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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

OS DESAFIOS ECONÔMICOS DO NOVO GOVERNO (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Além dos problemas externos, que não são poucos, tipo a possibilidade de uma nova recessão junto às principais economias do mundo em 2023, o novo governo brasileiro terá enormes desafios internos. Na área fiscal, conciliar responsabilidade fiscal com responsabilidade social. Ou seja, saber cortar despesas para lançar programas sociais que diminuam a pobreza e a desigualdade, que aumentaram nestes últimos anos. Na área orçamentária, equacionar o problema de um orçamento, para 2023, aquém do necessário. Neste contexto, enfrentar o “orçamento secreto” criado pelo Congresso e que alimenta “déficits graves de controle e transparência, e sem nenhum compromisso com as políticas e programas nacionais (...) submetendo os interesses coletivos a lógicas de interesses particulares e paroquiais de legisladores...” (Conj. Econ. FGV, nov/22). Outra questão é a dívida pública, que apesar de recuar para 77,1% do PIB neste ano, está muito alta e com forte potencial de crescer até 95% no final do novo mandato. Lembrando que o recuo recente não é estrutural. Soma-se a isso a pressão para que seja reposto o ICMS, pelo menos na gasolina, fato que ajudará a realimentar a inflação, que continua latente. Na esteira de tal realidade, o Banco Central poderá elevar a Selic (ao invés de reduzi-la), acionando um freio à economia (as projeções de PIB para 2023 giram entre 0% e 1% apenas). Além disso, será preciso gerar programas sociais mais bem focados, dentro de um contexto de reformas estruturais consequentes, algo que não tivemos nestes últimos tempos. Igualmente, superar a precarização do mercado de trabalho, a qual vem pela melhoria significativa nos processos de educação e formação da população, praticamente abandonados no governo atual. Outro desafio é construir um processo de recuperação da indústria e dos setores produtivos que crescem com ela, seguido da necessidade de reduzir a inadimplência (incentivando os tomadores de crédito a honrar seus compromissos e, se houver subsídios estatais para isso, que venham sem comprometer as contas públicas). Enfim, há ainda a questão climática e as relações com a gestão da floresta amazônica e nossos diversos biomas, pois os estragos econômicos, materiais e humanos, devido ao descontrole climático, já estão, há algum tempo, em nossas vidas. Uma agenda e tanto!!!   

PS: INFORMAMOS QUE, DIANTE DOS RECESSOS DE NATAL E ANO NOVO, MAIS AS FÉRIAS COLETIVAS NA UNIJUI EM JANEIRO, ESTA É A ÚLTIMA COLUNA DO ANO. RETORNAREMOS COM A MESMA NA SEMANA DO 06 AO 10 DE FEVEREIRO DE 2023.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 09/12/2022 a 15/12/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

RECEITA: PARA MELHORAR DIMINUA A POBREZA (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Em 2021 fechamos o ano com 62,5 milhões de cidadãos na pobreza (29,4% da população), de acordo com a linha de pobreza estabelecida pelo Banco Mundial (rendimento per capita mensal de equivalentes R$ 486,00). O 2º Inquérito sobre Insegurança Alimentar, divulgado em setembro corrente, pela Rede Penssan, mostrou que 125,2 milhões de brasileiros vivem em insegurança alimentar. Isto representa ao redor de 58% de toda a população nacional. Ora, isso significa que mais da metade dos consumidores brasileiros praticamente estão alijados do mercado, se concentrando em apenas sobreviver. Trata-se de um mercado enorme, maior do que toda a população da França, Espanha e Portugal somadas. E mais, no Brasil, 15,5% dos brasileiros passam fome, a qual é o espelho da pobreza em um país. No rico Rio Grande do Sul, 2,8% dos habitantes estão em situação de extrema pobreza, com renda per capita diária abaixo de US$ 1,90, enquanto 14% das famílias passam fome. É sabido que a economia de um país melhora se o poder de consumo, do conjunto de sua população, for importante. Um consumo pujante gera mais empregos e impostos, permitindo, se soubermos gerenciar o processo, melhorar a vida da grande maioria. Assim, um dos mais importantes desafios do novo governo, após receber uma péssima herança fiscal, é agir com responsabilidade nos gastos públicos, reduzindo as desigualdades sociais. Essa, passa por colocar mais brasileiros no mercado consumidor, diminuindo a pobreza! Ora, planos emergenciais ajudam no curto prazo, mas estão longe de ser uma solução duradoura. O caminho é modificar a estrutura de renda da sociedade. E melhorar a vida de mais da metade de nossa população não passa por tirar, unilateralmente, de quem tem, para dar a quem não tem. Passa, sim, por uma responsável administração do dinheiro e da estrutura pública. Em nosso caso, concentrando-se no controle fiscal, nas reformas estruturais bem-feitas (tributária, administrativa etc), e na redução das desigualdades sociais via eliminação dos privilégios de uma minoria. Não há como crescer de forma sustentável sem fazer isso. Impressiona como parte de nossa sociedade, de todos os matizes ideológicos, cada um a seu tempo, não consegue, ou não quer, entender esta simples equação, preferindo ações inconsequentes, eivadas de discursos vazios de fundamento.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 02/12/2022 a 08/12/2022


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segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

DÉFICIT FISCAL E O PIB (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Na análise do grave déficit fiscal brasileiro, é preciso acrescentar outro elemento, além do teto de gastos, nova âncora fiscal, corte de despesas, responsabilidade fiscal etc. Trata-se do crescimento da economia. Um dos elementos chave, que permitiria ampliar os gastos públicos, sem causar rombo nas contas, desde que responsáveis, é melhorar a performance econômica do país. Isso gera mais impostos, portanto, mais receitas públicas, o que facilitaria os investimentos em geral, desde que nossos gestores públicos se dediquem ao país. Acontece que nosso PIB tem sido pífio nos últimos 12 anos. Após a década perdida de 2011 a 2020, onde a média ficou ao redor de 0,3% ao ano, os resultados de 2021 e 2022, embora melhores, são insuficientes, pois sem sustentabilidade. Em 2021, o crescimento ocorrido foi apenas uma recuperação do PIB negativo que tivemos em 2020, devido à pandemia. E para este ano de 2022 estamos perdendo fôlego. Acaba de sair o PIB oficial do terceiro trimestre, com o mesmo ficando em 0,4%, após 1,3% no primeiro e 1% no segundo trimestre. Dentre as razões para o enfraquecimento do PIB, temos: a inflação; os juros elevados; o endividamento e a pobreza das famílias; as dúvidas quanto ao nosso futuro fiscal; e a crise nas principais economias do mundo. Por sua vez, o resultado do terceiro trimestre oferece uma dupla sinalização: 1) mesmo com um possível novo recuo no quarto trimestre, vamos conseguir fechar o ano com um PIB ao redor de 2,8%, acima das expectativas iniciais, embora muito puxado pelas medidas eleitoreiras; 2) mas a perda de velocidade, no segundo semestre, indica que quase todo o crescimento deste ano será resultado dos primeiros seis meses, com o restante do ano voltando à “zona morta” dos últimos 12 anos. Isso reforça o sentimento de um PIB entre 0% e 1% em 2023, contra uma necessidade nacional ao redor de 4% ao ano para podermos fazer a economia rodar, sem abrirmos rombos fiscais que nos inviabilizam de forma crescente. E se a FBCF (investimentos) foi positiva em 2,8% no terceiro trimestre, sua performance já foi menor do que o trimestre anterior. Sendo que, muito deste número, é resultado da construção civil e não do aumento da capacidade instalada das empresas. O que pouco ajuda ao crescimento futuro da economia. 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

25/11/2022 a 01/12/2022


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