O Congresso Nacional e suas emendas parlamentares (propostas de alteração feitas por deputados e senadores no orçamento público anual, que permitem direcionar recursos para projetos específicos), da forma como vêm sendo executadas, travam o país e penalizam os brasileiros de forma significativa. No orçamento de 2025 o total destas ementas era previsto em R$ 61,7 bilhões, sendo que grande parte das mesmas eram impositivas (execução obrigatória) devido a leis feitas pelos próprios congressistas. Em 2015, o volume de tais emendas era de apenas R$ 3,9 bilhões. Ou seja, em 10 anos o mesmo foi multiplicado por mais de 15 vezes. E o pior é que o uso deste dinheiro público não tem transparência e rastreabilidade, algo que permite desvios e corrupção, além de impedir a avaliação da relação custo/benefício das políticas públicas financiadas com o mesmo, segundo estudo da FGV (Conjuntura Econômica, julho/25, pp. 12-14). Cerca de metade destes recursos são destinados à saúde, porém, sem nenhum critério adequado. Comparando a realidade nacional com as emendas parlamentares de outro país com regime presidencialista, os EUA, a dimensão do descalabro fica ainda mais evidente. Enquanto de 1994 a 2024, nos EUA, tais emendas baixaram de 3% para 1% (hoje o teto percentual legal) das despesas orçamentárias obrigatórias, aqui no Brasil as mesmas passaram de 2% em 2015 para 24% em 2024. Se usarmos a comparação com o percentual do PIB e com o percentual do gasto primário federal (excluindo créditos extraordinários) o quadro é ainda mais aterrador. Na comparação com os EUA, para que as emendas parlamentares brasileiras fossem equivalentes, o montante das mesmas, aqui no país, em relação ao PIB, deveria ser de apenas R$ 5,9 bilhões e em relação ao gasto primário deveria ser de R$ 5,4 bilhões. Além disso, quando se necessita que o Estado diminua seus gastos, este Congresso jamais aceita cortar “na própria carne”. Pelo contrário, aumenta os gastos, transferindo a conta para sociedade brasileira, geralmente à parte mais pobre da mesma. Se estas distorções não forem corrigidas, não há economia que resista. Ou o país racionaliza isso ou continuará sendo engolido por estes excessos. Isso explica a importância das eleições para Deputado Federal e Senador, neste país. E outubro de 2026 está logo aí!
:)
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segunda-feira, 13 de outubro de 2025
quinta-feira, 9 de outubro de 2025
ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO
03/10/2025 a 09/10/2025
Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.
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segunda-feira, 6 de outubro de 2025
MERCADO DA SOJA EM PERSPECTIVA (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)
A realidade do mercado da soja condiz com a análise em perspectiva que se tem dos mercados. A mesma nos oferece uma visão de longo prazo, pela qual se confirma a máxima econômica: o mercado “procura” girar em torno da média histórica. Ou seja, após movimentos de fortes altas ou baixas das cotações, o mercado tende a “buscar” a média. No caso da soja, a média dos últimos 25 anos, em Chicago, gira entre US$ 9,80 e US$ 10,00/bushel. Assim, após as disparadas de preço entre 2020 e 2023, provocadas pela pandemia e a guerra Rússia x Ucrânia, quando o primeiro mês cotado chegou a flertar com seu recorde histórico diário (quase US$ 18,00/bushel), o mercado iniciou um retorno a seus patamares médios. A média do ano de 2024 ficou em US$ 11,02/bushel, após US$ 14,16 em 2023 e US$ 15,49 em 2022. Já nos primeiros nove meses de 2025 a média do primeiro mês, em Chicago, foi de US$ 10,26/bushel. E mais, a média de setembro/25 foi de US$ 10,19, enquanto a de setembro/24 havia sido de US$ 10,14/bushel. Ou seja, acomodados os fatores excepcionais do período 2020 a 2023, o mercado passou a “buscar” a média. O mesmo acontece com os dois outros elementos básicos da formação do preço da soja em reais: o câmbio e os prêmios no país, guardadas as devidas diferenças entre si. Assim, o mercado interno da oleaginosa formatou uma nova média nos últimos anos, a qual se situa entre R$ 110,00 e R$ 120,00/saco, sendo onde os preços de balcão se encontram neste momento. Dito isso: 1) o mercado é volátil e terá sempre acessos de altas e baixas, muitos deles especulativos, criando momentos especiais de comercialização; 2) os custos de produção, por serem formados junto a estruturas oligopolistas (poucas empresas dominam o mercado), tendem a subir até mais, porém, jamais baixam na mesma proporção do preço do produto, levando a margem média de ganho do produtor a diminuir, em termos reais, exigindo sempre maior produtividade por hectare para compensar a lacuna (gap); 3) como a maioria dos produtores não consegue tal incremento, ela acaba realizando fortes endividamentos, os quais são causa de inadimplências importantes e, em muitos casos, irreversíveis. Especialmente em realidades como a gaúcha, onde o clima, desde 2020, geralmente tem jogado contra o setor primário.
quinta-feira, 2 de outubro de 2025
ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO
26/09/2025 a 02/10/2025
Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.
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