:)

Pesquisar

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 19/02/2021 a 25/02/2021


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui. 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

OS PRIMEIROS 45 DIAS (Final) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Passados 45 dias do novo ano, um desafio é evidente. Como administrar a crise social, agravada pela pandemia, e a crise fiscal que avança rapidamente? É preciso auxílio social, porém, com cuidados para não estourar mais as contas públicas. É preciso gestão com responsabilidade, criando-se ações de combate à pobreza compatíveis com a situação financeira e fiscal do país em 2021. Nada de populismos que alimentem a gastança irresponsável. Pois países emergentes, como o Brasil, quanto mais demorarem para superar as crises sanitária e fiscal, mais irão depender da reação positiva da economia global, que está lenta. Para piorar, vimos nosso governo criar atritos diplomáticos e ideológicos absurdos com os maiores investidores mundiais, e agora parte desta conta chegou. E colocar a culpa “em país quebrado” é atestar a incompetência da gestão. Não é o Brasil que está quebrado, e sim o seu setor público, gastador e ineficiente historicamente. E pouco é feito para corrigir isso. As reformas realizadas ficaram pela metade, deixando os privilégios praticamente intactos, enquanto as que estão por vir, patinam há anos, impedidas pelas corporações públicas e privadas, favorecidas pelo sistema. Soma-se a isso a constatação, agora bem mais clara para muitos, de que o Presidente da República, e a maioria de seu governo, está longe de ser liberal. Mesmo sem recursos para investir nas empresas estatais, modernizando-as, o governo às protege, com ações corporativistas dentro do que se passou a chamar de “velha política”. É mais do mesmo, senão pior, e isso o mercado está contabilizando a cada dia que passa. Assim, a crise fiscal, que chegou a um ponto caótico, e a crise sanitária, com o descaso da pandemia e, agora, com a lenta vacinação, penalizam a economia, já comprometendo o ano de 2021. Se a lógica é não parar a economia, é evidente que a aceleração da vacinação é fundamental. Ora, o governo federal ignorou este fato e agora corre atrás. Em tal quadro, o desemprego real, que envolve todas as classificações oficiais que o medem, chega a 33% da população apta a trabalhar. Sem falar na informalidade, que alcança quase outro tanto. Não há economia que avance a contento diante de tal realidade.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 12/02/2021 a 18/02/2021


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui. 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

OS PRIMEIROS 45 DIAS (II) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

O novo ano iniciou com 66,3% das famílias brasileiras endividadas, sendo que 25,2% destas se encontram inadimplentes, com 11,2% afirmando não ter condições de pagar suas contas e, por isso, continuarão inadimplentes no transcorrer do ano. Por sua vez, em 2020 o déficit primário consolidado acabou ficando menor do que o esperado, porém, ainda assim atingiu a R$ 703 bilhões (9,49% do PIB), contra R$ 61,9 bilhões (0,84% do PIB) em 2019. Ou seja, devido aos gastos com a pandemia em especial, o mesmo se multiplicou por mais de 11 vezes. Somente o déficit do governo federal chegou a R$ 745,3 bilhões (10,06% do PIB). Considerando os juros pagos desta dívida, temos o déficit nominal, o qual atingiu a R$ 1,015 trilhão (13,7% do PIB), contra R$ 429,2 bilhões (5,79% do PIB) em 2019. Já a dívida pública total, em relação ao PIB, ficou em 89,3% contra expectativas que giravam entre 95% e 100%. Mesmo assim, um recorde histórico! Portanto, se o controle dos gastos públicos não ocorrer a partir de 2021, com ou sem pandemia, o Estado literalmente estará inviabilizado, e com ele o país. E é neste contexto que entram as reformas tributária e administrativa, especialmente esta última. Afinal, mesmo sem pandemia, os gastos públicos teriam sido elevados, pois o custo da máquina pública é um absurdo. Segundo o Banco Mundial, em 2017 o Brasil pagou em salários R$ 725 bilhões para 11,5 milhões de servidores ativos. Entre 2006 e 2017 esta despesa cresceu 59% no país. Em 2019, o valor gasto com servidores no país chegou a R$ 930 bilhões, sendo que 13,7% do PIB daquele ano foi gasto para mantê-los, contra 6% gastos em Educação e 3,9% em Saúde. Segundo o FMI, dentre 63 principais países do mundo, o Brasil foi o sétimo pior neste quesito. E os serviços públicos oferecidos pelo Estado continuam muito ruins, comprometendo o crescimento do país. Está mais do que na hora de uma reforma que, dentre outras coisas, acabe com os supersalários; com os benefícios e penduricalhos de toda ordem nos três poderes da República; e com os altos salários iniciais, além da corrupção e outros desmandos que continuam ocorrendo (segue).

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 18/12/2020 a 11/02/2021


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui. 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

OS PRIMEIROS 45 DIAS (I) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Os primeiros 45 dias de 2021 no Brasil são de piora na pandemia, apesar do início (confuso) da vacinação; alto desemprego, sem perspectivas de melhora no médio prazo; inflação em elevação, devendo continuar nos próximos meses; crise fiscal do Estado insolúvel, e engolindo nossa capacidade de reação; e setor político paralisado em torno de picuinhas retrógradas. O Brasil corre sério risco de estar iniciando mais uma década perdida em sua economia. Perdemos o rumo do crescimento e a pandemia escancarou antigas carências. Um dos problemas do Brasil é a baixa qualidade dos serviços públicos, os quais custam fortunas à sociedade, sendo o cerne do Custo Brasil. O caos na saúde, cristalizado pela pandemia, é apenas um aspecto da questão, a qual passa pela educação, apoio à ciência, segurança, habitação, infraestrutura etc. No final de 2019 o Ministério da Economia divulgava que o Custo Brasil consumia das empresas R$ 1,5 trilhão por ano, ou seja, 22% do PIB. Em tal quadro, não deveria nos surpreender o fechamento e a saída do país das fábricas. Hoje, empregar pessoas no Brasil custa um total anual de R$ 320 bilhões a mais do que a média da OCDE. Em tal realidade, o investimento estrangeiro caiu fortemente no Brasil em 2020, tanto para o setor produtivo quanto para a Bolsa de Valores e para financiar o governo. O capital produtivo teria fechado o ano passado com ingresso de US$ 36 bilhões, ou seja, metade do ingressado em 2019. Já na área especulativa, representada pela Bolsa, fundos de investimentos e títulos da dívida federal, saíram do país US$ 14,8 bilhões, o maior volume desde 2016, quando o país estava na maior recessão em mais de um século. A participação de investidores externos nos papéis do Tesouro Nacional, que chegou a 20,8% do total em maio de 2015, caiu para apenas 9,47% em novembro de 2020. Diante disso, como rolar mais de R$ 640 bilhões de dívida pública que vencem neste primeiro quadrimestre de 2021? E a pandemia está longe de ser o principal fator deste comportamento. O principal motivo está nas incertezas quanto ao rumo de nossa economia, associadas à má gestão pública federal, incluindo as questões sanitárias, e a péssima política ambiental, de governança e social. (segue)

Postagens Anteriores