:)

Pesquisar

quinta-feira, 30 de junho de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 24/06/2022 a 30/06/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui. 

segunda-feira, 27 de junho de 2022

AS ELEIÇÕES E O NECESSÁRIO AJUSTE FISCAL (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

O Brasil vive em crise quase permanente nas últimas décadas. Crise esta que, na atualidade, leva 15% dos brasileiros ao estágio de “passarem fome diariamente”, e 58,7% da população estarem no estágio de “viver com algum grau de insegurança alimentar”. Em pleno 2022 retornamos à situação do início dos anos de 1990, retrocedendo mais de 30 anos e comprometendo uma geração inteira. E a situação só não está pior graças ao Plano Real, lançado em 1994. Mas o Plano, embora sendo o melhor movimento econômico de governo em nossa história recente, não conseguiu atingir uma segunda etapa fundamental, a do ajuste eficiente nas contas públicas, após vencida a etapa de estabilizar a economia, via controle sustentável da inflação. A situação, de lá para cá, só piorou. Seja por imperícia de gestão dos governos seguintes, seja por desinteresse de parte da classe governante, pois se locupleta com a situação. A ponto de a estabilização estar ameaçada de afundar. Se é verdade que problemas externos atrapalham, é ainda mais verdade que nossa crise se origina, especialmente, na falta de um ajuste estrutural nas Contas Públicas internas. Portanto, não é hora de afrouxar o controle de tais contas, como vem fazendo o atual governo em sua ânsia de reeleição. Tampouco é hora de discursos populistas, vindos de todos os lados do espectro político. Precisamos de uma grande reorganização das finanças públicas, deixando de lado os improvisos. Afinal, improvisos, como os que vêm sendo feitos, apenas atenuam a crise no curto prazo, causando um grande risco à frente, culminando em maior desastre econômico. Assim, reestruturar o “teto de gastos” se impõe, mas jamais eliminá-lo. Reformas administrativa e tributária se impõem, acompanhadas de uma imprescindível revisão na política de gastos com pessoal no setor público. Enfim, é necessário um ajuste estrutural de médio prazo, capaz de tornar a dívida pública sustentável, que permita manter a estabilidade econômica, alavancando um maior crescimento da economia e da renda per capita geral. Quem apresentar um programa de governo neste sentido, com responsabilidade na execução, merece atenção dos eleitores. Infelizmente, algo que ainda não se tem. Pior: a julgar pelas pesquisas, os que estão sendo priorizados já demonstraram não estarem aptos a tal tarefa.

quinta-feira, 23 de junho de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

  17/06/2022 a 23/06/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui. 

segunda-feira, 20 de junho de 2022

O PRINCIPAL PROBLEMA ESTÁ DENTRO DE CASA (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Os ganhos de uma redução do ICMS, junto aos combustíveis, praticamente foram eliminados antes mesmo de a medida entrar em vigor, confirmando os alertas. E, se a mesma realmente se transformar em lei, muito mais problemas virão (o custo estrutural da medida, junto a Estados e municípios, foi recalculado para R$ 150 bilhões, equivalendo a dois Auxílios Brasil por ano). Compreende-se que seja preciso agir contra a inflação, pois a mesma continua muito elevada, e permanecem os elementos para novas disparadas. A ponto de o Banco Central indicar que a Selic, a 13,25% ao ano, não é o limite, devendo haver novos aumentos nas próximas reuniões do Copom. Ocorre que os caminhos propostos pelo governo, para solucionar tal crise, são desastrosos. Salvo exceções, o Brasil, e outros países subdesenvolvidos, sempre usaram o casuísmo para tentar resolver problemas desta envergadura, afundando em crises constantes. Neste contexto, além do ICMS, nos últimos dias o governo brasileiro voltou a cogitar o “congelamento” de preços dos produtos da cesta básica. Como congelar preços no varejo, se os custos de produção da cadeia produtiva continuam subindo? A inflação estrutural não baixa com tais medidas. Pelo contrário, volta ainda mais forte logo em seguida. Para se evitar tudo isso, as reformas estruturais, como a tributária e administrativa, são fundamentais. Todavia, a inoperância interna, sustentada pelos interesses específicos de poucos, as impedem (e quando saem, ocorrem à “meia-sola”, caso da trabalhista e previdenciária). Por outro lado, cortes nas despesas estatais, em particular as sustentadoras de privilégios (fundo eleitoral, cartões corporativos, orçamento secreto etc.) não são, sequer, cogitados. E a pandemia e a guerra no Leste Europeu apenas potencializaram este nosso crônico problema. O Brasil tem o menor crescimento econômico projetado para 2022, entre os 19 países latino-americanos estudados, ficando entre 0,4% e 0,7% (cf. Cepal). Mais: o Brasil tem a 4ª maior inflação dentre todos os países que compõem o G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia. E todos estão vivendo, na mesma intensidade ou mais, a pandemia e a guerra.  Portanto, está mais do que na hora de olharmos para “dentro de casa” e a forma como está sendo feita sua administração.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 10/06/2022 a 16/06/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui. 

segunda-feira, 13 de junho de 2022

REDUÇÃO FORÇADA DO ICMS: UM ENORME RISCO (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Pressionado pela elevação da inflação, o que compromete interesses eleitorais individuais, o governo federal força a redução do ICMS nos combustíveis, acenando mesmo com a retirada de impostos federais até 31 de dezembro. A data mostra o casuísmo eleitoral da medida, fato que gera um enorme risco à economia. Em primeiro lugar, a União, abrindo mão de receitas, sem cortar despesas, e já rompendo com o teto dos gastos públicos, piora o quadro do déficit e da dívida pública, estes sim os principais causadores das pressões inflacionárias estruturais que temos. Em segundo lugar, forçar os Estados e municípios a uma redução de receita, no afogadilho, é cortar a possibilidade destes em investir em serviços públicos fundamentais, que a própria União abriu mão de fazer, caso da educação, saúde, infraestrutura e outros. Assim, enquanto a receita diminui, o corte não ocorre no inchaço do Estado e sim nos serviços públicos que atendem a sociedade, em especial a mais pobre, pois também não se faz a reforma administrativa. Cálculos dos Estados e municípios apontam que a perda, com a aprovação deste corte de ICMS, chegaria a R$ 115 bilhões. Enfim, e o pior, medidas casuísticas deste tipo, logo adiante provocam estragos imensos à economia. Governos no passado recente o fizeram e geraram uma brutal recessão no contexto geral. Além disso, novos reajustes dos combustíveis deverão logo nos atingir (o diesel já estaria com uma defasagem de preço de 20% e a gasolina de 10%), o que anularia em apenas um movimento a redução do ICMS. Dito isso, reduzir impostos e adequar a carga tributária à realidade social do país é uma necessidade. Para tanto, uma ampla e justa reforma tributária é fundamental. Muito se falou na mesma e nada se fez até hoje. Seria no seu contexto que o nível de impostos, incluindo o ICMS, deveria ser discutido e estabelecido, criando uma nova realidade que possibilite alavancar o crescimento do país. Não sendo feito isso, o que se propõe nesse momento é reduzir o preço dos combustíveis e de alguns outros insumos, sob domínio do setor público em geral, sem calcular suficientemente as consequências estruturais da medida. Se o governo não tem capacidade para concretizar ações inteligentes, como as reformas, pelo menos que não faça aventuras suicidas, as quais serão pagas, como sempre, pela sociedade brasileira. 

quinta-feira, 9 de junho de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 03/06/2022 a 09/06/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui. 

segunda-feira, 6 de junho de 2022

PIB: COPO MEIO CHEIO E MEIO VAZIO (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

O PIB brasileiro do primeiro trimestre, que cresceu 1%, deve ser visto de duas maneiras: pelo ângulo do copo meio cheio e pelo ângulo do copo meio vazio. Pelo lado do copo meio cheio tem-se o fato de que o crescimento foi mais robusto do que se imaginava no início do ano. Com isso, altera-se a tendência de um PIB, no final de 2022, entre -0,3% e +0,3%. O quadro, agora, permite esperar algo entre +0,5% e +1% ao final do ano. Igualmente verifica-se uma resposta razoável do consumo das famílias, fato que se repercutiu no desempenho do setor de serviços. Enfim, a atividade interna foi relativamente boa, apesar das agruras gerais. Pelo lado do copo meio vazio, e que exige atenção, está o fato de as previsões iniciais apontarem um crescimento entre 1,5% e 1,8%, o que não ocorreu. Igualmente, e razão para preocupações futuras, está o crescimento negativo (-3,5%) na Formação Bruta de Capital Fixo, ou seja, os investimentos, após 8% de crescimento no trimestre anterior. E sem investimentos, compromete-se o crescimento futuro. De tal forma que a taxa de investimento recuou para 18,7% do PIB, contra 19,7% no mesmo período do ano passado. Isto é, investiu-se menos do que no período mais agudo da pandemia, apontando que o empresariado continua temeroso com as condições do país, em especial quanto ao que virá pós-eleições. Outro aspecto que carrega o lado vazio do copo está no fato de a indústria continuar estagnada, enquanto a agropecuária, ultimamente o carro-chefe de nosso PIB, diante das perdas climáticas, ter registrado -0,9%. No caso da indústria, a principal geradora de empregos mais robustos, em abril a mesma estava operando 1,5% abaixo de fevereiro de 2020, antes da pandemia, e 18% abaixo do pico alcançado em maio de 2011, antes das fortes recessões que vivemos na década. Enfim, tem-se a indicação de que, em sendo o setor de serviços o elemento de alavancagem do PIB, o mesmo ainda, no primeiro trimestre, não captou suficientemente os efeitos da disparada inflacionária nacional, com a consequente elevação dos juros. Isso leva a crer que os PIBs trimestrais futuros sejam menores, sendo que o país precisaria crescer 4% ao ano. Assim, apesar de positivo, o PIB trimestral indica apenas uma recuperação ao pífio nível que nos levou à década perdida encerrada em 2020. Sem reformas, não temos tração para irmos mais longe.

quinta-feira, 2 de junho de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 27/05/2022 a 02/06/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui. 

Postagens Anteriores