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quinta-feira, 28 de outubro de 2021

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 22/10/2021 a 28/10/2021


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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

SAFRA DE VERÃO 2021/22: RENTABILIDADE MENOR (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Apesar de os preços, por enquanto, se manterem elevados junto aos mercados da soja e do milho, é preciso destacar que a próxima safra de verão, que está sendo semeada, deverá resultar, na média, em rentabilidade menor aos produtores brasileiros. Isso ocorrerá devido ao efeito rebote do câmbio. Ou seja, em um primeiro momento os preços dos produtos subiram fortemente, enquanto os custos realizados haviam sido bem menores. No segundo momento (safra nova), os preços estacionam (e até podem recuar), enquanto os custos de produção sobem significativamente (e continuarão subindo). Tudo porque tantos os produtos, quanto os insumos, possuem forte relação com o câmbio, em função de serem bens exportados e importados. No caso da soja, em condições de produtividade normal, tomando-se o Rio Grande do Sul como exemplo, o preço médio no balcão, entre o final de setembro de 2020 e de 2021, subiu “apenas” 16,3%, passando de R$ 138,57 para R$ 161,11/saco. Já o custo de produção total da soja, segundo a Fecoagro, aumentou 48,3%, com o hectare passando de R$ 3.646,02 para R$ 5.408,23. Isso considerando uma produtividade média de 60 sacos/hectare. É bom lembrar que, na safra passada, que foi recorde em volume, a produtividade média ficou em 57,2 sacos/hectare. Já no caso do milho, no mesmo período, a situação é melhor, porém, exige atenção, pois o preço médio de balcão em nosso Estado, nos 12 meses considerados, subiu 54,4%, passando de R$ 54,87 para R$ 84,71/saco. Por sua vez, o custo de produção total, calculado pela Fecoagro, está em R$ 7.653,15 por hectare, com um aumento nominal de 52,01% sobre a safra anterior. A diferença é que a safra de milho passada foi frustrada em quase 50% no volume, fato que, se espera, não se repita neste ano, dando maior folga ao produtor. Ou seja, com os custos crescentes, e diante deste quadro de preços, mais ainda a estratégia de média de comercialização, a partir de um percentual de vendas antecipadas, nos parece importante para minimizar as perdas em rentabilidade. Lembrando que 2022 será ainda mais instável, devido as eleições nacionais e a pressão inflacionária.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

ANÁLISE DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

15/10/2021 a 21/10/2021


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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

A AGONIA DA INDÚSTRIA BRASILEIRA (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Nas duas últimas décadas o Brasil assistiu a uma reprimarização de sua economia. Ou seja, deixamos minguar a participação industrial, em benefício do setor primário, o qual, na maioria dos casos, agrega pouco valor já que exportamos produtos brutos ou apenas semielaborados. Hoje, a participação da indústria geral (que inclui também extrativa, construção civil e atividades de energia e saneamento), no PIB, caiu para 20,4%, o menor patamar histórico. Já o peso da indústria de transformação (que reúne todo o setor manufatureiro) caiu para 11,3% no 1º trimestre de 2021. Trata-se do menor percentual desde 1947, ano em que se inicia a série histórica das contas nacionais calculadas pelo IBGE. Entre 1996 e o primeiro trimestre de 2021, enquanto o setor primário viu sua participação no PIB geral subir de 5,5% para 7,9%, a indústria total recuou de 25,6% para 20,4%. O restante fica com os serviços. Segundo o IEDI, desde o início do século XXI, o grau de industrialização brasileiro tem sido menor que o da economia mundial e essa diferença vem aumentando, fato que caracteriza um retrocesso de longo prazo, que reforça a tese de que se trata de um problema estrutural, com vários componentes – entre eles o Custo Brasil – e não circunscrito a apenas um governo. Nos falta competitividade, pois não temos suficiente mão de obra qualificada. E jamais teremos qualificação de mão de obra se os governos continuarem desdenhando da ciência e da formação educacional em geral. Esta falta de competitividade resulta na redução da presença industrial nas exportações nacionais. Em 2000 a mesma estava ao redor de 70%. Hoje, já caiu para 42%, com tendência a recuar ainda mais. Segundo estudo da FGV (Conjuntura Econômica, outubro/21), há um enorme descompasso entre o que exportamos e importamos de produtos industriais. Além disso, nossa abertura comercial, incipiente, sempre privilegiou as importações e pouco fez para estimular as exportações. Para começar, é urgente que nossa política econômica priorize apoiar as exportações que possuam valor adicionado maior do que o correspondente às importações. 

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 08/10/2021 a 14/10/2021


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segunda-feira, 11 de outubro de 2021

COMBUSTÍVEIS: O PROBLEMA É OUTRO (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

A discussão sobre a redução do ICMS nos preços dos combustíveis é estéril. O verdadeiro problema é outro. Em primeiro lugar, é verdade que os impostos em geral pesam muito sobre a vida dos brasileiros. E funcionam de uma forma desigual, pois sob um regime regressivo, penalizando sempre os que ganham menos. Para tanto, uma profunda reforma tributária deve ser feita, incluindo o ICMS. Por enquanto, o Brasil não avança neste sentido, havendo apenas propostas de remendos paliativos. Em segundo lugar, até agora, todas as propostas de redução parcial de ICMS permitiriam uma redução entre 6% a 8% nos preços dos combustíveis, incluindo o gás. Ora, isto é inócuo! Em uma “canetada” a Petrobrás engoliu esta redução na semana passada, ao aumentar o preço da gasolina em praticamente o mesmo percentual. E novos aumentos virão, enquanto os Estados não possuem espaço para outras reduções no imposto. Em terceiro lugar, a atual política da Petrobrás está correta. Seus preços precisam se balizar pelo valor do petróleo no mercado mundial. Como os mesmos estão cotados em dólar, igualmente o comportamento do câmbio no Brasil ali influi. Se assim não o fizer, haverá subsídio. Algo já realizado em governos passados e quase inviabilizou a empresa. Em quarto lugar, quando os preços dos combustíveis estavam baixos, há alguns meses, nunca se cogitou redução específica dos impostos. Assim, o que causou os aumentos atuais não tem nada a ver com eles. Em quinto lugar, o que ocorre é que os dois componentes principais, que formam o preço de nossos combustíveis, estão em forte alta. O petróleo mundial, mais do que dobrou de preço desde o início do ano passado, já ultrapassando os US$ 80,00/barril. Já o câmbio no Brasil, estimulado pelo governo, desvalorizou sobremaneira o Real, aumentando o custo de vida geral. Hoje, o mesmo está ao redor de R$ 5,50 por dólar quando deveria estar entre R$ 4,50 e R$ 5,00. Enfim, é sobre o câmbio, como sempre explicamos, que o governo deveria atuar, trabalhando via ajuste fiscal profundo, reformas estruturais adequadas e posicionamento político sério. Como nada disso é feito, as incertezas e volatilidade dominam o cenário nacional, desvalorizando o Real para além do normal. Pelo contrário, o próprio governo, a começar pelo Presidente da República, alimenta esta situação com falas e ações populistas inconsequentes. Portanto, reduzir impostos como o ICMS, embora seja necessário em termos estruturais, para efeitos imediatos dos combustíveis em nada resolverá. O problema sabe-se qual é. Neste sentido, se o Presidente soubesse agir à altura do cargo que ocupa, já seria de grande ajuda.  

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 01/10/2021 a 07/10/2021


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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

A REESTRUTURAÇÃO MUNDIAL E O BRASIL (Final) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

No caso dos EUA, a recalibragem das expectativas econômicas aponta que a normalização das cadeias produtivas será apenas em 2022. Neste país, também a saída da crise pandêmica será mais lenta e com obstáculos, havendo a possibilidade concreta de os juros internos subirem, freando a recuperação. Tal choque tende a forçar um recuo dos preços, atingindo as commodities. Por enquanto há dúvidas se, passada a pandemia, a economia voltará à normalidade. Neste contexto, o desemprego mundial deverá se manter elevado, podendo ser acelerado pelo desemprego tecnológico. Assim, se houver um retorno à normalidade, o mesmo será com menos empregos. Especialmente em países como o Brasil, onde há uma clara “desconexão” entre a qualificação do trabalhador e a demanda das empresas. Sem uma política ativa de formação de mão de obra isso não será revertido. E, não o sendo, “o alto desemprego alimentará o velho ciclo vicioso de instabilidade política, que leva ao populismo, que por sua vez traz estragos econômicos institucionais, piorando ainda mais o desenvolvimento socioeconômico”. No Brasil, esta realidade, já presente nos últimos anos, tende a piorar com a desaceleração da economia chinesa, algo que será sentido no segundo semestre de 2022 com mais intensidade. Soma-se a isso os riscos que a política econômica do atual governo acumulou nestes dois últimos anos, o qual se reflete no câmbio, que deveria estar entre R$ 4,00 e R$ 5,00. Assim, o ano de 2022 será muito difícil para o Brasil, com os principais desafios vindo muito mais do cenário interno do que externo. Seremos obrigados a adotar uma política econômica ainda mais contracionista, que freará o crescimento, sem podermos contar com o empuxe suficiente das economias externas. E o Banco Central sozinho não conseguirá resolver o problema. Será preciso apoio do governo como um todo, o qual se mostra cada vez mais fraco, gerando um clima institucional que resulta em um cenário muito complicado, onde a lista de problemas é enorme, à qual se acrescenta o risco de uma inflação elevada permanente (cf. Conjuntura Econômica, FGV, setembro/21).

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