. Em relação a 2019, nesta mesma época, o balcão gaúcho passou, na média, de R$ 69,93/saco para os atuais R$ 90,85 e os lotes de R$ 73,00 para R$ 96,50, atingindo preços nominais recordes. Em todo o Brasil os ganhos ficaram, no período, entre 30% a 37%. O motivo deste forte aumento está especialmente no câmbio, já que em Chicago o bushel da soja, para o primeiro mês cotado, fechou em US$ 8,55 neste dia 06/04 (um ano atrás valia US$ 8,99). E os prêmios em nossos portos, embora melhores (hoje na média de US$ 0,51/bushel, contra US$ 0,20 um ano atrás), estão normais. O recuo em Chicago, está ligado a redução dos negócios mundiais, e muito ao quadro de importante oferta futura a partir de um aumento de 10% na área a ser semeada com soja nos EUA, segundo a intenção de plantio anunciada em 31/03. Enquanto isso, o Real se desvalorizou 36%, passando, no período, de R$ 3,86 por dólar para os atuais R$ 5,25, sendo este o elemento central do aumento nos preços internos da soja. Tanto é verdade que, se o câmbio tivesse ficado nos níveis de um ano atrás, mantidas as cotações atuais em Chicago e dos prêmios, o balcão gaúcho estaria pagando hoje, em média, R$ 65,50/saco, ou seja, 28% a menos do que está hoje. Nota-se que a desvalorização do Real pouco está atrelada ao coronavírus. De fato, o Real já havia se desvalorizado bastante até o dia 16/03 do corrente ano, momento em que a pandemia se cristalizou em nosso país. Naquela data, o câmbio fechou em R$ 4,94, com uma desvalorização de 28% sobre abril/19. Assim, o coronavírus seria responsável por “apenas” uma desvalorização de 8 pontos percentuais em nossa moeda. Isso nos remete à tendência futura. Tudo indica que, passado o forte da pandemia, os mercados reajam um pouco e o câmbio retroceda, porém, neste último caso dificilmente para os níveis de um ano atrás. Simplesmente porque a saída de dólares do país está muito forte desde o início de 2019, puxada por algumas indecisões da equipe econômica e pelo completo destempero político do presidente Bolsonaro e seus seguidores mais próximos. Além disso, o recente atrito (mais um) com a China, aponta para as grandes dificuldades futuras que teremos no comércio exterior, onde a soja tem um espaço importante. Assim, mais uma vez, os produtores de soja correm grande risco de fazer a nova safra com altos custos, sem garantia de recuperá-los quando da comercialização na colheita de 2021. Vale, portanto, olhar com atenção a possibilidade de venda futura da oleaginosa na busca da melhor média possível.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

27/03/2020 a 02/04/2020


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