A grande questão que se apresenta ao Brasil, no horizonte econômico, é que não se sabe se a crise será combatida com responsabilidade fiscal ou com populismo econômico. Ora, se continuarmos a insistir com o populismo será o caos. Estamos no pior momento econômico no país em muitos anos, com o governo sem ação, e ameaçando consolidar a linha populista definitivamente, quando seu início indicava outra postura. Considerando que as medidas até aqui adotadas, caso da PEC Emergencial, apenas compensam os gastos extraordinários, o déficit público recorde continuará. É neste sentido que a aceleração da vacinação se torna o melhor instrumento econômico, pois ela pode quebrar, mesmo que em parte, esta realidade. O atraso na mesma nos leva a fechamentos econômicos cada vez mais fortes, prolongando a agonia da economia em geral. É incompreensível o fato de o governo ter colocado tudo a perder em relação a vacinação, causando este enorme atraso na mesma, com custos econômicos que, hoje, são altíssimos. E se o Banco Central fraquejar com as políticas monetárias para fazer frente a este problema, poderemos atingir o ápice do desastre na economia nacional (cf. FGV, Webinar 08/03/21). Este ápice impediria o Real de se valorizar, alimentando ainda mais a inflação e obrigando a aumentos do juro básico. Além disso, será preciso que os ruídos políticos na economia desapareçam. É preciso perspectiva de crescimento econômico. Faz quatro décadas que o país pouco cresce; com a renda per capita crescendo apenas ao redor de 0,5% ao ano. Para superar estes problemas três coisas são fundamentais: vacinação em massa; equilíbrio fiscal; e reformas econômicas. Como fazê-lo com um Presidente sem rumo, sem diretrizes? Tanto é verdade que o governo passou a empurrar com a barriga a economia, esperando um milagre da vacinação. A gestão é pela aposta (alto risco) e não pelo planejamento. Espera-se que algo “caia do céu” que venha salvar a economia. Não há interesse em fazer ajuste fiscal consistente. Assim, olhando para frente, não se consegue ver aonde o país vai chegar. O cenário é difícil e desanimador. E nesta balada, isso não irá melhorar até o final de 2022. Depois, dependerá do governo e linha econômica que os brasileiros irão eleger. E as possibilidades que se apresentam, neste momento, são preocupantes.
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