A penúltima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada nos dias 4 e 5 de novembro, manteve a taxa Selic em 15% ao ano. Até aqui, nada de novo! Afinal, a inflação oficial, medida pelo IPCA, embora venha recuando, apresenta um comportamento lento e o acumulado de 12 meses ainda estava em 5,17% quando o teto da meta é de 4,5% e o objetivo principal é trazê-la para os 3% que é o centro da meta inflacionária anual. Além disso, existem quatro elementos importantes que continuam preocupando: a demanda interna, mesmo altamente endividada e inadimplente, continua relativamente aquecida, potencializada pela geração de empregos (mesmo com baixa remuneração) e pelos programas sociais; o próximo ano é de eleições, quando sempre os governos de plantão gastam mais do que o normal buscando reeleição ou eleger seus candidatos; o Brasil deverá terminar o ano com um déficit fiscal ao redor de R$ 27,1 bilhões, após 43 bilhões em 2024, quando inicialmente o arcabouço fiscal projetava zerá-lo (como não se está conseguindo zerá-lo o governo muda a meta para 0,25% de déficit em rlação ao PIB, para que o mesmo seja aceitável legalmente); enfim, no cenário externo, a situação em torno da crise provocada pelo tarifaço dos EUA ainda se faz presente. Em tal contexto, para a última reunião do ano, em dezembro, não deverá ocorrer redução da Selic e deveremos terminar 2025 com 15% de taxa nominal e um juro real altíssimo, ao redor de 10,5% caso a inflação venha a recuar para 4,55% como a tendência estaria apontando. A novidade da decisão deste mês de novembro é que o Copom mantém a declaração de que o juro elevado “deverá ser mantido por um período ainda longo” e que “não hesitará em elevar a taxa de juro caso as condições inflacionárias não melhorem”. Diante disso, a outra novidade é que ficou mais difícil uma possível redução já em janeiro/26 (na primeira reunião do novo ano), como chegamos a cogitar neste espaço. Assim, o mais prudente, se não houver surpresas econômicas adversas, é esperar um primeiro recuo da Selic na reunião de março/26. Dito isso, para o acumulado do próximo ano ainda se espera uma Selic elevada, embora em recuo, com a mesma devendo ficar entre 12% e 12,5% (muito irá depender do gasto público no ano eleitoral).
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