:)

Pesquisar

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 23/09/2022 a 29/09/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui.  

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

PARA ONDE VAI A SELIC (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

A decisão do Copom, em manter a Selic em 13,75% aa, traz alguns pontos de reflexão. Além do aspecto eleitoral do momento, o Banco Central julga que, por enquanto, a inflação vem sendo dominada. Segundo: a forte possibilidade de um PIB medíocre (0,6%) em 2023, assusta. Há consciência técnica de que o surpreendente crescimento deste ano (2,5% em projeção) está artificializado pela injeção de recursos eleitoreiros nos últimos meses. E isso não se repetirá no próximo ano. Pelo contrário, a lógica indica um forte aperto de cinto para recolocar minimamente o controle fiscal nos trilhos, qualquer que seja o candidato eleito. E juro alto freia ainda mais a economia. Terceiro: isso prejudica a geração de empregos, cuja reação atual ainda tem pouca consistência, pois “a taxa de participação e salários ainda é baixa, com alto nível de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e desocupados de longa duração” (cf. FGV). E, em se confirmando a tendência de queda no PIB, a geração de empregos voltará a ter impactos negativos entre o final deste ano e o ano de 2023. Quarto: o rombo fiscal brasileiro é preocupante, e não é de hoje. E as escolhas recentes, para cumprir o pouco que resta do teto de gastos, são casuísticas e comprometem o futuro do país. A poucos dias das eleições o governo anuncia o bloqueio de R$ 2,6 bilhões do Orçamento deste ano, provavelmente em áreas como educação, saúde e infraestrutura, enquanto liberou, pouco tempo atrás, R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares, sendo que R$ 3,5 bilhões saíram do orçamento secreto (modalidade de destinação de verbas sem critérios técnicos ou mesmo vínculos com políticas públicas). Quinto: o juro nos países desenvolvidos continua subindo, visando igualmente combater a inflação, gerando a preocupação de uma recessão global novamente. Diante disso, há probabilidade de uma saída forte de dólares dos países emergentes, Brasil no meio, o que elevaria ainda mais a desvalorização de suas moedas. No Brasil, um fator de forte pressão inflacionária. Enfim, o Copom sabe que a alta dos juros, até aqui realizada, ficou comprometida pela irresponsabilidade do executivo e legislativo em liberar recursos fora do teto de gastos, visando as eleições. Diante disso, a Selic tende a não ser reduzida tão cedo, não se descartando novas elevações da mesma, passada as eleições.

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 16/09/2022 a 22/09/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui.  

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

OUTRO DESAFIO: AUMENTAR O INVESTIMENTO (Final) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Dentre os diversos desafios que o novo governo, qualquer que venha a ser ele, terá pela frente, um dos mais importantes é melhorar o nível do investimento. Em todas as áreas, a começar pela educação, passando pela saúde e chegando à infraestrutura. Neste último caso, na sequência do que já comentamos na coluna anterior, a média dos países da OCDE corresponde a 8,1% do gasto público. No Brasil, é apenas de 2,5%, nos colocando em penúltima posição em relação aos membros da Organização (43 países). Temos um perverso viés anti-investimento na gestão das políticas públicas, onde não falta recursos para supérfluos, porém, falta para o necessário. E essa situação se cristalizou nos últimos 40 anos, piorando na última década. O país ficou na dependência, basicamente, do investimento privado e, muito dele, dos investidores internacionais. É neste contexto que se aceleram as privatizações, as concessões e as parcerias público-privadas. Todavia, a morosidade, a burocracia e a falta de controle estatal, desse processo, impedem que se tenha resultados adequados na qualidade que o país necessita. É preciso mais! Para começar, precisamos de um projeto de país, e não de projetos de governo, como têm sido a tônica. Precisamos ações de caráter integrador, baseadas em maior participação federal, em consonância com Estados e municípios. Precisamos manter a âncora fiscal, pois o populismo político leva a gastos irracionais. Porém, diante do desgastado teto de gastos (desgaste, este, provocado pelo governo atual) é necessário construir outro sistema (já em discussão). Precisamos de mais reformas estruturais, onde o regime fiscal brasileiro seja repensado, sem deixar de lado a “necessidade de se buscar uma trajetória de equilíbrio para a dívida pública”, hoje muito acima do razoável em relação ao PIB. Enfim, circula uma proposta de construção de um “orçamento de capital”, o qual serviria também de teto de gastos, pois focado nos gastos correntes. Nessa estrutura, “o Estado assume o risco próprio a seus marcos regulatórios e repassa ao privado um nível de risco suportável e as tarefas que ele melhor desempenha”. Esse conjunto de ações é um caminho, para o novo governo, nesta área, se quisermos superar o “desinvestimento, a estagnação e a degradação social” a que fomos jogados nestes últimos tempos. (cf. Conj.Econ.FGV.jul/22) 

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

09/09/2022 a 15/09/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui.  

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

OUTRO DESAFIO: AUMENTAR O INVESTIMENTO (I) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Outro desafio que o futuro governo brasileiro terá, dentre tantos que batem à porta, está em aumentar o investimento em infraestrutura, tecnicamente conhecido como Formação Bruta do Capital Fixo (FBCF). Os investimentos são o indicativo se haverá, ou não, capacidade de crescimento econômico futuro por parte de um país. Pois bem, no Brasil, tanto os investimentos privados quanto públicos, são muito baixos e decrescentes na última década. E isso vai muito além da pandemia e da guerra no Leste Europeu, pois aumentar o investimento fixo depende de competência e estratégia de governo. Ora, as evidências atuais apontam para um desinvestimento no Brasil, o que explica, em muito, a paralisia estrutural de nossa economia. Dados internacionais do FMI, projetados para 2022, mostram que o Brasil está em 147º lugar, de um total de 170 países no ranking da razão FBCF/PIB, a nível agregado. A taxa brasileira, de 17,1% do PIB é, tão somente, pouco mais da metade na comparação com países de economia semelhante, caso da Turquia e Índia. Neste comparativo, ficamos atrás, inclusive, da Rússia, Colômbia, Argentina, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Peru e Equador, por exemplo. Especificamente, em relação ao investimento público, a partir de dados da OCDE, em 2019 o Brasil atingia a 1,67% do PIB, ou seja, apenas a metade da média dos países que compõem a Organização. Neste sentido, conforme a FGV, o mais espantoso, além de estarmos atrás de outras economias emergentes, é retrocedermos rápida e gravemente na infraestrutura básica em relação ao nosso passado recente. Nosso total de investimentos em infraestrutura, a preços de 2021, foi de apenas R$ 147 bilhões nesse ano, contra R$ 207,5 bilhões em 2014. Já o estoque específico de capital, na infraestrutura, atingiu o seu auge em 53,7% do PIB, em torno de 1990. Três décadas depois o mesmo recuou para 37,4%. Ou seja, em 2021 se investiu 1,73 contra uma necessidade de 3,64 pontos do PIB. Pior: o investimento líquido do governo federal (investimento bruto menos a depreciação do estoque) é negativo desde 2015. Nosso comportamento é tão medíocre que, entre 2010 e 2021, o investimento público líquido ficou em 0,26% do PIB. Ou seja, desde então, a colaboração dos governos, no investimento do país, tem sido pífia (FGV-Conjuntura Econômica, jul/22). (segue)

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 02/09/2022 a 08/09/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui. 

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

ECONOMIA: É POSSÍVEL OBTER SUSTENTABILIDADE FUTURA? (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

O grande desafio do próximo governo brasileiro será construir as condições para um novo ciclo de crescimento, e que o mesmo seja sustentável. Isso porque, desde 2007, estamos fora do prumo econômico, embora alguns movimentos positivos, porém insuficientes, tenham sido feitos após a grande recessão vivida entre 2014 e fins de 2016. Além disso, as atuais decisões populistas do governo, visando a reeleição, pioraram o quadro. Contextualizando os últimos 22 anos, temos que, entre 1998 e 2004, o período foi de “arrumação da casa macroeconômica”, após se colocar em prática um processo de estabilização a partir de 1994. Este ciclo entra em declínio a partir de 2006/07, terminando com uma brutal recessão 10 anos depois. Esta crise, além das pressões da crise mundial de 2007/08, se deveu aos grandes desequilíbrios fiscais e macroeconômicos internos gerados no período. Na época, os mesmos ficaram parcialmente escondidos pela alta do preço internacional das commodities. O mesmo ocorre nos últimos dois anos e meio, quando fomos atingidos pela pandemia da Covid-19 e os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Hoje, como ontem, os choques externos apenas expressaram a insustentabilidade de nossa economia, gerada, em boa parte, por políticas governamentais irresponsáveis. Não é por nada que nosso crescimento econômico médio tem sido pífio desde 2009, geralmente com melhorias pontuais de curto prazo (projeta-se um PIB entre 1,8% e 2,5% para este ano, bem acima do inicialmente calculado, porém, para 2023 o crescimento poderá ser de apenas 0,4% devido ao risco fiscal, potencializado pelas medidas recentes, e outros fatores). Entre 2007 e 2016, assim como agora, havia muita artificialidade na política econômica, embora atualmente o Banco Central venha agindo com maior qualidade, mitigando os danos. Mesmo assim, para que o crescimento econômico ocorra, e seja sustentável, precisamos praticar uma política fiscal superavitária, algo que ainda não se fez adequadamente, mas que é possível fazê-lo desde que estejamos dispostos a pagar o preço do conserto. Ou seja, “é preciso que a retomada do crescimento se dê sobre bases duradouras” (cf. Conjuntura Econômica, FGV, julho 2022, pp.10-11). Caso contrário, o Brasil continuará na estagnação média, se contentando com uma economia em “voo de galinha”.   

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 26/08/2022 a 01/09/2022


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

Para acessá-lo e acompanhar as mudanças mais recentes nesses mercados, clique aqui. 

Postagens Anteriores