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quinta-feira, 8 de maio de 2014

ANÁLISE DO DÓLAR

O DÓLAR NO MÊS DE ABRIL
O câmbio iniciou o mês de abril cotado a R$ 2,26, apresentando uma leve desvalorização do Real no terceiro dia do mês quando alcançou R$ 2,28. A partir de então se iniciou um período de revalorização da moeda brasileira, o qual se estendeu até o dia 08/04, quando nosso câmbio ficou em R$ 2,19 por dólar. Esse comportamento foi parcialmente revertido na semana seguinte, com a moeda brasileira voltando a R$ 2,24 por dólar no dia 17/04. A partir daí o mercado se estabilizou, com o mês de abril fechando em R$ 2,23 por dólar. Mesmo com a decisão do FED (EUA) de reduzir para US$ 45 bilhões mensais os estímulos à economia (ocorrida no final do mês), pesou mais sobre o mercado a maior entrada de dólares no país puxada pela alta do juro básico (a Selic foi elevada para 11% ao ano em abril). Diante disso, o Banco Central brasileiro acabou realizando menos intervenção no mercado cambial através dos contratos de swap. Por outro lado, a maior entrada de dólares no Brasil em certos momentos de Brasil se deu na esteira do anúncio de perda de popularidade por parte da presidente Dilma nas pesquisas de opinião. Um claro sinal de que o mercado financeiro se posiciona contra a reeleição da atual presidente. Ou seja, o mercado não aprova o intervencionismo estatal na economia, o qual ficou bem mais evidente no governo Dilma. A maior entrada de dólares no país igualmente se refletiu em aumento do índice Bovespa durante o mês de abril. Nesse contexto, não chegou a influenciar muito o mercado o desaquecimento da economia chinesa, tendo como uma das consequências a devolução de cargas de soja para o Brasil e os EUA por parte do país asiático. Colaborou um pouco com a estabilização cambial o pequeno superávit comercial (US$ 506 milhões) obtido em abril, embora o déficit acumulado nos primeiros quatro meses do ano ainda some US$ 5,57 bilhões. Em síntese, o mês de abril foi de poucas oscilações no mercado cambial brasileiro, com o mesmo ficando na observação, para usar um jargão conhecido no meio, na expectativa da entrada de mais dólares com a proximidade da Copa do Mundo e com a evolução das pesquisas de opinião em relação às eleições presidenciais de outubro no Brasil. Entretanto, vale destacar que os fundamentos da economia nacional continuam muito ruins e sem perspectiva de melhora nos próximos meses.


Guilherme Gadonski de Lima - Graduando em Ciências Econômicas pela Unijuí, bolsista PET-Economia 
Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
(PET/CEEMA/DACEC/UNIJUI)

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