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segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

AGROPECUÁRIA EM 2023: PREÇOS EM QUEDA (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Enquanto o Brasil encaminha mais alguns recuos em sua taxa Selic, um PIB no final de 2023 ao redor de 2,9%, um câmbio abaixo de R$ 5,00 por dólar, e uma inflação ao redor de 5% aa, todos elementos positivos em relação às previsões iniciais, a agropecuária, carro chefe do empuxe do crescimento nacional, sofreu fortes recuos de preço de seus produtos. Na Bolsa de Cereais de Chicago, na comparação das cotações de meados de dezembro do ano passado, com o valor de meados de dezembro de 2023, tem-se o seguinte panorama: o bushel de soja registrou um recuo de 10,9% em seu valor; o do milho 29%, e o do trigo 18,3%. Considerando que este recuo é em dólares, os mesmos são significativos. O quadro atual é de um retorno aos níveis pré-pandemia, salvo para a soja que ainda tem espaço para novos recuos. Já no mercado interno brasileiro, tomando os preços médios pagos aos agricultores gaúchos (cf. Emater), apenas o arroz e o feijão registram aumento dos mesmos. E isso devido ao forte prejuízo climático recente que os atingiu, assim como redução de área no plantio. Em 12 meses, encerrados no dia 15 de dezembro, o preço do milho recuou 30,5%, passando de R$ 84,42/saco, para R$ 58,67. A soja registra recuo de 19,4%, saindo de R$ 172,04/saco para R$ 138,63 agora. Já o trigo perdeu 25,2% de seu valor, saindo de R$ 84,39/saco, para R$ 63,08. E isso que estes dois últimos produtos viram seus preços melhorarem nestas últimas semanas devido a perdas climáticas. Na sequência, temos o sorgo, com perda de 32,8% em seu preço, o quilo vivo do suíno com recuo de 8,1%, o leite com 23,5% menos de preço médio e o quilo vivo do boi gordo com recuo de 19,9% no período.  As exceções foram o arroz, que viu seu preço subir 35,8% no período, se estabelecendo hoje em R$ 116,83/saco de 50 quilos, e o feijão, que subiu 18,9%, ao atingir a média de R$ 300,00/saco na atualidade. Ao mesmo tempo, a inflação oficial brasileira, nos últimos 12 meses (dezembro/22 a novembro/23) ficou em 4,68%, lembrando que o acumulado de 2022 foi de 5,78%. Enfim, o câmbio saiu de R$ 5,31 em meados de dezembro/22 para os atuais R$ 4,93. Isso representa uma valorização do Real ao redor de 7,2% no período. Algo para deixar em alerta os produtores rurais, e que se soma as constantes perdas climáticas e a preços de insumos ainda elevados.

ATENÇÃO: ESTA É A ÚLTIMA COLUNA DESTE PERÍODO. RETORNAMOS COM A COLUNA NA SEMANA DO 05 AO 10 DE FEVEREIRO DE 2024.

FELIZ NATAL E UM 2024 PLENO DE REALIZAÇÕES.

ABRAÇOS.

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