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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 25/08/2023 a 31/08/2023


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

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segunda-feira, 28 de agosto de 2023

O ALERTA CHINÊS (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Como já é sabido, a partir do início dos anos 2000 a China se tornou, paulatinamente, o maior importador mundial de soja. E o Brasil, o maior exportador desta oleaginosa para o país asiático (ao redor de 70% do total que exportamos anualmente). Hoje, a soja brasileira se viabiliza, em boa parte, graças a este mercado chinês. Para se ter uma ideia da importância da China no mercado da soja, suas importações deste grão, oriundas dos EUA, caíram 63% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, enquanto as compras do Brasil aumentaram 32% no mês. Isso ocorre devido à grande oferta brasileira e preços mais baixos por aqui. Os Estados Unidos continuam sendo o segundo maior fornecedor de soja para a China, respondendo por 31,9% das importações totais da oleaginosa do país asiático nos primeiros sete meses do ano, somando um total de 19,85 milhões de toneladas (+10,8% em relação ao mesmo período do ano anterior). Enquanto isso, as importações chinesas de soja, procedentes do Brasil, somaram, entre janeiro e julho do corrente ano, um total de 38,9 milhões de toneladas, com alta de 12,2% sobre o mesmo período do ano anterior. Neste período, o Brasil respondeu por 62,4% das importações de soja por parte da China. É neste contexto que ganha importância o alerta dado, neste final de mês de agosto, pelos importadores chineses. Parte deles não acredita que, nos próximos anos, os volumes importados pela China devam crescer muito, com os mesmos oscilando em torno de 100 milhões de toneladas. Isso porque a demanda interna, por farelo e óleo, tende a se estabilizar. Dentre os principais fatores, para que a demanda chinesa por soja atinja o pico, em breve, tem-se o envelhecimento da população e o fato de os jovens preferirem mais carne de frango do que carne suína, o que impacta a demanda da ração animal. Isso coloca em xeque o aumento da produção mundial em geral, e brasileira em particular, para os próximos anos, caso não se encontre novos mercados consumidores importantes. Segundo ainda os chineses, suas importações olharão especialmente o preço do produto, e menos a qualidade. Ou seja, o preço internacional da soja enfrenta limites para subir, sendo que a China, como maior consumidor mundial, continuará fazendo pressão para que os mesmos baixem ao máximo possível. 

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 18/08/2023 a 24/08/2023


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segunda-feira, 21 de agosto de 2023

O EMPREGO E A PRODUTIVIDADE DO TRABALHO (Final) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Não basta gerar empregos. É preciso que os mesmos sejam de qualidade, que tenham produtividade, se quisermos nos desenvolver. E isso, o Brasil não tem! Nosso sistema de formação é baixo, com pouco incentivo público e social. Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), os alunos do Vietnã, entre os 10% piores do país, têm desempenho melhor do que os 10% melhores entre os alunos brasileiros.  “E há no Brasil um conjunto imenso de regras tributárias de bens e serviços e do trabalho que gravam desproporcionalmente as empresas maiores e funcionam como um subsídio às empresas menores e menos produtivas.”. Além disso, continuamos muito fechados ao comércio internacional, o que sustenta a sobrevivência de práticas de gestão pouco eficientes. A ciência econômica, associada às boas práticas mundiais, há muito tempo nos mostra que sem investimento não há crescimento (e não o contrário) e, por sua vez, não se pavimenta o caminho para o desenvolvimento. O grande problema é que buscamos acumular capital (crescer), sem avanços tecnológicos suficientes. Ora, assim não se vai longe, pois tal acumulação se esgota rapidamente “em função dos retornos marginais decrescentes”. Por exemplo: “em uma mesma propriedade rural, após a aquisição de um trator ou de uma grande colheitadeira, o ganho da segunda ou da terceira aquisição das mesmas máquinas será bem menor.”. Além disso, não se pode esquecer que o capital é um fator de produção móvel, ou seja, ele se desloca de locais com baixo retorno para locais onde o retorno é elevado. Assim, em países como o nosso “serão necessárias reformas que reduzam o custo de transação e, consequentemente, elevem o retorno do capital físico”. Portanto, não resolve favorecer o trabalho em um ou outro setor específico. O problema central é a baixa produtividade do trabalho em todos os setores da economia. “A baixa produtividade brasileira é fruto de um conjunto imenso de instituições que produz má alocação do investimento, gera baixíssima eficiência no setor público e desestimula a competição e a boa gestão.”. Enquanto a sociedade não escolher governos que atuem para alterar tal quadro, continuaremos patinando, dando margem para o populismo em geral nos levar à direção contrária. (cf. Pessôa, S. Revista Conjuntura Econômica, FGV, julho/23, pp.12-14) 

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 11/08/2023 a 17/08/2023


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terça-feira, 15 de agosto de 2023

O EMPREGO E A PRODUTIVIDADE DO TRABALHO (I) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

No Brasil, neste momento, tem-se redução no índice de desemprego, com o mesmo alcançando 8%. Entretanto, para o desenvolvimento do país, pouco resolve gerar emprego se o mesmo não vem acompanhado de aumentos na produtividade do trabalho. Recente artigo da revista The Economist perguntava por que os trabalhadores latino-americanos são tão surpreendentemente improdutivos. No Brasil, por exemplo, uma hora trabalhada gera cinco vezes menos do que uma hora trabalhada nos EUA. Diante disso, pergunta-se: quanto da baixa produtividade encontra-se embutida no trabalhador e quanto depende do entorno, isto é, da qualidade da gestão das empresas e das instituições que estabelecem a regulação das relações das empresas com elas mesmas e com o Estado? Os fatores embutidos no trabalhador (as habilidades cognitivas e as habilidades socioemocionais, que afetam a produtividade de cada pessoa, sendo que ambas dependem de escolarização básica de qualidade) explicariam 50% da diferença de produtividade. A outra metade é causada pelo entorno, ou seja, as práticas de gestão das empresas. Em países como o nosso persiste muita má alocação de capital e trabalho, e um conjunto enorme de empresas ineficientes costuma sobreviver por aqui. Por exemplo: “se considerarmos a produção de ladrilhos para a construção civil, a produtividade nos EUA é pelo menos 25% maior simplesmente porque lá capital e trabalho estão alocados, em geral, em empresas mais produtivas.”.  Ou seja, aparentemente má alocação de capital e trabalho, em empresas com baixa produtividade, que tanto os governos insistem em manter, associada a falta de estímulo para que as empresas adotem as melhores práticas de gestão, explicam a outra metade da nossa baixa produtividade. Portanto, o caminho não é dar sustentação pública a empresas ineficientes e, sim, criar as condições, em alocação de trabalho e capital, para que as mesmas se tornem eficientes e competitivas. Mas o Brasil, quando não desdenha a educação e a ciência, insiste em manter a péssima qualidade da rede pública de educação básica, gestão ruim das empresas e má alocação do investimento, resultantes de regras e instituições ruins, e de um mau funcionamento do setor público. (cf. Pessôa, S. Revista Conjuntura Econômica, FGV, julho/23, pp.12-14)

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 04/08/2023 a 10/08/2023


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segunda-feira, 7 de agosto de 2023

SELIC: UM NOVO CICLO (?) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

O Copom, como esperado, reduziu a taxa Selic, após longos meses estabilizada em 13,75% aa. Uma medida necessária, para ajudar na alavancagem do crescimento econômico, porém, que necessitava de argumentos técnicos plausíveis para ser feita. Aparentemente, os mesmos estão reunidos, pois a baixa foi até maior do que inicialmente se esperava. Mas o mais surpreendente foi o informe do Copom de que nas suas próximas três reuniões, que encerrarão o ano de 2023, a tendência é de novos cortes de 0,5 ponto em cada uma delas. Ora, isso, se confirmado, fará a Selic terminar o ano em 11,75%, contra os 12% que se espera. É uma diferença pequena, porém, importante no sentido de, efetivamente, concretizar um ciclo de baixa. Se os condicionantes econômicos, políticos e externos caminharem no bom sentido, em tal contexto, há condições de chegarmos ao final de 2024 atingindo o dito juro básico neutro (não freia a economia e ao mesmo tempo segura a inflação). Para os padrões atuais do Brasil, este juro neutro estaria, hoje, entre 5% e 6% aa. Mesmo assim, em a inflação oficial permanecendo ao redor de 3,8% ao ano, o que continua sendo um enorme desafio, nosso juro real ficaria entre 1,2% e 2,2% aa, contra a média de 40 importantes economias mundiais, que é de 0,84% aa. Pelo sim ou pelo não, o cenário mais racional, em não havendo continuidade na “artificialização” da inflação nacional, é de terminarmos 2024 com um juro básico entre 8% e 9%. E por que se alerta para isso? Porque o governo já convive, nesse momento, com uma defasagem nos combustíveis, em relação aos preços internacionais do petróleo, ao redor de 20%, e vem segurando os aumentos, justamente para segurar a inflação e justificar juros mais baixos. Ocorre que nós sabemos aonde isso poderá levar o país logo adiante, a partir do exemplo vivido entre 2012 e 2016. Assim, todo o cuidado é pouco! Além disso, dentro de sua velha tradição de “pensar nos seus interesses particulares e não no país”, parte do Congresso Nacional já ameaça o Executivo de paralisar as discussões e encaminhamentos a respeito do ajuste fiscal, enquanto a reforma ministerial, anunciada pelo Presidente da República, não deixar claro sobre quem recairá. Mais um componente, que pode colocar “por água abaixo”, este início de reorganização econômica que tanto o país precisa.  

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 28/07/2023 a 03/08/2023


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