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quarta-feira, 4 de junho de 2014

O DÓLAR NO MÊS DE MAIO DE 2014

Guilherme Gadonski de Lima
Argemiro Luís Brum

O mês de maio iniciou com o dólar cotado a R$ 2,22. A estabilidade da moeda estadunidense foi a tônica do mês. Seu menor nível foi alcançado no décimo terceiro dia do mês, com R$ 2,20, enquanto a cotação cambial mais elevada do período analisado se deu no dia 28, chegando a R$ 2,24. Nos demais dias o câmbio oscilou dentro desta “banda”. Esta relativa estabilidade da cotação se deve, particularmente, a continuidade da presença do Banco Central brasileiro com ações de oferta de dólares. Ao mesmo tempo, o mercado esperou os números do PIB trimestral, divulgado no último dia do mês. Há muita expectativa igualmente em relação à Copa do Mundo de Futebol e com eleições presidenciais programadas para outubro, cuja campanha eleitoral irá aquecer após a Copa. Estes dois fatores exógenos à economia acabam por gerar incertezas no médio prazo. Por sua vez, as variáveis macroeconômicas que vinham determinando os rumos da paridade do real frente ao dólar, não se movimentaram no mês de maio. O Banco Central dos Estados Unidos (FED) não reduziu o seu movimento de recompra dos títulos da dívida dos Estados Unidos, conforme vinha realizando, além do Banco Central do Brasil (BACEN) ter mantido o mesmo ritmo na venda de swap cambial (venda futura de dólares), o que foi suficiente para equilibrar a saída de dólares da economia interna. Posto desta forma cabe informar que o mês de junho deve ser agitado na área cambial brasileira já que o PIB do primeiro trimestre veio muito baixo (0,2%), com a rubrica investimentos no negativo. Além disso, o inicio da Copa do Mundo poderá acarretar, em contrapartida, uma entrada temporária de dólares na economia brasileira. Vale ainda informar que a freada na elevação da Selic em maio, mesmo sendo temporária, inibe momentaneamente a entrada de dólares no país. Enfim, mesmo com um saldo positivo em maio, a balança comercial, nos primeiros cinco meses do ano, ainda acusa um déficit, agora superior a US$ 4,0 bilhões (saiu mais dólares do que entrou). Ou seja, pelo lado do comércio externo, as coisas ainda estão longe de melhorarem.

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