A atual e longa crise econômica argentina, iniciada em 2001, voltou a recrudescer nestas últimas semanas. Por trás deste quadro está o descontrole fiscal, associado a uma série de medidas temerárias tomadas pelos diferentes governos desde então. No Brasil dos últimos 12 anos, voltamos a este estágio novamente. Ou seja, gastos públicos desenfreados, sem responsabilidade, apoiados por decisões e leis feitas no afogadilho, tendo como desculpa aliviar a pressão sobre a sociedade, mas que, no fundo, possuem objetivos eleitoreiros de curto prazo. Tanto é que, em nosso caso, as recentes medidas têm validade até o 31 de dezembro. Com isso, as contas públicas já furaram o teto de gastos, a Lei de Responsabilidade Fiscal foi para o espaço, e o rombo fiscal estoura, devendo explodir ainda mais em 2023, caindo, como sempre, no colo da população em geral e dos empresários em particular. Desde 2011 começamos novamente a padecer diante de medidas públicas deste tipo, a ponto de atingirmos uma brutal recessão entre meados de 2014 e o final de 2016. Mesmo assim, continuamos usando as mesmas receitas. Como o mercado não é ingênuo e desinformado, já ligou o sinal de alerta há meses. O Risco Brasil decolou 30% somente em junho passado. Afinal, mesmo com o Banco Central lutando para conter parte do problema, o executivo e o legislativo continuam jogando contra. Assim, diante de um cenário mundial onde a inflação e a recessão preocupam, o Brasil, continua a aumentar açodadamente suas despesas, embora os resultados sociais sejam largamente duvidosos. Hoje, a nossa dívida pública já ultrapassa US$ 1,0 trilhão. Cada vez mais perdemos o crédito internacional e, no interior do país, a situação piora de forma estrutural. Como as instituições criadas para sustentar a disciplina fiscal estão sendo postas no ralo, o caos econômico vai sendo alimentado. E não se trata da linha ideológica adotada. A crise surge, se desenvolve e afunda o país nas mãos de qualquer tipo de governo, basta que seja irresponsável com as contas públicas como vêm sendo no Brasil. Ora, o país somente terá futuro se trocar o improviso e o populismo eleitoral por políticas públicas responsáveis. Ao ignorarmos esta lição, a cada ano que passa o país fica menor perante o mundo e insuficiente para seus habitantes, e com pouquíssima proteção às crises que vêm do exterior.
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