O resultado acumulado da balança comercial brasileira, de janeiro até a terceira semana de outubro, período que já capta os efeitos do tarifaço de Trump, é interessante. No mesmo, o Brasil exportou US$ 276,1 bilhões e importou US$ 227,4 bilhões. Com isso, o saldo comercial acumulado é positivo em US$ 48,7 bilhões, representando um recuo de 18,1% na média diária quando comparado com igual período do ano anterior (em 2024, neste mesmo espaço de tempo, o saldo da média diária era de menos 23,4% sobre 2023). Por sua vez, as exportações cresceram 2,4%, enquanto as importações aumentaram 8,3%. Podemos inferir destes números que o tarifaço de Trump, se é certo que prejudica muitos setores de nossa economia, de forma global não tem sido tão ruim como se imaginava no início. Nota-se que, por enquanto, a diversificação de mercados, visando substituir o mercado dos EUA, está dando resultados de forma global. Obviamente, sem o tarifaço o resultado total acumulado poderia ser melhor, mas o quadro concreto, até o momento, é positivo diante das expectativas iniciais. Também é certo que as isenções de tarifas dadas pelo governo estadunidense, posteriormente, igualmente ajudam a este resultado menos ruim. Entretanto, nota-se também que a participação dos EUA, em nossas exportações totais, que em setembro e outubro do ano passado era de 11,3% e 12,2% respectivamente, caiu para 9,6% e 8,4% em setembro e outubro de 2025. Além disso, em uma análise mais longa verifica-se que nestes últimos anos o saldo comercial vem diminuindo, o que indica que nossas exportações em valor perdem força em relação às importações. Isso se deve ao fato, em especial, de exportarmos muitos produtos primários, com pouco valor agregado, os quais viram seus preços diminuírem no mercado internacional nos últimos anos (soja, milho, minério de ferro, petróleo...), enquanto os preços do que importamos, boa parte com maior valor agregado, pouco diminuem de valor. Ou seja, se o tarifaço de Trump não provocou, até o momento, a hecatombe comercial que se imaginava sobre o Brasil, embora cause problemas graves pontuais, mesmo assim, de forma global, o saldo de nossa balança comercial vem perdendo fôlego devido a continuarmos apostando na exportação de produtos com pouco valor agregado.
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