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quinta-feira, 29 de abril de 2021

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 23/04/2021 a 29/04/2021


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

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segunda-feira, 26 de abril de 2021

O FLAGELO PERMANENTE (Final) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Dando continuidade à coluna passada, dizíamos que há outros elementos de desigualdade em nosso país, ainda mais objetivos. Dentre eles, temos o fato de se investir mal em educação e saúde (em 2020 o Brasil registrava 4.300 escolas sem banheiros, 8.600 não tinham acesso a água potável, mais de 35.000 delas não tinham coleta de esgoto, antes da pandemia 50% dos alunos brasileiros de 15 anos estavam com nível de proficiência abaixo do mínimo, sendo que a pandemia elevou esse índice para 71%); o fato de, entre 2012 e 2020, o rendimento do servidor público com carteira assinada ter crescido 20,4% enquanto o trabalhador privado viu sua renda crescer apenas 7,1%. Entre os militares e os servidores concursados o crescimento foi de 13,1% na renda. No primeiro trimestre de 2012, a renda real do setor público já era 56,9% maior do que a do setor privado (R$ 3.437,00 contra R$ 2.190,00 por mês). Ora, no quarto trimestre de 2020, em plena pandemia, a diferença subiu para 76,4%. Entre a renda do trabalhador privado e a do militar e do concursado, em 2020, a diferença sobe para 91,1%. Sem falar que dentro do funcionalismo público há enormes diferenças, com uma categoria de privilegiados nos três poderes, enquanto professores, policiais e até médicos ganham muito menos. Hoje, no Brasil, temos aproximadamente entre 25% a 30% da força de trabalho desempregada, somando todas as categorias de desemprego existentes, sendo que, dos que trabalham, 40% estão na informalidade. Enquanto isso o Congresso autoriza pedido do Executivo e dá perdão de dívidas tributárias de R$ 1,4 bilhão a igrejas de todos os matizes (e sabemos como a maioria delas funciona), nos próximos quatro anos, com prejuízo potencial de se chegar a R$ 2,9 bilhões se todos os artigos da lei forem aprovados. Enquanto isso as despesas militares, no orçamento de 2021, estão 400% acima dos valores destinados à saúde. Enquanto isso, o presidente da República gasta nas suas férias, entre 18/12/20 a 05/01/21, um total superior a R$ 2,3 milhões de dinheiro público (isso significa um pouco mais de R$ 121.000,00 por dia). A desigualdade, que impede de sermos um país melhor, tem origem na nossa organização política e social, a qual pode ser bem resolvida, como em qualquer país civilizado, desde que a sociedade assim o deseje.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 16/04/2021 a 22/04/2021


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segunda-feira, 19 de abril de 2021

UM FLAGELO PERMANENTE (I) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

A desigualdade social é um dos maiores flagelos de um país. E ela se mostra de diversas formas: econômica, de gênero, de raça etc., estando a essência na distribuição da renda ali gerada. Certo número de países no mundo conseguiu vencê-lo. Um grande número, infelizmente, não. Tanto é que hoje, em termos mundiais, enquanto bilhões de pessoas lutam para fazer frente ao empobrecimento diante da pandemia, os 1.000 bilionários (dentre eles 11 brasileiros), em nove meses, recuperaram seu nível de riqueza pré-pandemia (na crise de 2007/08 os mesmos levaram cinco anos para recuperar o nível de riqueza pré-crise), sendo que os 10 mais ricos do mundo aumentaram em US$ 540 bilhões sua fortuna desde o início da crise sanitária, segundo a ONG Oxfam. Já no Brasil, um dos países mais desiguais do mundo, entre março e julho de 2020 a fortuna dos bilionários locais cresceu US$ 34 bilhões. Aqui, enquanto 1% da população detém 28% da renda geral, outros 50% detêm apenas 12% desta renda. Em 2019, 60% da população brasileira tinha como renda média mensal um valor per capita abaixo de um salário mínimo. Naquele ano, segundo o IBGE, 103 milhões de brasileiros (metade da população nacional) vivia com uma renda média mensal de R$ 413,00, ou seja, 41% do salário mínimo. E a pandemia só piorou a situação, apesar do auxílio emergencial oficial. No primeiro trimestre de 2021 a renda das famílias brasileiras caiu 17% em relação ao final do ano anterior, sendo que, neste momento, mais da metade da população nacional não tem certeza se haverá comida suficiente na mesa no dia seguinte. E a disparada da inflação em 2020 e 2021 é mais um elemento concentrador de renda, pois atinge os pobres com mais força. Mas há outros elementos de desigualdade, como o fato de termos um sistema tributário regressivo, que penaliza os que ganham menos, ao invés de um sistema progressivo; o fato de a tabela do IR estar defasada em mais de 113% desde 1996, além da bitributação; e outros ainda mais objetivos como veremos na próxima coluna. E resolver a desigualdade significa mais pessoas com renda, mais consumo, mais dinâmica econômica, mais empregos. Sem isso, não há crescimento econômico que se sustente e, muito menos, um dia, desenvolvimento. (segue)

quinta-feira, 15 de abril de 2021

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 09/04/2021 a 15/04/2021


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segunda-feira, 12 de abril de 2021

ATUALIDADE E TENDÊNCIA ECONÔMICA (Final) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

A grande questão que se apresenta ao Brasil, no horizonte econômico, é que não se sabe se a crise será combatida com responsabilidade fiscal ou com populismo econômico. Ora, se continuarmos a insistir com o populismo será o caos. Estamos no pior momento econômico no país em muitos anos, com o governo sem ação, e ameaçando consolidar a linha populista definitivamente, quando seu início indicava outra postura. Considerando que as medidas até aqui adotadas, caso da PEC Emergencial, apenas compensam os gastos extraordinários, o déficit público recorde continuará. É neste sentido que a aceleração da vacinação se torna o melhor instrumento econômico, pois ela pode quebrar, mesmo que em parte, esta realidade. O atraso na mesma nos leva a fechamentos econômicos cada vez mais fortes, prolongando a agonia da economia em geral. É incompreensível o fato de o governo ter colocado tudo a perder em relação a vacinação, causando este enorme atraso na mesma, com custos econômicos que, hoje, são altíssimos. E se o Banco Central fraquejar com as políticas monetárias para fazer frente a este problema, poderemos atingir o ápice do desastre na economia nacional (cf. FGV, Webinar 08/03/21). Este ápice impediria o Real de se valorizar, alimentando ainda mais a inflação e obrigando a aumentos do juro básico. Além disso, será preciso que os ruídos políticos na economia desapareçam. É preciso perspectiva de crescimento econômico. Faz quatro décadas que o país pouco cresce; com a renda per capita crescendo apenas ao redor de 0,5% ao ano. Para superar estes problemas três coisas são fundamentais: vacinação em massa; equilíbrio fiscal; e reformas econômicas. Como fazê-lo com um Presidente sem rumo, sem diretrizes? Tanto é verdade que o governo passou a empurrar com a barriga a economia, esperando um milagre da vacinação. A gestão é pela aposta (alto risco) e não pelo planejamento. Espera-se que algo “caia do céu” que venha salvar a economia. Não há interesse em fazer ajuste fiscal consistente. Assim, olhando para frente, não se consegue ver aonde o país vai chegar. O cenário é difícil e desanimador. E nesta balada, isso não irá melhorar até o final de 2022. Depois, dependerá do governo e linha econômica que os brasileiros irão eleger. E as possibilidades que se apresentam, neste momento, são preocupantes.

quinta-feira, 8 de abril de 2021

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 02/04/2021 a 08/04/2021


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segunda-feira, 5 de abril de 2021

ATUALIDADE E TENDÊNCIA ECONÔMICA (II) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

A opção pelo populismo, além de aumentar as incertezas econômicas no país, deixa dúvidas quanto ao real interesse em combater o déficit fiscal (o recente episódio da Petrobrás mostra isso). Se continuarmos nessa linha, a tendência será mais juros, mais dívida pública, e mais difícil a situação fiscal. Mesmo que os juros possam estabilizar o dólar, e colocar o Real em um patamar racional, não será apenas isso que irá atrair muitos investimentos externos. Já queimamos esta etapa. Hoje o mundo nos olha pela falta de âncora econômica mais clara no horizonte, fato que deixa sem resposta à pergunta: para onde vamos? E poucos investem diante de tamanha incerteza. Assim, o Brasil não conseguirá terminar 2021 em um patamar superior ao pré-pandemia. Aliás, neste momento a pandemia está fora de controle e isso piora o quadro econômico, pois o descontrole da pandemia gera desorganização econômica. Como, em tal contexto, o setor de serviços é o mais atingido, estamos falando de 60% do PIB nacional fortemente comprometido, sem falar na parte industrial. Na esteira desta realidade, o mercado de trabalho continuará em situação grave. E sem trabalho não há renda, e sem renda não há consumo, e sem consumo não há comércio, e sem comércio não há salário e emprego, e muito menos PIB consistente. Um círculo vicioso. E este desemprego continuará crescendo. Hoje, em todas as suas instâncias, na prática ele atinge perto de 30% da População Economicamente Ativa, com uma enorme informalidade. Ao mesmo tempo, a massa de rendimentos recuou 6% em 2020. Assim, abrir o comércio é necessário, porém, sem renda no bolso da população os efeitos serão reduzidos. E isso advém de uma década inteira perdida, que culmina com uma das maiores crises de nossa história, sendo que pela primeira vez entramos em crise sem nos recuperarmos das perdas da crise anterior (recessão de 2015 e 2016). Neste contexto, os programas sociais são necessários, porém, não são suficientes. E, na pandemia, muitos deles foram mal focados. (segue) 

quinta-feira, 1 de abril de 2021

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 26/03/2021 a 01/04/2021


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