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segunda-feira, 13 de maio de 2024

INUNDAÇÕES NO RS E O MERCADO DA SOJA (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Chicago fechou a primeira semana cheia de maio/24 com o primeiro mês cotado valendo US$ 12,05/bushel, lembrando que no dia 30/04 o mesmo registrou US$ 11,45. Um ano atrás, o bushel valia US$ 14,36. Nesse mesmo período, os prêmios nos portos nacionais melhoraram um pouco, enquanto o câmbio, que havia rompido o teto dos R$ 5,00 por dólar no final de março, se manteve acima do mesmo, tendo chegado ao auge em 16/04 com R$ 5,26 (um ano antes valia R$ 4,94). Após isso, o Real voltou a se valorizar, atingindo a R$ 5,11 no dia 29/04. Em maio, enquanto Chicago subia, o Real batia em R$ 5,06 no dia 07/05. Este movimento cambial acabou compensando a alta em Chicago, fato que deixou os preços médios da soja, no balcão, no Rio Grande do Sul, em R$ 119,00/saco nesta última semana, contra R$ 121,58 na última semana cheia de abril, antes da catástrofe climática que se abateu sobre o Estado gaúcho. Ora, um dos motivos das altas em Chicago foram as inundações no RS, pelo temor de perdas na soja. Neste sentido, os primeiros levantamentos, ainda muito parciais, dão conta de que, no início das atuais enchentes, segundo a Emater, o RS tinha ainda 30% da área a ser colhida. A partir disso, o mercado indica uma possibilidade de perda entre 10% a 15% no total esperado devido à atual crise climática. Com isso, a produção final gaúcha ficaria ao redor de 19 milhões de toneladas, e não mais um pouco acima de 22 milhões esperados inicialmente. Haveria cerca de 5 milhões de toneladas de soja em risco quando as enchentes se iniciaram, no final de abril. As perdas, desta área, seriam de 2 a 3 milhões de toneladas. Embora ainda seja cedo para mensurá-las com exatidão, o fato é que as mesmas não devem ter sido pequenas no RS. Com isso, a projeção da safra total brasileira ficaria entre 145 a 150 milhões de toneladas neste momento, contra um potencial inicial ao redor de 169 milhões. Portanto, continua existindo espaço para elevação dos preços da soja. Porém, por enquanto, nada que permita esperar valores obtidos no início do ano passado (R$ 165,28/saco na média da última semana de fevereiro/23). Hoje, o mercado ainda não atinge os valores de um ano atrás (R$ 124,08 na média da segunda semana de maio/23). Daqui em diante, os juros nos EUA e no Brasil, a nova safra nos EUA e o câmbio no Brasil darão o rumo para este mercado. 

quinta-feira, 9 de maio de 2024

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 03/05/2024 a 09/05/2024


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui.   

segunda-feira, 6 de maio de 2024

NOVA REFORMA DA PREVIDÊNCIA À VISTA (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Quando saiu a reforma da previdência, em 13/11/2019, alertamos que a mesma era necessária, porém, o que estava sendo aprovado era insuficiente, além de incompleto e parcial. Menos de cinco anos depois, o assunto do déficit da previdência volta à tona, no bojo do déficit fiscal geral, que está no centro dos problemas econômicos estruturais do país, os quais nos atingem diariamente. Assim, uma nova reforma previdenciária terá que ser feita logo adiante. Entre 2012 e 2022 o crescimento médio anual na contribuição ao sistema foi de 0,7%, enquanto a quantidade de benefícios aumentou 2,2%. Pegando-se apenas o período da reforma, nota-se que a mesma apenas diminuiu o ritmo da defasagem, mas está longe de estancá-lo. Projeções do Ministério do Planejamento, através do Projeto de LDO para 2025, indicam que a receita atinge R$ 573 bilhões e as despesas R$ 792 bilhões, com rombo previsto de R$ 219 bilhões. Com o aumento da informalidade, o aumento do envelhecimento da população brasileira (os mais de 65 anos passaram, entre 1991 e 2022, de 4,8% para 10,9% da população brasileira) e com a decisão de tornar facultativa a contribuição ao INSS para os MEI, além da reforma trabalhista ter ampliado as terceirizações (hoje o Brasil tem 26,7% dos trabalhadores sem carteira assinada, que não recolhem a contribuição previdenciária), a previdência nacional continua agonizando, espalhando seus efeitos negativos para o restante da economia. A despesa já consome 40% do Orçamento público. Pior, nesta tendência, o desequilíbrio aumenta a partir de 2028, chegando a 2063 com o rombo superando a arrecadação em proporção do PIB. Em 2100, o rombo da previdência chegará “a R$ 25,5 trilhões, ou seja, mais de duas vezes o valor de todo o PIB brasileiro do ano de 2023”. Para os jovens de hoje e as crianças que estão nascendo neste momento no país, em tais condições, não haverá previdência pública. O problema é que a maioria da população não tem renda para realizar uma previdência privada, sem falar no contingente que insiste em ignorar a realidade. Precisamos de reformas que efetivamente corrijam as distorções de nossa economia em geral e do sistema previdenciário em particular. Sem isso, torna-se ilusão esperar que no futuro iremos melhorar a qualidade de vida da Nação.


quinta-feira, 2 de maio de 2024

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 26/04/2024 a 02/05/2024


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

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