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quinta-feira, 28 de setembro de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 22/09/2023 a 28/09/2023


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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

O BRASIL E O MULTILATERALISMO (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

O governo Lula vem retomando de forma consistente as relações multilaterais do país com o resto do mundo. Entre discurso na ONU, reunião do G20, reunião do G77 e reunião dos BRICS, os primeiros nove meses de 2023 foram intensos. De fato, precisamos reposicionar o país no contexto mundial depois de nos autodenominarmos “párias” internacionais no governo anterior. Os efeitos de tais reuniões levam tempo para surgirem, porém, os encaminhamentos feitos na última reunião dos BRICS merecem algumas reflexões, muitas já destacadas no cenário nacional, mas que precisam ser aqui lembradas: 1) seis novos países entraram no Grupo a partir da reunião realizada na terceira semana de agosto de 2023: Arábia Saudita, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia; 2) a entrada oficial, cumpridas certas exigências, será a partir de 1º de janeiro de 2024; 3) com isso, não se pode mais chamar o Grupo de “Países Emergentes”, pois alguns deles estão longe de apresentarem economias emergentes. Trata-se de uma ação de interesses específicos de alguns países membros e entra no contexto da ideia do SUL GLOBAL; 4) a China forçou a entrada da maioria dos países indicados. O Brasil, como consolação, colocou a Argentina, e a África do Sul precisando colocar um país africano, acabou indicando a Etiópia; 5) o Brasil foi reticente, mas vencido. Deverá perder poder político interno no Grupo; 6) Brasil, Índia e África do Sul, para aceitarem a ampliação, pediram uma declaração clara, da China, em favor de suas entradas no Conselho de Segurança da ONU. A declaração veio ampla, e longe de ser clara; 7) China e Rússia saem ganhando com esta ampliação. A primeira por questões econômicas, a segunda por questões geopolíticas após seu isolamento devido a guerra contra a Ucrânia; 8) pode ser um enfrentamento ao G7, como afirmam alguns, porém, ainda está indefinido. O Brasil nega que essa seja a intenção; 9) o mundo não é mais unipolar, bipolar e mesmo tripolar (trilateral). Está cada vez mais multipolar; 10) G7, G20 e a ordem liberal dos EUA estariam sendo postos em xeque? 11) estamos diante de um Grupo formado por uma maioria de países ditatoriais, portanto longe de ser democrático; 12) a possibilidade de uma moeda única, para transações internas (remimbi ????), pode ser uma vitória para a Rússia, diante das represálias financeiras devido a guerra que provocou; 13) lembrando que os membros do Conselho de Segurança da ONU não têm nenhum interesse em ampliar o Conselho; 14) a entrada de países ricos em petróleo fortalece o Novo Banco De Desenvolvimento (NBD), o banco dos BRICS (os Emirados Árabes Unidos já são sócios do banco); 15) a falência da Argentina pode ter substancial contraponto a partir da ajuda deste Banco; 16) agora o Grupo passa a ser chamado de BRICS+; 17) que vantagens as populações destes países tiram com o Grupo? É preciso esperar para ver se há vantagens de fato. Por enquanto, o movimento está mais para um jogo de poder entre os governos; 18) EUA e União Europeia se preocupam com o movimento, pois o Grupo estaria se tornando uma agremiação que comunga, na maioria, de ideais antiamericanos e/ou antiocidentais; 19) a participação de alguns países, dentre eles Brasil, Argentina, África do Sul e Índia, depende dos governos eleitos. Ou seja, dependendo do que a Argentina escolher em outubro/novembro, pode não aceitar participar; 20) enfim, a diplomacia brasileira se sente incomodada com este encaminhamento, pois o interesse da China, segundo nossos diplomatas, é a formação de um bloco cada vez mais antagônico ao Ocidente e ao G7.   

sábado, 23 de setembro de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO: SOJA VOLTA A ROMPER O PISO DOS US$ 13,00/BUSHEL EM CHICAGO

 15/09/2023 a 21/09/2023


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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

O EFEITO PETRÓLEO E OS INDICADORES ECONÔMICOS (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Com a inflação de agosto, o acumulado de 12 meses passou a 4,61%. Ainda uma inflação aceitável, porém, em elevação como já era esperado. Até o momento, a mesma caminha para fechar o ano dentro das projeções de 5% a 6%, ou seja, acima do teto da meta. Por enquanto, este comportamento não deve diminuir o ritmo de redução da taxa Selic, de 0,5% nas próximas reuniões do Copom. Embora haja uma preocupação que mereça atenção: os preços do petróleo voltaram a subir no mercado internacional. Após bater em pouco mais de US$ 73,00/barril em julho, a cotação do mesmo abriu o dia 18/09 em US$ 94,41. Com isso, novos reajustes de combustíveis no Brasil devem ocorrer até o final do ano, salvo se o governo represar os aumentos temporariamente. O fato é que, neste quesito, os fortes aumentos de dias atrás (16,3% para a gasolina e 25,8% para o diesel, nas refinarias), ainda não cobriram integralmente a defasagem anterior. Segundo a Associação dos Importadores, se o diesel teria sido ajustado suficientemente (a defasagem era de 22% na oportunidade), a gasolina ficou longe disso, pois a defasagem, em relação ao mercado internacional, era de 30%. Ora, com o aumento superior a 29% no preço mundial do petróleo nestes últimos dois meses, a defasagem ganha força, mesmo que o governo tenha “abrasileirado” os reajustes. Lembrando que o diesel voltou a subir um pouco no início de setembro devido ao retorno de parte da cobrança dos impostos federais que, eleitoreiramente, foram retirados pelo governo anterior no final do ano passado. E em outubro próximo novo aumento, devido a este fato, virá. Assim, não se pode ignorar a possibilidade de, futuramente, o ritmo de redução da Selic recuar para 0,25% a cada reunião do Copom. Mesmo assim, a economia, dentro de suas atuais possibilidades, se mostra com resiliência e o PIB estimado para 2023 continua subindo. Aliás, a melhoria da estimativa é significativa, pois se esperava, em janeiro do corrente ano, um PIB de apenas 0,77%. Nesta primeira quinzena de setembro a expectativa já está em 2,9%. Assim, o comportamento do mesmo repete o ocorrido em 2022. Mas, muito disso é apenas efeito conjuntural, devido ao chamado “superciclo” das commodities, com seus elevados preços, o qual está deixando de existir paulatinamente nestes últimos meses.  

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO: RELATÓRIO USDA BAIXISTA PARA MILHO E TRIGO, NEUTRO PARA A SOJA

 08/09/2023 a 14/09/2023


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segunda-feira, 11 de setembro de 2023

UM IMPROVÁVEL DÉFICIT ZERO (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

 O governo federal enviou ao Congresso Nacional o Orçamento para 2024. Nele está previsto o déficit fiscal zero (despesas iguais as receitas), conforme indica o Arcabouço Fiscal recentemente aprovado. Infelizmente, este déficit zero dificilmente será alcançado no próximo ano, mesmo havendo uma margem legal entre 0,2% e 0,5% do PIB de déficit permitido. Grande parte do mercado, diante de um rombo já existente de R$ 168 bilhões, que obriga o governo a buscar receitas equivalentes para dar conta da meta, considera que 2024 fechará com um déficit de 0,8%. E o descumprimento do Arcabouço, já no primeiro ano, levará a economia a novo choque negativo, com pressão sobre o câmbio, inflação, juro básico etc. Assim, tudo irá depender da capacidade de o governo aumentar sua arrecadação, já que as despesas públicas podem crescer 70% da receita obtida, conforme reza o Arcabouço. Dentre as medidas pensadas está a cobrança de imposto de renda dos rendimentos das aplicações dos mais ricos (os milionários) a qual, por enquanto, incide somente sobre a classe média, incluindo aí a maioria do empresariado brasileiro. Ora, parte do Congresso Nacional não está disposta a aprovar este tipo de medida. Afinal, esta parte significativa foi eleita para manter os privilégios da minoria nacional, a qual não demonstra interesse algum em resolver os reais problemas do país, e tampouco melhorar a qualidade de vida do conjunto da sociedade. Algo histórico neste país e tantos outros subdesenvolvidos. Ora, o déficit brasileiro, acumulado, chegou ao final de 2022 em R$ 5,95 trilhões. No Orçamento aprovado para 2023, por exemplo, nada menos do que R$ 2 trilhões estão destinados só para pagar os juros e outros encargos da dívida pública federal. Em contrapartida, para investimentos, algo de que o Brasil precisa urgentemente, foram previstos apenas R$ 213,9 bilhões. Ou seja, 10,6% do custo da dívida. Assim, falta dinheiro para o que se precisa, pois a maior parte do mesmo vai para cobrir a dívida e seu juro, em geral feita a partir de despesas inconsequentes. Portanto, é preciso impedir que o rombo cresça, via déficits anuais. O descuido ou má gestão nesta área já nos colocou em recessões profundas, com empobrecimento geral da Nação. Se o Arcabouço não for cumprido, logo adiante outras recessões virão e mais pobres ficaremos.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO: SOJA EM ALTA, MILHO ESTÁVEL E TRIGO EM BAIXA

 01/09/2023 a 07/09/2023


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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

UM PIB A DOIS ÂNGULOS (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

No momento em que a inflação retoma, como era esperado, com potencial de novas altas até o final do ano (ainda há defasagem nos preços dos combustíveis, por exemplo); e no momento em que esta reação inflacionária coloca em xeque a redução do juro básico recentemente iniciada, o PIB nacional do segundo trimestre gera uma análise sob dois ângulos. Pelo lado positivo, tem-se que o 0,9% foi mais robusto do que o esperado pelo mercado. Com isso, o acumulado de 12 meses, terminados em junho/23, chega a 3,2%, algo a ser comemorado pois se imaginava uma realidade pior nesta altura do ano. Aliás, quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 3,4% no segundo trimestre de 2023. Pelo lado negativo, tem-se que o PIB perdeu força no segundo trimestre, diante do 1,9% registrado no trimestre anterior. E há possibilidade de o PIB dos próximos dois trimestres, que fecham o ano, virem fracos. Neste ângulo de análise, o PIB de 2023 poderá ficar ao redor de 2%, o que seria menor do que os 2,9% de 2022 e longe do que o país precisa, que é algo ao redor de 4% ao ano. Dito isso, salienta-se que continua preocupante as baixas taxas de investimento e poupança no trimestre. As mesmas ficaram, respectivamente, em 17,2% e 16,9% do PIB, quando o ideal é 25% para cada uma delas. Aliás, as taxas de investimento e de poupança, no segundo trimestre de 2023, ficaram abaixo das observadas no mesmo período do ano anterior (18,3% e 18,4%). Afinal, a taxa de investimento, no segundo trimestre, cresceu apenas 0,1%, repetindo a performance do primeiro trimestre do corrente ano. Ou seja, praticamente nada. Em relação a 2022, o investimento no segundo trimestre recuou 2,6%, confirmando a falta de tração nesta rubrica fundamental. E com baixo investimento, a economia futura fica comprometida, pois o crescimento depende do mesmo. E, para termos investimento, precisamos de poupança, a qual permanece baixa. Apesar disso, se olharmos o conjunto do primeiro semestre de 2023, a fotografia ainda é boa, pois o PIB acumulado cresceu 3,7% em relação ao mesmo período de 2022. Mas não esqueçamos: quem puxou efetivamente o PIB foi a agropecuária (+17,9%) no semestre, contra +1,7% na indústria e 2,6% nos serviços. E no segundo semestre sua participação tende a ser naturalmente bem menor.

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