19/02/2021 a 25/02/2021
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19/02/2021 a 25/02/2021
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Passados 45 dias do novo ano, um desafio é evidente. Como administrar a crise social, agravada pela pandemia, e a crise fiscal que avança rapidamente? É preciso auxílio social, porém, com cuidados para não estourar mais as contas públicas. É preciso gestão com responsabilidade, criando-se ações de combate à pobreza compatíveis com a situação financeira e fiscal do país em 2021. Nada de populismos que alimentem a gastança irresponsável. Pois países emergentes, como o Brasil, quanto mais demorarem para superar as crises sanitária e fiscal, mais irão depender da reação positiva da economia global, que está lenta. Para piorar, vimos nosso governo criar atritos diplomáticos e ideológicos absurdos com os maiores investidores mundiais, e agora parte desta conta chegou. E colocar a culpa “em país quebrado” é atestar a incompetência da gestão. Não é o Brasil que está quebrado, e sim o seu setor público, gastador e ineficiente historicamente. E pouco é feito para corrigir isso. As reformas realizadas ficaram pela metade, deixando os privilégios praticamente intactos, enquanto as que estão por vir, patinam há anos, impedidas pelas corporações públicas e privadas, favorecidas pelo sistema. Soma-se a isso a constatação, agora bem mais clara para muitos, de que o Presidente da República, e a maioria de seu governo, está longe de ser liberal. Mesmo sem recursos para investir nas empresas estatais, modernizando-as, o governo às protege, com ações corporativistas dentro do que se passou a chamar de “velha política”. É mais do mesmo, senão pior, e isso o mercado está contabilizando a cada dia que passa. Assim, a crise fiscal, que chegou a um ponto caótico, e a crise sanitária, com o descaso da pandemia e, agora, com a lenta vacinação, penalizam a economia, já comprometendo o ano de 2021. Se a lógica é não parar a economia, é evidente que a aceleração da vacinação é fundamental. Ora, o governo federal ignorou este fato e agora corre atrás. Em tal quadro, o desemprego real, que envolve todas as classificações oficiais que o medem, chega a 33% da população apta a trabalhar. Sem falar na informalidade, que alcança quase outro tanto. Não há economia que avance a contento diante de tal realidade.
12/02/2021 a 18/02/2021
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O novo ano iniciou com 66,3% das famílias brasileiras endividadas, sendo que 25,2% destas se encontram inadimplentes, com 11,2% afirmando não ter condições de pagar suas contas e, por isso, continuarão inadimplentes no transcorrer do ano. Por sua vez, em 2020 o déficit primário consolidado acabou ficando menor do que o esperado, porém, ainda assim atingiu a R$ 703 bilhões (9,49% do PIB), contra R$ 61,9 bilhões (0,84% do PIB) em 2019. Ou seja, devido aos gastos com a pandemia em especial, o mesmo se multiplicou por mais de 11 vezes. Somente o déficit do governo federal chegou a R$ 745,3 bilhões (10,06% do PIB). Considerando os juros pagos desta dívida, temos o déficit nominal, o qual atingiu a R$ 1,015 trilhão (13,7% do PIB), contra R$ 429,2 bilhões (5,79% do PIB) em 2019. Já a dívida pública total, em relação ao PIB, ficou em 89,3% contra expectativas que giravam entre 95% e 100%. Mesmo assim, um recorde histórico! Portanto, se o controle dos gastos públicos não ocorrer a partir de 2021, com ou sem pandemia, o Estado literalmente estará inviabilizado, e com ele o país. E é neste contexto que entram as reformas tributária e administrativa, especialmente esta última. Afinal, mesmo sem pandemia, os gastos públicos teriam sido elevados, pois o custo da máquina pública é um absurdo. Segundo o Banco Mundial, em 2017 o Brasil pagou em salários R$ 725 bilhões para 11,5 milhões de servidores ativos. Entre 2006 e 2017 esta despesa cresceu 59% no país. Em 2019, o valor gasto com servidores no país chegou a R$ 930 bilhões, sendo que 13,7% do PIB daquele ano foi gasto para mantê-los, contra 6% gastos em Educação e 3,9% em Saúde. Segundo o FMI, dentre 63 principais países do mundo, o Brasil foi o sétimo pior neste quesito. E os serviços públicos oferecidos pelo Estado continuam muito ruins, comprometendo o crescimento do país. Está mais do que na hora de uma reforma que, dentre outras coisas, acabe com os supersalários; com os benefícios e penduricalhos de toda ordem nos três poderes da República; e com os altos salários iniciais, além da corrupção e outros desmandos que continuam ocorrendo (segue).
18/12/2020 a 11/02/2021
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Os primeiros 45 dias de 2021 no Brasil são de piora na pandemia, apesar do início (confuso) da vacinação; alto desemprego, sem perspectivas de melhora no médio prazo; inflação em elevação, devendo continuar nos próximos meses; crise fiscal do Estado insolúvel, e engolindo nossa capacidade de reação; e setor político paralisado em torno de picuinhas retrógradas. O Brasil corre sério risco de estar iniciando mais uma década perdida em sua economia. Perdemos o rumo do crescimento e a pandemia escancarou antigas carências. Um dos problemas do Brasil é a baixa qualidade dos serviços públicos, os quais custam fortunas à sociedade, sendo o cerne do Custo Brasil. O caos na saúde, cristalizado pela pandemia, é apenas um aspecto da questão, a qual passa pela educação, apoio à ciência, segurança, habitação, infraestrutura etc. No final de 2019 o Ministério da Economia divulgava que o Custo Brasil consumia das empresas R$ 1,5 trilhão por ano, ou seja, 22% do PIB. Em tal quadro, não deveria nos surpreender o fechamento e a saída do país das fábricas. Hoje, empregar pessoas no Brasil custa um total anual de R$ 320 bilhões a mais do que a média da OCDE. Em tal realidade, o investimento estrangeiro caiu fortemente no Brasil em 2020, tanto para o setor produtivo quanto para a Bolsa de Valores e para financiar o governo. O capital produtivo teria fechado o ano passado com ingresso de US$ 36 bilhões, ou seja, metade do ingressado em 2019. Já na área especulativa, representada pela Bolsa, fundos de investimentos e títulos da dívida federal, saíram do país US$ 14,8 bilhões, o maior volume desde 2016, quando o país estava na maior recessão em mais de um século. A participação de investidores externos nos papéis do Tesouro Nacional, que chegou a 20,8% do total em maio de 2015, caiu para apenas 9,47% em novembro de 2020. Diante disso, como rolar mais de R$ 640 bilhões de dívida pública que vencem neste primeiro quadrimestre de 2021? E a pandemia está longe de ser o principal fator deste comportamento. O principal motivo está nas incertezas quanto ao rumo de nossa economia, associadas à má gestão pública federal, incluindo as questões sanitárias, e a péssima política ambiental, de governança e social. (segue)