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quinta-feira, 27 de novembro de 2025

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 21/11/2025 a 27/11/2025


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segunda-feira, 24 de novembro de 2025

A COP 30 E OS CUSTOS AMBIENTAIS (I) (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

O encerramento da COP 30 mostrou as dificuldades que o mundo tem em chegar a um consenso sobre o que fazer diante dos problemas ambientais provocados pela humanidade, os quais comprometem, em perspectiva, a sustentabilidade da vida no Planeta Terra. Entre os exageros e aqueles que simplesmente negam o problema, há uma realidade que não pode ser ignorada. O problema existe e vem se tornando a cada dia mais grave. A ciência e os fatos vêm mostrando isso, tendo o Rio Grande do Sul, infelizmente, como um importante exemplo mundial. Se é verdade que sempre existiram problemas climáticos na história da humanidade, igualmente é verdade que nas últimas décadas os mesmos se tornam muito mais constantes e intensos. Apenas para ficarmos no campo do econômico, alguns números chamam a atenção: em termos diretos, os danos ao meio ambiente mundial são estimados, hoje, ao redor de US$ 10 trilhões anuais; entre 1970 e 2021 os eventos climáticos e meteorológicos teriam sido responsáveis por US$ 4,3 trilhões em perdas econômicas; já a poluição do ar, sozinha, custaria aproximadamente US$ 5,3 trilhões por ano globalmente, considerando gastos com saúde e perda de produtividade; segundo estudo da revista Nature, o impacto no PIB Global pode ser de uma redução de 20% até 2050, sendo que a falta de ação da humanidade sobre o problema pode custar até 33% do PIB de países amazônicos, dentre eles o Brasil; e como o aquecimento global tende a ultrapassar 2ºC (a meta de 1,5ºC já não será cumprida), as consequências serão dramáticas para o empobrecimento e a sobrevivência da humanidade. Além disso, tem-se outros impactos: a degradação ambiental leva à perda de biodiversidade, escassez de recursos naturais e agravamento do aquecimento global; investimentos negativos, já que cerca de US$ 7 trilhões são investidos anualmente em atividades que têm um impacto negativo na natureza, agravando ainda mais a situação; a vulnerabilidade social, pela qual as populações mais pobres (a grande maioria) são desproporcionalmente afetadas pelas mudanças climáticas e desastres naturais, mesmo sendo as que menos contribuem para o problema; e a degradação oceânica, pois a rapidez com que a mesma ocorre poderá custar US$ 8,8 bilhões à economia mundial na próxima década. E o Brasil em tal cenário? (segue)

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 14/11/2025 a 20/11/2025


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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

COMÉRCIO EXTERIOR: O MERCOSUL E AS NOVAS OPORTUNIDADES (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

A melhor notícia vinda do tarifaço não é o previsível recuo de Trump, mas sim que o Brasil abriu novas janelas de oportunidades comerciais, negociando com países que antes tinham pouco espaço. Isso diversifica mercados e amplia a importância da globalização, reforçando o conceito de reglobalização pós-pandemia (não há desglobalização, simplesmente porque, dentre outros aspectos, as transnacionais não retornam às suas origens devido ao alto custo de produção). Essa nova realidade geoeconômica permite questionar o funcionamento atual do Mercosul. Hoje, nosso bloco regional tem um baixo dinamismo em termos de realização de acordos comerciais. Nem mesmo o acordo com a União Europeia, embora concluído em 2019, após 25 anos de negociação, não está aprovado. Nele as questões ambientais, por pressão particularmente europeia, se tornaram decisivas e acabaram sendo um motivo para emperrar o acordo, incluindo a questão da Amazônia. A reação contrária dos produtores agrícolas europeus, especialmente franceses, é outro motivo. E assim por diante. Com isso, o processo pouco avança. Pelo sim ou pelo não, o fato é que diante dessa nova contextualização geoeconômica, ainda temos poucos acordos com o Mercosul (hoje apenas 13% do total que o Brasil exporta tem tarifa preferencial nos seus mercados de destino) enquanto em muitos países do mundo esse percentual alcança até 70%. Assim, ganha espaço o debate sobre a necessidade de se flexibilizar as regras do Mercosul, “pois o custo de oportunidade de se manter no Mercosul já passou do limite da razoabilidade para o Brasil”. Afinal, o mundo passa a viver uma nova janela de oportunidade para novos acordos comerciais, pois boa parte dele se movimenta para diminuir a sua dependência do mercado estadunidense. É o momento de o Brasil ter mais agilidade. Para tanto, é preciso desativar os gargalos regulatórios do Mercosul, deixar de usá-lo como um vetor essencialmente político e gerar mais flexibilidade para ampliar a sua rede de acordos comerciais, fazendo um processo amplo de revisão da tarifa externa comum, que além de muito alta, continua cheia de distorções que acabam por comprometer a agenda de competitividade da indústria nacional (cf. Conjuntura Econômica, FGV, setembro/25, p. 20).

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 07/11/2025 a 13/11/2025


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segunda-feira, 10 de novembro de 2025

SELIC MANTIDA (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

A penúltima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada nos dias 4 e 5 de novembro, manteve a taxa Selic em 15% ao ano. Até aqui, nada de novo! Afinal, a inflação oficial, medida pelo IPCA, embora venha recuando, apresenta um comportamento lento e o acumulado de 12 meses ainda estava em 5,17% quando o teto da meta é de 4,5% e o objetivo principal é trazê-la para os 3% que é o centro da meta inflacionária anual. Além disso, existem quatro elementos importantes que continuam preocupando: a demanda interna, mesmo altamente endividada e inadimplente, continua relativamente aquecida, potencializada pela geração de empregos (mesmo com baixa remuneração) e pelos programas sociais; o próximo ano é de eleições, quando sempre os governos de plantão gastam mais do que o normal buscando reeleição ou eleger seus candidatos; o Brasil deverá terminar o ano com um déficit fiscal ao redor de R$ 27,1 bilhões, após 43 bilhões em 2024, quando inicialmente o arcabouço fiscal projetava zerá-lo (como não se está conseguindo zerá-lo o governo muda a meta para 0,25% de déficit em rlação ao PIB, para que o mesmo seja aceitável legalmente); enfim, no cenário externo, a situação em torno da crise provocada pelo tarifaço dos EUA ainda se faz presente. Em tal contexto, para a última reunião do ano, em dezembro, não deverá ocorrer redução da Selic e deveremos terminar 2025 com 15% de taxa nominal e um juro real altíssimo, ao redor de 10,5% caso a inflação venha a recuar para 4,55% como a tendência estaria apontando. A novidade da decisão deste mês de novembro é que o Copom mantém a declaração de que o juro elevado “deverá ser mantido por um período ainda longo” e que “não hesitará em elevar a taxa de juro caso as condições inflacionárias não melhorem”. Diante disso, a outra novidade é que ficou mais difícil uma possível redução já em janeiro/26 (na primeira reunião do novo ano), como chegamos a cogitar neste espaço. Assim, o mais prudente, se não houver surpresas econômicas adversas, é esperar um primeiro recuo da Selic na reunião de março/26. Dito isso, para o acumulado do próximo ano ainda se espera uma Selic elevada, embora em recuo, com a mesma devendo ficar entre 12% e 12,5% (muito irá depender do gasto público no ano eleitoral).

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 31/10/2025 a 06/11/2025


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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

A ARGENTINA NA ENCRUZILHADA (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Milei ganhou as eleições de meio termo na Argentina. Com isso, deverá garantir o apoio financeiro dos EUA, condicionado que estava a esta vitória. O que tudo isso significa? Os eleitores argentinos que foram às urnas (houve uma abstenção de um terço dos mesmos, a mais alta desde a redemocratização do país, em 1983) teriam levado em consideração alguns aspectos. Primeiro: rejeição ao peronismo (o problema da polarização ao seu extremo), pois governos peronistas (e também os do outro lado do espectro político local), muitos na correta busca por avanços sociais no país, perderam o controle dos gastos públicos e colocaram, em grande parte, a Argentina na profunda crise em que se encontra há mais de 50 anos. Segundo: trauma da inflação (ninguém deseja o retorno da disparada de preços após alcançar sua redução). Milei vem conseguindo isso (de 211% em 2023 para 30% anuais atualmente), apesar de seu populismo truculento. Terceiro: medo de uma crise econômica ainda maior. Neste último caso, os eleitores, mesmo diante das enormes dificuldades sociais geradas pelas medidas/reformas de ajustes feitas pelo atual governo (forte empobrecimento da Nação), decidiram perseverar neste caminho. Na lógica deles, se escolhe o menos ruim. No fundo, a economia da Argentina chegou ao fundo do poço e somente profundas reformas estruturais corrigem o problema. Como se sabe, as mesmas têm um custo social enorme (corta-se no “osso”) quanto mais se deixa o descontrole avançar. Mas, no caso do vizinho país, as finanças estatais não têm fôlego para suportar a carga do ajuste. Isso exige que Milei corrija seu erro da primeira metade de seu mandato e dê continuidade às reformas, porém, com uma intensidade mais palatável à sociedade. O remédio não pode matar o paciente! Mesmo porque a ajuda dos EUA (US$ 20 bilhões) é insuficiente. Qualquer descuido no controle fiscal e o câmbio dispara (como vem acontecendo por lá) e a inflação retorna com força, colocando por terra o plano de ajuste. Além disso, tal crise não se resolve em um mandato. Será preciso, talvez, mais de uma geração se não houver deslizes no ajuste. Se não mudar a estratégia de execução a sociedade tende a cobrar a conta logo adiante. Uma encruzilhada que exige muita sabedoria nas práticas econômicas a serem feitas daqui em diante, sem perder o foco no objetivo principal.

 

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