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quinta-feira, 28 de julho de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 22/07/2022 a 28/07/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

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segunda-feira, 25 de julho de 2022

A INFLAÇÃO E OS SALÁRIOS (I) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Em um período prolongado de elevada inflação, a população sofre com a corrosão do poder aquisitivo de seus salários. É o caso do Brasil no momento, fato que atinge igualmente os auxílios oficiais de renda, tipo o “auxílio emergencial”. Na prática, a inflação acaba sendo o pior dos impostos sobre uma população. Para muitos, a solução simplista seria aumentar o salário aos níveis necessários, acompanhando a inflação em cada momento. Muitos países fazem ou fizeram isso sem os resultados esperados. O próprio Brasil já adotou esta estratégia. O problema é que, um aumento de salário, sem o aumento da produtividade do trabalho e, por consequência, da produção, que sirva de lastro ao maior volume de dinheiro disponibilizado no mercado, realimenta a inflação, gerando um círculo vicioso. Assim, aumentar o salário mínimo, por exemplo, embora necessário, requer, antes, melhorar a produtividade do trabalho e do capital no país. Como não o fazemos, nossa economia não suporta um aumento repentino e considerável de salários sem gerar um forte aumento de custos de produção, o qual levaria a novo aumento de preços. Além disso, a Previdência, que já convive com um déficit anual enorme (R$ 259,1 bilhões em 2021), explodiria, quebrando de vez o sistema. Aliás, o déficit vem crescendo mesmo depois da reforma previdenciária realizada há dois anos, confirmando que, além de incompleta, a reforma é para resultados a longo prazo. Assim, como as aposentadorias estão indexadas ao salário mínimo, toda vez que aumenta este último, aumentam os valores a serem pagos aos aposentados. É por isso que se cogita desindexar a previdência do reajuste salarial, criando-se um índice de reajuste específico e, certamente, bem menor para a previdência. Dito isso, o problema central é que deixamos o salário-mínimo defasar com o tempo, algo que vem ocorrendo igualmente com a tabela do imposto de renda, dentro do contexto redistributivo brasileiro. Segundo o DIEESE, o salário mínimo no Brasil, em julho de 2022, deveria estar em R$ 6.527,67, ou seja, 5,39 vezes o piso nacional que é de apenas R$ 1.212,00. Agora, não há como, tecnicamente, corrigir esta diferença em um só movimento. Há muito o que se fazer antes disso. Ou seja, será preciso tempo, lembrando que os governos ainda devem querer realizar tal correção.

quinta-feira, 21 de julho de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 15/07/2022 a 21/07/2022


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segunda-feira, 18 de julho de 2022

NÃO HÁ MEIO-TERMO

Os primeiros prenúncios, para a economia brasileira, em 2023, não são nada bons. A crise fiscal brasileira, agravada com as últimas decisões do executivo e legislativo nacionais, somada a um processo de paralisia da economia mundial, está entrando em um processo agudo neste segundo semestre, comprometendo 2023 e anos seguintes, qualquer que seja o governo eleito. Se antes, ainda tínhamos o mundo para nos empurrar, hoje não mais. Isso porque nos EUA, na Europa e na China, trazer a inflação para níveis baixos, através da alta dos juros básicos, tende a levar as duas primeiras regiões a uma recessão econômica, talvez já neste segundo semestre, enquanto a China registra um crescimento medíocre para os seus padrões históricos recentes. Para piorar o quadro, no Brasil, o início de uma reação nacional, via reformas estruturais, foi deixado de lado. Assim, as previsões, que mais se consolidam, projetam um PIB, no final do ano, em apenas 0,9% (para 2023 a projeção é de 0,3%). Melhor do que o previsto no início do ano, porém, muito aquém dos necessários 4%. Apenas estamos voltando ao compasso medíocre do pré-pandemia. Segundo a FGV, o PIB per capita só deve retornar ao nível da pré-pandemia, que já não era bom, na melhor das hipóteses, em 2024. E os gastos públicos atuais, por mais que a sociedade fragilizada precise de apoio, ao serem feitos de forma irresponsável, agravam ainda mais a situação. Temos, então, uma aceleração das dificuldades internas, agravada por uma demanda externa que não mais ajuda. Este descontrole, com todos os demais ingredientes internos e externos, aponta para um segundo semestre complicado, tendo ainda, no meio, uma eleição presidencial, polarizada e pouco civilizada (pelo menos até o momento). Em tal contexto, o futuro governo, se quiser efetivamente arrumar “a casa”, no longo prazo, tem apenas um caminho: atacar o centro do problema, que é o déficit público crescente, se obrigando a adotar remédios contracionistas amargos, exigindo ainda mais sacrifícios à população nacional. Por não termos feito isso nos últimos 15 anos, quando os sinais de alerta acenderam, preferindo acreditar em milagres, nova matriz econômica, mitos, salvadores da pátria e messias, deixamo-nos dominar pela incompetência pública, chegando hoje a um ponto que não permite meio-termo na receita econômica a ser adotada.    

quinta-feira, 14 de julho de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 08/07/2022 a 14/07/2022


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segunda-feira, 11 de julho de 2022

CRISE ARGENTINA: O BRASIL AMANHÃ (?) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

A atual e longa crise econômica argentina, iniciada em 2001, voltou a recrudescer nestas últimas semanas. Por trás deste quadro está o descontrole fiscal, associado a uma série de medidas temerárias tomadas pelos diferentes governos desde então. No Brasil dos últimos 12 anos, voltamos a este estágio novamente. Ou seja, gastos públicos desenfreados, sem responsabilidade, apoiados por decisões e leis feitas no afogadilho, tendo como desculpa aliviar a pressão sobre a sociedade, mas que, no fundo, possuem objetivos eleitoreiros de curto prazo. Tanto é que, em nosso caso, as recentes medidas têm validade até o 31 de dezembro. Com isso, as contas públicas já furaram o teto de gastos, a Lei de Responsabilidade Fiscal foi para o espaço, e o rombo fiscal estoura, devendo explodir ainda mais em 2023, caindo, como sempre, no colo da população em geral e dos empresários em particular. Desde 2011 começamos novamente a padecer diante de medidas públicas deste tipo, a ponto de atingirmos uma brutal recessão entre meados de 2014 e o final de 2016. Mesmo assim, continuamos usando as mesmas receitas. Como o mercado não é ingênuo e desinformado, já ligou o sinal de alerta há meses. O Risco Brasil decolou 30% somente em junho passado. Afinal, mesmo com o Banco Central lutando para conter parte do problema, o executivo e o legislativo continuam jogando contra. Assim, diante de um cenário mundial onde a inflação e a recessão preocupam, o Brasil, continua a aumentar açodadamente suas despesas, embora os resultados sociais sejam largamente duvidosos. Hoje, a nossa dívida pública já ultrapassa US$ 1,0 trilhão. Cada vez mais perdemos o crédito internacional e, no interior do país, a situação piora de forma estrutural. Como as instituições criadas para sustentar a disciplina fiscal estão sendo postas no ralo, o caos econômico vai sendo alimentado. E não se trata da linha ideológica adotada. A crise surge, se desenvolve e afunda o país nas mãos de qualquer tipo de governo, basta que seja irresponsável com as contas públicas como vêm sendo no Brasil. Ora, o país somente terá futuro se trocar o improviso e o populismo eleitoral por políticas públicas responsáveis. Ao ignorarmos esta lição, a cada ano que passa o país fica menor perante o mundo e insuficiente para seus habitantes, e com pouquíssima proteção às crises que vêm do exterior.

quinta-feira, 7 de julho de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 01/07/2022 a 07/07/2022


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segunda-feira, 4 de julho de 2022

COTAÇÕES EM CHICAGO: REVERSÃO DE QUADRO (?) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

O comportamento das cotações na Bolsa de Chicago, nesta virada de semestre, dá indicativos de que pode estar havendo uma reversão do quadro, com o início de uma acomodação baixista das mesmas, após praticamente dois anos de altas quase constantes. De fato, no primeiro dia de julho as cotações em Chicago, para a soja, indicavam US$ 13,95/bushel para novembro, após o primeiro mês cotado ter atingido US$ 17,69/bushel no início de junho (quase o recorde histórico). O milho, para dezembro, inicia julho em US$ 6,07/bushel, contra US$ 7,54 no primeiro mês cotado e após ter superado os US$ 8,00 em alguns momentos de abril e maio. O trigo, que chegou a bater em US$ 12,77/bushel em meados de maio, neste início de julho recuava para US$ 8,31. O farelo de soja, após atingir um pouco mais de US$ 500,00/tonelada curta, em determinado momento do primeiro semestre, agora gira ao redor de US$ 460,00, após quase ter rompido o piso dos US$ 400,00 no início de junho. Enfim, o óleo de soja, após bater seu recorde histórico em 08/06, ao fechar em 82,94 centavos de dólar por libra-peso, iniciou julho valendo 65,68 centavos. Dentre os principais fatores para este comportamento temos: o sentimento de que os efeitos da pandemia e da guerra entre Rússia e Ucrânia já estariam assimilados, salvo surpresas; o anúncio dos relatórios de plantio e de estoques trimestrais, nos EUA, no dia 30/06, confirmou as expectativas do mercado, permitindo esperar, em clima normal, uma safra recorde de soja naquele país, entre 123 e 126 milhões de toneladas, além de estoques em elevação para a soja e milho; o fato de o mercado considerar que o crescimento econômico mundial, neste ano, a começar pela China, será menor do que o esperado; e, principalmente, a alta dos juros básicos nos EUA devido a elevada inflação local (com isso os especuladores - Fundos em particular - vendem seus contratos de commodities nas Bolsas e compram títulos públicos estadunidenses, valorizados pela alta dos juros, alta esta que deverá continuar no restante do ano). Por enquanto, estamos diante de uma tendência, a qual ainda não se consolidou. Haja vista que existe um fator conjuntural que pode alterar o quadro baixista no curto prazo. Trata-se do clima nos EUA. Se o mesmo não colaborar com sua atual safra de verão haverá, novamente, pressão altista sobre as cotações.

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