Apesar de o ministro Guedes insistir na ideia de que nossa economia se recuperará em V, a realidade está mostrando que não será assim. E o PIB do terceiro trimestre do corrente ano corrobora esta afirmação. O crescimento de 7,7%, embora importante, ficou aquém do esperado pelo mercado, não compensando os -9,7% do segundo semestre. Comparando com o mesmo período de 2019, quando não tínhamos a pandemia, o PIB de agora ficou negativo em 3,9%, projetando para 2020 um resultado final entre 5% e 4,5% negativo, o pior desempenho anual em décadas. Assim, a recuperação da economia para os níveis pré-pandemia (início de 2020) deverá mesmo ocorrer somente em 2022, pois a projeção mais otimista para o PIB do próximo ano é de 3,5%, o que não recupera as perdas do corrente ano. Por enquanto, a economia está rodando no ritmo de 2017 (se considerarmos os efeitos da recessão de 2015 e 2016, que ainda não recuperamos, a economia nacional roda em níveis de 2012). E as agruras fiscais do Estado, onde o déficit público tende a terminar o ano perto de R$ 1,0 trilhão, não permitem novos gastos, fato que leva a equipe econômica a defender corte total dos auxílios oficiais dados durante este ano. Dentre eles está o auxílio emergencial, elemento que motivou um crescimento no consumo das famílias de 7,6% no trimestre considerado, além de elevar a taxa de poupança nacional para 17,3% do PIB, contra 13,7% em igual período de 2019. Enfim, os investimentos, que deram um salto positivo de 11% no período, ainda registram um recuo de 7,8% sobre o terceiro trimestre de 2019. A taxa de investimentos (quanto mais investimentos, melhores expectativas econômicas o país tem para o futuro) está em apenas 16,2% do PIB, quando o mínimo necessário seria 20% e o ideal 25%. Portanto, mesmo com a vacina, a recuperação se desenha no formato de U, se nenhum novo percalço surgir.
:)
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