A Argentina volta a entrar em uma espiral de crise (aliás, nunca saiu da mesma), com risco de o país voltar a ficar inadimplente diante de seus credores internacionais. A esperança criada em torno do governo Milei se desfaz e a situação econômico-financeira piora rapidamente. Neste momento, o Banco Mundial, com empréstimos de US$ 4 bilhões, e o BID, com mais US$ 3,9 bilhões, correm em socorro do vizinho país, porém, o volume total é insuficiente. O risco de default (calote) se cristalizou, trazendo uma forte desvalorização do peso. Há um descumprimento das metas estabelecidas com o FMI e as reservas cambiais locais se esgotam novamente, com o risco país disparando. O que houve? Na prática, Milei foi eleito com o discurso liberal de realizar uma ampla reforma no sistema estatal, enxugando despesas e priorizando ajustes profundos visando colocar a economia nos trilhos, baixando a hiperinflação existente e encaminhando uma solução à crise fiscal. A proposta estava correta. O problema está sendo a maneira escolhida para alcançá-la. Se por um lado alguns indicadores econômicos melhoraram (por exemplo, a inflação caiu fortemente, pois em agosto/25 o índice acumulado em 12 meses ficou em 33,6%, contra quase 300% em abril de 2023), os mesmos foram alcançados com forte carestia junto a sociedade argentina, onde o nível de pobreza aumentou consideravelmente. Mesmo com recuo, tal nível registrou 31,6% da população urbana local no primeiro semestre de 2025. Além disso, casos de subornos e desvios de verbas públicas surgiram no governo. A reação da população foi imediata, com manifestações de rua e derrotando Milei na importante eleição da Província de Buenos Aires. E há grande risco de o mesmo perder as eleições parlamentares deste mês de outubro. O mercado já sinaliza que o Plano Econômico de Milei estaria afundando. A postura populista para tentar alcançar seus objetivos está inviabilizando o governo. O Plano do “homem do motosserra”, não encontrou respaldo eficiente na prática, ao ignorar os impactos sociais do mesmo. A intenção é boa, porém, a execução tem sido ruim, pois muito radical. Hoje, a Argentina precisaria ainda de mais US$ 20 bilhões, apenas para aliviar a situação. Os EUA emprestam, porém, exigem como contrapartida uma vitória de Milei nas eleições parlamentares de outubro. Aguardemos!
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