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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(20/02/2015 a 26/02/2015)




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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

AINDA VAI PIORAR (I)



Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
26/02/2015

Não se faz omelete sem quebrar ovos! Esta máxima popular nunca foi tão verdadeira para o caso da economia brasileira na atualidade. Se é verdade que o governo acordou para a necessidade de corrigir o rumo da mesma, após cinco anos de descalabros, igualmente é verdade que o custo dos ajustes ficou altíssimo para o cidadão brasileiro. As constantes manifestações populares e do setor produtivo mostram que a população não está preparada para o que vem vindo, apesar dos avisos. Tem sido uma característica da maioria dos brasileiros em ver pessimismo lá onde a realidade desponta e, quando a mesma lhe cai no colo, o susto é grande. Estamos em recessão econômica e assim continuaremos em 2015. A estagflação, nos padrões atuais de nossa economia, é uma realidade e irá continuar por algum tempo. O desemprego aumenta consideravelmente porque a demanda diminui e enfrentamos uma inflação de custos no país. A recomposição dos preços administrados (energia elétrica, combustíveis e outros) continuará. Isso tudo porque precisamos urgentemente realizar os ajustes antes que a situação estrutural da economia nacional piore. Os primeiros movimentos - sim, estamos apenas diante dos primeiros movimentos de ajustes – já mostraram o tamanho do estrago social que teremos pela frente. Dentre eles, como prevíamos, as famílias mais pobres ficarão ainda mais pobres, iludidas que foram por um ganho de renda insustentável. O próprio governo cria as bases para tal ilusão ao declarar que a classe média brasileira é integrada por indivíduos que vivem em famílias com renda per capita entre R$ 291,00 e R$ 1.019,00. Ora, nas condições atuais do custo de vida nacional, parte desta categoria social chega, no máximo, a classe E. Assim, não surpreende que recente pesquisa mostra que nos últimos seis meses 47% dos brasileiros da dita classe C (oficial) estejam comprando menos produtos em supermercados. Afinal, o Estado brasileiro, diante dos ajustes necessários, está reduzindo igualmente alguns ganhos sociais, pois seu déficit público é enorme. Por sua vez, chegamos a esse momento da vida nacional com 44,3% dos brasileiros com idade de 10 ou mais anos sem trabalhar e nem procurando emprego (cf. IBGE), a maioria vivendo com o apoio estatal que se esgota (a ilusão do pleno emprego). Paralelamente, a crise econômica que se procura corrigir começa “...a criar vagas onde os salários médios são bem mais baixos, enquanto fecha as vagas no setor industrial. Ou seja, o Brasil está gerando agora empregos de salário mínimo e destruindo empregos com maior remuneração e qualificação...” (cf. Débora Morsch, ZH -21/02/2015), tipo os ofertados na indústria e no setor de serviços. Como tudo isso poderá terminar? (segue)


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(13/02/2015 a 19/02/2015)






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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

INFLAÇÃO PERIGOSA (Final)



Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
19/02/2015

Seguindo o comentário passado, temos que a disparada da inflação no Brasil está, hoje, muito relacionada à recomposição dos preços administrados (combustíveis e energia elétrica). Ora, o aumento destes insumos ocorre particularmente por erro de gestão pública nos últimos cinco anos, sendo que a seca que atinge algumas regiões do país tem pouco a ver com isso, embora ajude a complicar o quadro. Assim, o aumento de até 40 centavos no litro da gasolina neste início de fevereiro se deve à reposição inercial que o mercado aproveita para fazer na medida em que o governo busca recompor os ganhos da Petrobrás, após praticamente inviabilizá-la. Já o aumento da energia elétrica, anunciado entre 37% e 66% apenas para 2015 (após os aumentos do ano passado) ocorre para reestruturar o setor elétrico já que não há mais espaço para subsídios. O grande erro de gestão foi baixar o preço da energia no grito, no início de 2013, visando as eleições de 2014, sem que tivéssemos como sustentar a demanda daí originada. O sistema quebrou e os apagões se tornaram uma realidade. Nesse contexto, não admira que a inflação oficial já estourou o teto da meta anual oficial (7,14% em janeiro, devendo subir ainda mais em fevereiro devido ao recente aumento dos combustíveis, frete, transporte em geral etc). Ao mesmo tempo, a inflação real dispara para níveis assustadores, se aproximando dos 20% anuais, corroendo o poder aquisitivo dos brasileiros e criando uma enorme instabilidade social. Para pagar as contas os cidadãos já começam a consumir suas poupanças (em janeiro/15 a poupança nacional assistiu a maior perda mensal dos últimos 20 anos, com um saldo negativo de R$ 5,53 bilhões) enquanto paralisam suas compras, estagnando o PIB brasileiro ao redor de 0% em 2014, com claras evidências de repetir esse “não crescimento” em 2015. Uma legítima estagflação, considerada o pior dos mundos para uma Nação. A solução do problema passa por reformas estruturais que lentamente o governo começa a fazer. Todavia, como as mesmas demoram para dar resultados (se bem feitas tais resultados concretos virão somente no final deste novo mandato da presidente Dilma), o governo se obriga, no curto prazo a frear a oferta de crédito (liquidez), aumentar o juro (a Selic caminha para 13% ao final do ano e ainda mais em 2016) e aceitar a continuidade da estagnação econômica, com o agravamento do desemprego. Tudo isso poderia ter sido evitado se a aventura desenvolvimentista, sem base de sustentação, não tivesse ocorrido nestes últimos cinco anos. Como não foi o caso, agora nos resta apertar o cinto e gerenciar a crise, esperando que o governo não esmoreça no conserto do estrago que ele mesmo criou.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(06/02/2015 a 12/02/2015)






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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

INFLAÇÃO PERIGOSA (I)



Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
12/02/2015

Contrariamente ao que uma determinada corrente de pensadores defende, a inflação brasileira, no atual estágio (6,41% em 2014 e 7,14% nos últimos 12 meses – fevereiro/14 a janeiro/15), é muito elevada. Isso porque, no contexto da estabilidade econômica que se conseguiu a partir de 1994 (e hoje ameaçada), os preços não podem fugir ao controle, comprometendo a estratégia da meta inflacionária, instrumento reconhecido mundialmente pela sua eficácia. Além disso, deixamos longe o tempo da hiperinflação destrutiva e ninguém mais o deseja de retorno. Assim, os governos trabalham para manter o aumento dos preços em torno de uma meta central (no Brasil, 4,5% ao ano pelo IPCA), sendo que as margens superiores e inferiores (dois pontos percentuais para cima ou para baixo no caso brasileiro) devem ser exceções e não a regra. Além disso, o setor produtivo e o governo devem trabalhar (preços de mercado e administrados) para que seus produtos oscilem naturalmente, sem artifícios especulativos ou eleitoreiros. Ora, aqui no Brasil, nos últimos anos notamos que tais artifícios têm sido muito usados, gerando uma inflação inercial que penaliza toda a sociedade e particularmente os mais pobres. Nesse início de 2015 é o que assistimos de forma mais aguda, apesar de o processo vir se acumulando ao longo dos anos recentes. Estudo do IBGE nos mostra que de 2005 a 2014 a inflação oficial ficou em 69,34% enquanto os preços dos alimentos (o que conta de fato para o cidadão) subiram 99,73%. Em Porto Alegre, uma cesta básica criada pela PUC indica que, nos últimos cinco anos, seu custo subiu 61%, contra uma inflação oficial de 37,6% no período. Na região de Ijuí, somente em janeiro/15, a cesta básica calculada pela Unijuí subiu 5,85% em relação a dezembro. Ou seja, o governo está perdendo o controle da inflação, provocando um aumento muito superior nos preços diários do cidadão do que a média oficial. Em grande parte, esse problema brasileiro se encontra no erro sistemático do governo em frear artificialmente os chamados preços administrados, particularmente os combustíveis e a energia elétrica. Tal estratégia foi usada para estimular o consumo, no contexto da grande crise econômico-financeira de 2007/08, porém, sem que tivéssemos infraestrutura suficiente para respondermos a esse aumento de demanda. Com isso, o governo gerou um déficit enorme junto à Petrobrás e ao setor elétrico, sustentado por subsídios (dinheiro do contribuinte) até o final de 2014. Isso piorou sensivelmente as contas públicas não havendo mais espaço para tal aventura. Resultado: tais preços administrados estão sendo agora atualizados, porém, em uma velocidade muito grande, causando um enorme choque no custo de vida do brasileiro. (segue)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

2015 CONFIRMA



Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
05/02/2015

O segundo mandato da presidente Dilma se anuncia como de austeridade, confirmando a tendência. Não poderia ser diferente. Os péssimos indicadores econômicos, acumulados nos últimos quatro anos, exigem a mudança de rumo. E o novo rumo passa pelo aperto de cinto. Terminou a ilusão do dinheiro fácil e caímos na realidade da escassez. Na base do problema estão as contas públicas. Nestes últimos anos o governo, em suas diferentes instâncias somadas, gastou muito mais do que arrecadou, num contexto de irresponsabilidade assustadora, levando boa parte da população para o mesmo caminho. A tal ponto que, pela primeira vez desde 2001, tivemos um déficit primário em 2014. O mesmo foi de R$ 32,5 bilhões ou 0,63% do PIB, quando a meta, já revisada anteriormente para baixo, era um superávit de 1,9%. Com isso, a dívida bruta subiu para 63,4% do PIB. Ora, o Estado, como qualquer outro ente econômico, também precisa equilibrar suas contas sob pena de inviabilizar seu funcionamento, inclusive nas ações sociais. O Brasil chegou ao seu limite, correndo o risco de atingir um ponto de não retorno. Nesse contexto, a correção passa por aumentos nas receitas públicas (retorno de taxas e impostos, como o IPI dos automóveis e da CIDE nos combustíveis – outras medidas ainda virão) e cortes nas despesas. Como determinados cortes (excesso de pessoal) estão impossibilitados por lei, o governo parte para mexer nos gastos sociais, atingindo a educação, a saúde, o abono salarial, o seguro desemprego, e assim por diante. Porque tais ajustes demoraram, o setor público gerou um excesso de demanda que, por sua vez, gerou uma alta da inflação. Além disso, o impulso desmesurado dado ao consumo, entre 2010 e 2014, não encontrando respaldo na infraestrutura existente, por falta de investimentos, também acelerou a elevação dos preços. Passa por aí um erro monumental de gestão que vai custar caro aos brasileiros nos próximos anos (falta energia, falta água, falta saúde, falta educação, faltam estradas...). Soma-se a isso o esgotamento do artifício de represar os preços administrados, caso da energia elétrica e dos combustíveis por exemplo. E, para piorar, apesar de tudo isso a economia não reagiu, estacionando em 0% de crescimento em 2014. Em tal contexto, a melhor maneira para controlar a inflação e recuperar a economia é gerar um quadro de contenção do gasto público corrente (o governo tem por meta um superávit primário de 1,2% do PIB em 2015). Como por este caminho os resultados demoram, no curto prazo sobra o remédio da elevação dos juros para conter a alta dos preços (deveremos terminar 2015 com uma Selic ao redor de 13%). Ora, elevar juros significa frear ainda mais a economia e gerar desemprego, o que nos coloca num círculo vicioso infernal cuja saída passa por ajustes ainda mais pesados no setor público. Como dizíamos há meses, o remédio será amargo, porém, precisa ser tomado. O desafio é não desistir do remédio, sem errar na dosagem do mesmo.

Análise Semanal de Mercados da Soja, Milho e Trigo

(30/01/2015 a 05/02/2015)




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