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domingo, 29 de abril de 2018

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

20/04/2018 a 26/04/2018)



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terça-feira, 24 de abril de 2018

A PRÓXIMA RECESSÃO CHEGARÁ MAIS CEDO DO QUE O PREVISTO (I)


Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
26/04/2018

No contexto do Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional, junto à UNIJUI, desenvolvemos, no transcorrer dos anos, uma série de estudos e pesquisas buscando entender o comportamento da economia internacional, suas influências na economia brasileira e no comportamento do mercado das commodities agropecuárias. Tais estudos dão origem a artigos científicos, livros, capítulos de livros e artigos jornalísticos, caso desta coluna, além de nos municiarem para as aulas que ministramos nos diferentes cursos da Instituição, palestras e entrevistas em geral. Neste momento estamos desenvolvendo uma pesquisa que busca entender o papel e o impacto da ação dos Fundos (Investimento, Pensão...) na economia em geral e no mercado das commodities em particular. Em termos do comportamento da economia internacional para os próximos anos, alguns primeiros aspectos estudados e analisados chamam a atenção e vamos sintetizar nesta e na próxima coluna.  Neste início de 2018 começa a se formar um consenso, em parte dos economistas internacionais, de que a próxima recessão econômica mundial chegará mais cedo do que o previsto e será mais difícil de resolver (embora ainda não esteja estruturalmente “resolvida” a recessão de 2007/08). Uma série de sinais começam a piscar no cenário internacional dando conta desta possibilidade. Alguns destes sinais vêm da relação entre a capitalização bursátil e o PIB do país onde a Bolsa de Valores está instalada. No caso dos EUA, a relação entre o comportamento de Wall Street e o PIB estadunidense mostra que nos últimos cinco anos (2013 a 2017) o índice Dow Jones cresceu 88% enquanto o PIB daquele país avançou 13,8%. Ou seja, a valorização das ações em Wall Street foi 6,4 vezes superior ao avanço do PIB estadunidense no período, levando a crer que estamos diante de mais uma bolha financeira prestes a estourar. Este índice foi criado a partir da relação das duas variáveis econômicas citadas e, no início de 2018, ultrapassou os 150%, indicando que os mercados estão muito sobrevalorizados. O último recorde se deu em 2000, um pouco antes do estouro da bolha Internet (crise das empresas pontocom). Na época o mesmo havia superado os 145%. Para os mais otimistas, a situação ainda estaria sob controle. Porém, um segundo índice (Índice de Shiller), mostra que o quadro é bem mais sério. A metodologia deste índice trata de usar os preços do S&P 500 (as 500 maiores empresas cotadas na Bolsa de Nova York) relacionando-os aos lucros médios das mesmas nos 10 anos precedentes. Em um longo período o mesmo se estabelece na média de 17. Na véspera da segunda-feira negra, que levou ao crash de Wall Street, em 1929, o mesmo estava em 30. Neste início de 2018 ele está em 34,75. (segue)

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

13/04/2018 a 19/04/2018)



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quarta-feira, 18 de abril de 2018

SOJA: PREÇOS DISPARAM


Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
19/04/2018

Os preços da soja assistem a uma elevação importante no mercado nacional em pleno final de colheita de uma safra cheia (115 milhões de toneladas). Estamos diante da melhor janela de comercialização dos últimos dois anos. O que vem motivando isso? Pelo lado externo, a firmeza em Chicago. Desde meados de fevereiro, quando se desenhou a quebra de safra na Argentina, o bushel de soja passou a um patamar médio entre US$ 10,30 e US$ 10,60, quando havia passado os 12 meses anteriores entre US$ 9,30 e US$ 9,80. A média de março ficou em US$ 10,39/bushel, sendo a maior média mensal desde julho de 2016. E na primeira quinzena de abril o mercado voltou a atingir, em alguns momentos, os US$ 10,60/bushel. Como a seca argentina continuou, a tendência altista se consolidou (a quebra no vizinho país está calculada hoje em 20 milhões de toneladas, considerando uma expectativa inicial de colheita em 57 milhões). Logo em seguida o mercado foi surpreendido, em 29/03, pelo anúncio de que a área a ser semeada com soja nos EUA, ao invés de aumentar como era esperado, deverá recuar em 1%. Enfim, o litígio comercial entre EUA e China, que tinha grande potencial para derrubar as cotações na Bolsa, diminui de intensidade aos olhos dos operadores bursáteis na medida em que os dois países começam a negociar soluções para o problema. Pelo lado interno, temos a forte desvalorização do Real, a qual colocou nossa moeda acima de R$ 3,40 em diversos dias deste mês de abril (a média dos primeiros 16 dias de abril/18 é de R$ 3,37 contra a média de R$ 3,13 em abril/17). Isso está ligado às atribulações políticas vividas pelo país, com os consequentes efeitos sobre a economia, a qual está longe de decolar. Aliás, a prévia do PIB do primeiro trimestre de 2018 ficou abaixo do esperado pelo mercado! Ao mesmo tempo, o litígio comercial entre EUA e China escancarou a possibilidade concreta de, nesta temporada, o Brasil se tornar praticamente o único fornecedor de soja para os chineses. Isto elevou os prêmios nos portos nacionais. Na semana passada, em Rio Grande, o prêmio para abril oscilou entre US$ 1,18 e US$ 1,33/bushel, enquanto um ano atrás os mesmos estavam entre US$ 0,42 e US$ 0,46/bushel. Ou seja, houve um aumento de 180% a 190% nos mesmos na comparação entre abril/17 e abril/18. Em Paranaguá o aumento foi mais extraordinário, variando entre 419% e 445% no mesmo período. Este conjunto de fatores trouxe o preço nominal interno da soja para patamares próximos aos praticados dois anos atrás. No balcão gaúcho, por exemplo, a média estadual na semana passada ficou em R$ 76,00/saco, contra R$ 56,65 em meados de abril do ano passado, enquanto os lotes ultrapassaram os R$ 80,00. Este é mais um grande momento para se agregar na média de comercialização da atual safra.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

06/04/2018 a 12/04/2018)



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terça-feira, 10 de abril de 2018

A LIDERANÇA ASIÁTICA


Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
12/04/2018


O atual conflito comercial entre EUA e China assume maior relevância pelo fato de atingir uma região que será a principal do mundo. Estudos divulgados em 26/12/2017 pelo Centre of Economics and Business Research (CEBR), situado no Reino Unido, dão conta de que a Ásia irá modificar a ordem econômica mundial nas próximas décadas. Neste contexto, a Índia se tornará a quinta economia do mundo, superando a França e o Reino Unido. Até 2032 a Coreia do Sul e a Indonésia entrarão no ranking das 10 maiores economias do mundo, enquanto Taiwan, Tailândia, Filipinas e Paquistão estarão entre as 25 maiores. Em 2030 a China ocupará o primeiro lugar mundial, superando os EUA. Em 2030, quatro das cinco principais economias do mundo serão asiáticas (China, Índia, Japão e Indonésia). Enquanto isso, o peso econômico dos países avançados continuará diminuindo. O mundo desenvolvido, que representava 76% da economia mundial até 2000, em 2032 deverá representar 44%, enquanto os países em desenvolvimento comporão 56% desta economia.  as economias em desenvolvimento terão cada vez mais peso nas decisões políticas e econômicas mundiais e bilaterais. Neste quadro, a atual retomada econômica tem a Ásia-Pacífico na liderança, com 5,4% de crescimento em 2018, contra 3,7% para o conjunto da economia mundial, 2,2% para a América do Norte e 2% para a Europa. Até 2030 a Ásia terá mais de 50% da população mundial, com um forte potencial de avanço econômico já que sua taxa de urbanização, no momento, é de apenas 40%, contra 80% a 90% junto às economias avançadas. Mas potência econômica aqui significa tamanho de mercado e não necessariamente riqueza média em cada país, ou seja, as desigualdades sociais na Ásia continuarão elevadas. Neste sentido, na China, em 2016, a renda média por habitante era de apenas 15% da que existia nos EUA, enquanto na Índia a mesma representava somente 3%. No final de 2017, os maiores empresários indianos ganhavam 229 vezes mais que o salário médio local, enquanto 20% da população indiana vive até hoje em extrema pobreza. Assim, na Ásia em geral muitos habitantes correm o risco de se tornarem velhos antes de virem a ser ricos. Algo, aliás, que não é exclusivo daquele continente. Enfim, o risco, neste contexto, é a Ásia cair na armadilha da “renda intermediária” pela qual, passada a fase de recuperação, os países locais veriam seu crescimento estagnar em proporções que os impediriam de convergir para os níveis de vida das atuais economias avançadas. Algo que o Brasil também conhece muito bem! O fato é que, diante de tal poderio econômico asiático, os EUA têm muito mais a perder com a guerra comercial do que a China. Não é por acaso que Trump já vem ponderando que o conflito poderá ser resolvido com acordos entre os dois países, acalmando temporariamente os mercados.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Análise semanal do mercado da soja, do milho e do trigo

30/03/2018 a 05/04/2018)



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terça-feira, 3 de abril de 2018

SINAIS EXIGEM MUITA CAUTELA


Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
05/04/2018

Apesar da recessão estar no retrovisor, os sinais concretos da economia, passado o primeiro trimestre do ano, continuam muito ruins, apontando para uma recuperação sem sustentação. No curto prazo, um dos pilares de crescimento da economia é o consumo das famílias. O mesmo é responsável por 63,4% do PIB brasileiro. Ora, as famílias brasileiras continuam a enfrentar forte desemprego e inadimplência em alta. Com os dados de fevereiro passado a taxa de desemprego no Brasil voltou a aumentar (em janeiro já havia ocorrido o mesmo movimento), atingindo o patamar de 12,6% ou 13,1 milhões de pessoas. Apesar de tal movimento estar nas previsões, o percentual preocupa. Isso porque em fevereiro/18 o total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu ao menor patamar da série histórica, iniciada em 2012. Além disso, os empregos até aqui gerados, em grande maioria, são de baixa qualidade, precários e, portanto, mal remunerados. Soma-se a isso o fato de que quase 40% da força de trabalho brasileira está, hoje, na informalidade (em 2014 esse percentual estava entre 33% e 34% segundo o IBGE). Desta maneira, as famílias somente podem consumir via endividamento. Como este tem sido muito elevado, e a educação financeira de nosso povo em geral é precária (58% dos brasileiros, segundo o SPC Brasil, admitem nunca ou só às vezes dedicar tempo a atividade de controlar suas finanças), a inadimplência aumenta, inviabilizando o consumo logo em seguida. Em fevereiro/18 a inadimplência subiu 3,72% na Região Sul do Brasil e assustadores 10,5% na Região Sudeste, a principal região econômica do país. Neste contexto, de pouco resolve reduzir o juro básico (mesmo porque tal redução está longe de chegar ao consumidor e empresas) e/ou a alíquota do compulsório dos bancos.  No médio e longo prazo, pouco ou nada fizemos para reformar a estrutura das contas públicas, o que impede um crescimento sustentável. Em fevereiro o rombo do setor público consolidado (União, Estados e municípios) chegou a R$ 17,4 bilhões. No somatório de 12 meses o rombo está em R$ 94,3 bilhões, tendo o governo como meta, pasmem, fechar o ano com um déficit de R$ 161,3 bilhões. Neste momento, a dívida bruta consolidada está em R$ 4,96 trilhões, atingindo a 75,1% do PIB (em 2011 tal dívida representava 51,3% do PIB). Ou seja, em seis anos e dois meses a mesma avançou 46,4%. Não há país que viva tal situação sem afundar no subdesenvolvimento e em crises constantes, especialmente quando tal gasto público tem por destino, sobretudo, a manutenção de uma máquina pública inchada e ineficiente como é o caso do Brasil. E qualquer novo ajuste está sendo jogado para 2019! E isto dependendo de que governo os brasileiros irão eleger neste final de ano. Em tal cenário, muita cautela é o mínimo que se pode aconselhar neste momento.

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