O PIB de -0,1% no segundo trimestre de 2021 veio confirmar os alertas dados há mais tempo. Nossa economia, no corrente ano, no máximo voltará ao pífio estágio que tínhamos a partir de 2017. O resultado obriga a rever as projeções mais otimistas para o ano, com as mesmas ficando, agora, entre 4,5% e 5,5%. Afinal, os próximos trimestres continuarão a sofrer as consequências de uma demanda interna empobrecida; da alta nos custos da energia elétrica, proveniente da crise hídrica e da gestão temerária no setor; e da disparada inflacionária, que vem obrigando a aumentar o juro básico, o qual, se ajuda a conter a inflação, também funciona como um freio à recuperação econômica. Soma-se a isso a difícil recuperação dos empregos e ao fato de o governo federal não conseguir avançar no ajuste fiscal. Estes fatos, somados às tensões políticas causadas pelo Executivo nacional, colocam os investidores em compasso de espera. Tanto é verdade que no PIB deste último trimestre, a Formação Bruta de Capital Fixo, que retrata o nível de investimentos no país, e é um indicador sobre o potencial de crescimento futuro, veio negativa de 3,6% após crescimento nos três trimestres anteriores. Ou seja, a recuperação geral existente, apenas apaga o tombo provocado pela pandemia em 2020, nos colocando novamente no medíocre patamar econômico que alcançamos após a grande recessão de 2015/2016. Resultado disso, as projeções para o PIB de 2022 ficam, agora, em algo em torno de 1,5% junto aos mais realistas. Portanto, o cenário para nossa economia continua sendo de estagnação. Assim, depois de o país crescer 7,7% no 3º trimestre de 2020, em recuperação ao trimestre pandêmico anterior, que nos levou a -9%, o PIB nacional trimestral foi definhando nos trimestres seguintes, na direção contrária a abertura das atividades econômicas. Ou seja, recuamos para 3,1% no 4º trimestre do ano passado; para 1,2% no 1º trimestre deste ano, até chegarmos a -0,1% agora. Apesar de alguns setores melhorarem, fica evidente que não basta apenas reabrir a economia para o quadro geral melhorar estruturalmente, se a sociedade continua sem renda para consumir; o setor produtivo enfrenta desestruturação das cadeias produtivas, encarecendo os insumos; e as decisões políticas nacionais são constantemente desastrosas, longe do caminho construtivo em prol da Nação.
:)
Pesquisar
Postagens Anteriores
- maio (2)
- abril (9)
- março (8)
- fevereiro (8)
- dezembro (7)
- novembro (8)
- outubro (9)
- setembro (8)
- agosto (9)
- julho (9)
- junho (9)
- maio (9)
- abril (8)
- março (9)
- fevereiro (7)
- dezembro (6)
- novembro (8)
- outubro (9)
- setembro (9)
- agosto (9)
- julho (8)
- junho (9)
- maio (9)
- abril (8)
- março (9)
- fevereiro (7)
- dezembro (6)
- novembro (9)
- outubro (8)
- setembro (9)
- agosto (9)
- julho (9)
- junho (8)
- maio (9)
- abril (9)
- março (9)
- fevereiro (6)
- dezembro (7)
- novembro (9)
- outubro (9)
- setembro (8)
- agosto (9)
- julho (9)
- junho (9)
- maio (8)
- abril (9)
- março (9)
- fevereiro (6)
- dezembro (6)
- novembro (8)
- outubro (10)
- setembro (8)
- agosto (9)
- julho (9)
- junho (8)
- maio (10)
- abril (8)
- março (8)
- fevereiro (6)
- dezembro (7)
- novembro (8)
- outubro (10)
- setembro (8)
- agosto (10)
- julho (8)
- junho (9)
- maio (9)
- abril (8)
- março (9)
- fevereiro (7)
- dezembro (6)
- novembro (10)
- outubro (8)
- setembro (8)
- agosto (10)
- julho (8)
- junho (10)
- maio (8)
- abril (7)
- março (11)
- fevereiro (6)
- dezembro (8)
- novembro (8)
- outubro (8)
- setembro (10)
- agosto (8)
- julho (10)
- junho (8)
- maio (8)
- abril (8)
- março (10)
- fevereiro (6)
- dezembro (9)
- novembro (8)
- outubro (10)
- setembro (8)
- agosto (8)
- julho (10)
- junho (8)
- maio (8)
- abril (10)
- março (9)
- fevereiro (8)
- dezembro (7)
- novembro (9)
- outubro (9)
- setembro (9)
- agosto (8)
- julho (11)
- junho (11)
- maio (15)
- abril (14)
- março (16)
- fevereiro (12)
- dezembro (8)
- novembro (13)
- outubro (11)
- setembro (13)
- agosto (14)
- julho (12)
- junho (16)
- maio (10)
- abril (3)