O atual governo brasileiro praticamente ignorou as relações exteriores, deixando nosso país à margem das grandes negociações internacionais. O anti-globalismo foi a tônica, o que causou enormes prejuízos ao Brasil. Está mais do que na hora de reverter este quadro. Pelo menos é o que acena o novo presidente eleito. E no bojo deste contexto, reativar o Mercosul e as relações com o conjunto da América do Sul é fundamental. Geopoliticamente o Brasil tem uma vocação de liderança regional e jamais deve perdê-la, pois a mesma é o trampolim para uma melhor presença internacional. Especialmente agora que o cenário mundial está em franca modificação (possível retrocesso em algumas cadeias produtivas globais, o que poderia ser uma oportunidade para novos investimentos na região; volta de políticas protecionistas e amplo uso de subsídios pelos Estados Unidos e União Europeia na promoção de setores de novas tecnologias; reprodução da disputa entre Estados Unidos e União Europeia de um lado e China de outro na região sul-americana, como mostrou o caso do 5G com a Huawei; e recentes notícias sobre a preocupação da União Europeia em retomar o acordo com o Mercosul para deter o avanço da China nos mercados da região). E há, também, o lado comercial. Nos primeiros sete meses de 2022, a participação da América do Sul, nas exportações brasileiras, chegou a 12,8% do total, ficando em terceiro lugar, atrás da China, com 28,4% e da União Europeia, com 15,2%, e superando os EUA, que representaram 10,8% do total. Já na comparação com o mesmo período de 2021, a América do Sul registrou o maior crescimento, tanto em volume quanto em valor. Somente para a Argentina nossas vendas externas cresceram 14% e 34% respectivamente, enquanto para os demais países da América do Sul o crescimento foi de 14,3% e 42%, superando de longe a China (respectivamente -0,2% e -12,8%) e os EUA (3% e 27,8%), mas também a União Europeia, cujo crescimento foi de respectivos 12% e 40,6%. Enfim, nosso superávit comercial, entre janeiro e julho de 2022, foi de US$ 22 bilhões com a China; US$ 8 bilhões com a América do Sul; e US$ 5 bilhões com a União Europeia, havendo um déficit de US$ 9 bilhões com os EUA. Retomar as atenções para com a região, portanto, se impõe. (cf. Conjuntura Econômica, FGV, set/22)
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