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quinta-feira, 31 de março de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 25/03/2022 a 31/03/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

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segunda-feira, 28 de março de 2022

ECONOMIA DE PRIVILÉGIOS (I) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Um livro recentemente publicado, de grande profundidade, confirma o que há anos estamos alertando neste espaço: precisamos mudar a estrutura de nossa economia, cultura e instituições. Para isso ocorrer o país precisa deixar para trás algo que vem desde o Descobrimento, independente da ideologia que nos governa: a economia de privilégios (“O flagelo da economia de privilégios: Brasil 1947-2020”, de Fernando de Holanda Barbosa, FGV Editora). Temos uma nefasta tradição, impregnada em toda a sociedade nacional, de tentar usar o Estado para a apropriação de recursos. Ou seja, quem pode trata o Estado como se fosse seu proprietário, usando recursos públicos para fins privados, inclusive manipulando leis. Grande parte dos empresários se beneficiam de renúncias fiscais, muitas vezes sem nenhuma justificativa econômica. Os trabalhadores se organizam em associações em busca de privilégios, no contexto de um sistema dual em que 50% dos mesmos são informais, ou perto disso, sem nenhuma regra de apoio. E uma casta importante de empregados do Estado ganha mais do que os trabalhadores privados em ocupações similares. Sem falar nos grupos que possuem o direito de auxílio habitação (e outros auxílios), como forma de burlar o teto dos salários. Em muitos casos, os brasileiros usufruem de privilégios sem sequer se darem conta disso. Politicamente, e as eleições deste ano mais uma vez o comprovam, as pautas das chamadas elites nacionais não têm nada a ver com os problemas concretos que enfrentamos. Aliás, vamos em sentido inverso: no contexto de uma crise fiscal enorme, que paralisa o país há anos, faz-se uma emenda constitucional para aumentar gastos, quando não se tem recursos nem para pagar as despesas correntes já existentes. Não é uma questão de regime ou de ideologia política, pois todos fazem a mesma coisa. Trata-se de um problema da cultura brasileira, que “tem um comportamento predador, e que as instituições permitem e, às vezes, até facilitam”. As regras não valem para todos de forma igual, e o famoso “jeitinho brasileiro”, para burlar as leis, é a máxima. Portanto, o governo que assumir o país em 2023 deverá fazer um tratamento de choque para tirar o Brasil da “UTI fiscal” em que se encontra (Conjuntura Econômica, FGV, fev./2022). O que e como fazer veremos nas próximas colunas. (segue)

quinta-feira, 24 de março de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGOI

 18/03/2022 a 24/03/2022


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segunda-feira, 21 de março de 2022

AINDA SOBRE OS COMBUSTÍVEIS (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Antes que caiamos em tentação populista, tentando atacar o problema da elevação dos preços dos combustíveis no país, importante se faz entendermos o porquê de chegarmos a este estágio, em um momento em que a descoberta do pré-sal nos aponta um caminho de autossuficiência de petróleo. De fato, há uma aparente incongruência a este respeito. Enquanto importa petróleo, gasolina, diesel e outros derivados, o Brasil bate recordes sucessivos de produção de petróleo, chegando a atingir picos de quatro milhões de barris por dia desde 2020. Nosso problema é que não temos um processo de refino suficiente para dar conta da demanda que aumentou nos últimos anos. Este problema havia sido detectado ainda no governo Lula, e duas novas refinarias passaram a ser construídas. Todavia, as mesmas foram fontes de corrupção generalizada, as quais se somaram a tudo o que se encontrou na Petrobras a este respeito na ocasião. Com isso, a operação Lava-Jato acabou interrompendo a industrialização do setor. No governo Bolsonaro, a situação não melhorou, pois a Petrobras continuou não investindo, deixando de ampliar e modernizar suficientemente seu parque de processamento. Além disso, suspendeu a construção de novas unidades e decidiu vender suas principais refinarias. Assim, temos petróleo, porém, não temos condições de gerar adequadamente os subprodutos necessários. Hoje importamos derivados de petróleo em maior quantidade (nos 11 primeiros meses de 2021 importamos 72% a mais apenas de diesel, em comparação a 2020, gastando US$ 6,4 bilhões), enquanto o petróleo do pré-sal é exportado (nos mesmos 11 primeiros meses de 2021 exportamos US$ 30 bilhões em petróleo, com aumento de 36% sobre o ano anterior). Pior, importamos 50% a mais de petróleo bruto (US$ 3,7 bilhões), pois as refinarias que temos, pasmem, ainda não foram adaptadas para processar o tipo de petróleo encontrado no pré-sal. Neste contexto, sem realizarmos mudanças estruturais no setor, tudo o que vem sendo proposto, no momento, são medidas paliativas, que podem ajudar no curto prazo, porém, trarão consequências negativas para a economia logo adiante, não passando de subterfúgio, envolto em demagogia eleitoreira, pois seus custos serão ainda mais elevados do que os próprios aumentos de preço dos combustíveis. 

quinta-feira, 17 de março de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 11/03/2022 a 17/03/2022


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segunda-feira, 14 de março de 2022

COMBUSTÍVEIS: O QUE FAZER? (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Acertadamente a Petrobras, a partir de 2016, adotou o sistema de Preço de Paridade de Importação para reajustar os preços dos combustíveis no Brasil. O sistema anterior, de subsídios e congelamento de preços, levou a empresa a quase quebrar. O PPI leva em consideração o preço do petróleo no mercado internacional, o câmbio no Brasil e o custo de importação (pois continuamos a importar petróleo e derivados, sendo que no caso do diesel importamos mais de 12 milhões de toneladas em 2021, gastando US$ 7,2 bilhões, sendo este o principal item importado pelo país no ano passado). Ora, o aumento no preço do petróleo no mercado mundial, a partir da recuperação da economia no chamado “pós-pandemia”, atingiu um nível anormal com a eclosão do conflito armado provocado pela Rússia. Com isso, a Petrobras, que vinha segurando os reajustes desde janeiro, ficou sem alternativa, pois a defasagem no preço dos combustíveis chegou a 25% (muitos analistas do setor falam em 40%). Diante disso, havia claro risco de desabastecimento de combustíveis e derivados, pois o setor privado dificilmente iria continuar a operar, nesta área, sem poder repassar a alta do petróleo ao restante da cadeia produtiva. Neste contexto, o aumento veio entre 18% e 25% para a gasolina e o diesel, e 16% para o gás. Muito elevado para o consumidor, porém, sem ainda dar conta de toda a defasagem. Resultado: novos aumentos virão, especialmente se o petróleo continuar com estes preços no mercado mundial. E o quadro só não é pior porque o câmbio recuou para R$ 5,00 por dólar, após trabalhar acima de R$ 5,50 em grande parte do ano passado. Assim, é normal que o governo estude medidas para tentar mitigar o efeito dos combustíveis no bolso da sociedade brasileira. Afinal, estamos diante de um caso excepcional (a guerra) que exige medidas excepcionais. A questão é: que medidas adotar e como executá-las de forma adequada e eficiente? Todas têm efeitos colaterais negativos. Por exemplo: mudanças no sistema de cobrança dos impostos federais e estaduais são bem-vindas, porém, ajudam pouco neste momento em função do tamanho das altas de preços que estamos tendo, além de fragilizarem as receitas estaduais e municipais de forma permanente. O uso dos dividendos pagos pela Petrobras à União e/ou da participação especial (royalties) dos grandes campos de petróleo do pré-sal, é desviar dinheiro “carimbado” que vai para a educação e a saúde, deixando estas duas áreas essenciais ainda mais pobres. As sugestões postas no texto da PEC dos combustíveis trazem riscos de fortes desembolsos estatais e nova crise na sobrevivência da Petrobras. Geralmente, os custos de tais medidas são estruturais e não compensam os ganhos, que são de curto prazo. Já vivemos isso no passado e sabemos a conta que chegou, posteriormente, para ser paga. Portanto, é preciso fazer alguma coisa, porém, a ação precisa ser muito bem pensada tecnicamente. E o afogadilho eleitoral do corrente ano pode colocar tudo a perder neste sentido. Assim, enquanto a nação espera um gesto oficial adequado e eficiente neste sentido, a inflação se eleva ainda mais com a alta dos combustíveis. Já se projeta, agora, um IPCA em 8% no final do ano, contra 5,6% em janeiro passado. Diante disso, o Copom deverá manter o ritmo de elevação da Selic para além do desejado. Neste sentido, já se projeta 14% de juro básico no final do ano, contra um máximo de 12% antes do estouro nos preços dos combustíveis. 

quinta-feira, 10 de março de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 04/03/2022 a 10/03/2022


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segunda-feira, 7 de março de 2022

PIB DE 2021: ALGUNS COMENTÁRIOS (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

O PIB oficial do Brasil, em 2021, ficou em 4,6%. O que isso significa? Primeiro: ele apenas recupera, com sobra mínima, o tombo de -3,9% ocorrido em 2020. Segundo: o crescimento de apenas 0,1%, nos nove últimos meses de 2021, indica uma clara perda de fôlego na recuperação. Terceiro: na média dos dois últimos anos nosso PIB ficou apenas um pouco superior a 0,5% de crescimento, o que indica que ainda não recuperamos o desastre da grande recessão de 2015 e 2016. Ou seja, apenas voltamos ao ritmo medíocre (pouco mais de 1% anual) que iniciamos a ter a partir de então. Quarto: três pontos merecem atenção nesse atual PIB - 1) a indústria não consegue avançar, estando ainda 12,3% abaixo do auge obtido em 2013; 2) o investimento, que é um balizador do crescimento futuro, deu um salto de 17,2% sobre 2020, indicando importante recuperação, sendo o melhor desde 2015, fato positivo desde que tenha sustentabilidade na sequência; 3) o empobrecimento médio da população brasileira continuou, com a renda média per capita crescendo 3,9% no ano passado, após recuar 4,6% em 2020. Isso explica o recorde de endividamento no país, o maior dos últimos 12 anos. Em fevereiro passado tínhamos 76,6% das famílias brasileiras endividadas, com 27% registrando alguma inadimplência, sendo essa a mais elevada desde março de 2010. Quinto: o resultado não é suficiente para 2022. Especialmente devido a continuidade da pandemia, embora mais controlada; à elevação dos juros para combater a disparada inflacionária que temos; às eleições presidenciais do final do ano; à falta de combate efetivo ao déficit público crescente; e, agora, à guerra entre Rússia e Ucrânia que desestrutura o comércio internacional e, novamente, as cadeias produtivas. Sexto: isso, e mais outros elementos internos, nos leva a manter a projeção de um PIB, em 2022, entre -0,5% e +0,5%, sendo que a mediana do mercado está em 0,3%. Ou seja, um novo e severo tombo que impede a geração de empregos remuneradores e a melhoria da capacidade de consumo da população. Sétimo: se confirma os alertas de alguns anos, ou seja, a saída da crise econômica em que nos colocamos, a partir de 2015/16, será longa e penosa, potencializada, além da pandemia e do conflito no Leste Europeu, pelas seguidas secas e intempéries no país. 

quinta-feira, 3 de março de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 25/02/2022 a 03/03/2022


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