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quinta-feira, 10 de maio de 2018

INVESTIR OU NÃO EM BOLSA DE VALORES (I)


Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
10/05/2018

Nesta hora brasileira em que o juro básico caiu para 6,5% ao ano, servindo especialmente para balizar o que os bancos pagam pelas nossas aplicações, mas pouco servindo para reduzir os juros que os brasileiros pagam ao setor financeiro, especialmente cheque especial e cartão de crédito, muitas pessoas voltam a se interessar pelas aplicações em bolsa de valores (no caso brasileiro a Bovespa). Afinal, nos primeiros quatro meses de 2018 a mesma registrou um ganho expressivo de 13,1%, enquanto os demais rendimentos financeiros, em sua maioria, não chegaram a 2%. Mas ganhar com aplicações em ações não é simples. Diante das diversas considerações possíveis a respeito, vamos aqui (e na próxima coluna) destacar algumas. Em primeiro lugar, na nossa Bovespa duas grandes empresas (Petrobras e Vale do Rio Doce) dominam geralmente o movimento bursátil. Assim, há forte concentração de valores na Bolsa e a oscilação no valor das ações das duas empresas, a partir de suas saúdes econômico-financeiras, são fundamentais. Em segundo lugar, é preciso se informar com especialistas do ramo quanto ao funcionamento da Bolsa e procurar observar, em um período longo, como e o porquê da ocorrência das oscilações nas cotações das ações. Em terceiro lugar, se realmente a pessoa quiser investir na Bolsa, deve começar com poucos recursos, visando um exercício-teste, até “pegar” os macetes e a prática do processo. Enfim, é importante se assessorar de corretores especializados na matéria. É preciso entender que aplicar em Bolsa de Valores (não confundir com Bolsa de Mercadorias), pensando em ganho fácil, é investir no risco, pois o processo é de risco. Ou seja, assim como se pode ganhar dinheiro, igualmente se pode perder muito dinheiro. Para quem não gosta de arriscar o seu dinheiro, não se aconselha investir neste instrumento, pois a Bolsa não deixa de ser um "jogo". Dito isso, em épocas de crise pode ser interessante aplicar em Bolsa, pois é possível comprar ações mais baratas de empresas importantes. Porém, na sequência é preciso monitorar constantemente as oscilações e o mercado bursátil para saber o momento de realizar a venda e auferir o lucro. Caso, após a compra, os preços recuarem, não se assustar tentando vender o que comprou porque é perda certa. Importante, nestes casos, é perseverar até que o mercado se recupere (as vezes pode levar anos). Mas cuidado: o cálculo deve levar em conta não apenas a recuperação do capital aplicado e sim, também, recuperar aquilo que se teria ganho no período caso o investimento tivesse sido feito em outra aplicação mais segura (Poupança, LCA, LCI...). Portanto, depois de comprar, se o mercado subir, saber a hora de vender. Ao mesmo tempo, jamais tentar ganhar o máximo (na expectativa de que sempre irá subir), pois como se trata de um mercado dominado pela especulação, o tombo pode ser rápido e violento. (segue)

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