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quinta-feira, 29 de maio de 2025

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 23/05/2025 a 29/05/2025


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

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segunda-feira, 26 de maio de 2025

EUA REBAIXADOS: E O BRASIL? (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Desde 2010, quando os efeitos negativos da grande recessão dos “subprimes”, originada nos EUA em 2007/08, se cristalizaram, este país vem perdendo sua posição de economia confiável (nota de crédito) aos olhos das agências avaliadoras de risco. Das três principais, a última (Moody’s) acaba de rebaixar a nota estadunidense, de Aaa (triplo A – a melhor nota) para Aa1. Os dois governos Trump, com suas medidas temerárias e, em muitos casos, sem noção, aceleraram este processo a partir de 2017. Ou seja, os EUA se tornaram um país de maior risco. Afinal, “as notas de crédito têm a função de indicar aos investidores a situação econômica de um país. Elas apontam o risco de calote e a capacidade do governo de honrar seus compromissos financeiros. A partir dessas notas, os investidores avaliam se vale a pena aplicar recursos em determinado país e se sua economia demonstra estabilidade. Quanto menor a nota, maior o risco para o investidor”. A alta dívida interna e o aumento do juro básico foram alguns dos motivos citados para o rebaixamento da nota. O que isso pode resultar? Em perda de força do dólar, o que já vem ocorrendo também por outros motivos; tentativa de segurar o juro básico nos EUA (o que já está acontecendo igualmente) e, se possível, reduzi-lo logo adiante; aumento nos juros dos títulos estadunidenses, pois os investidores, diante do aumento do risco, tendem a exigir mais juro para comprar tais títulos etc. O efeito sobre o Brasil pode ser a redução nos custos dos produtos importados, devido ao câmbio, e, com isso, menor pressão inflacionária; como consequência, a taxa Selic pode estacionar (talvez ainda se tenha um aumento de 0,25 ponto percentual, fechando o ano em 15% anuais), dando um pequeno alento à economia (muito irá depender do comportamento da inflação interna no país); redução nos ganhos com os produtos exportados (é o que vemos com a soja, por exemplo); e possibilidade um pouco melhor de rolar a dívida pública nacional. No entanto, é bom lembrar que “ a classificação do Brasil pela Moody's, na mesma tabela, é Ba1, ainda um nível abaixo do grau de investimento. Neste nível, o Brasil segue na categoria de especulação, ou seja, ainda é considerado um destino arriscado para investimentos”. Há expectativa de que, na próxima avaliação, melhore de posição. Para tanto, o controle fiscal e a redução da Selic são necessários.  

quinta-feira, 22 de maio de 2025

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 16/05/2025 a 22/05/2025


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segunda-feira, 19 de maio de 2025

A REALIDADE DO IDH (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

É sabido que crescimento econômico não é sinônimo de desenvolvimento. Ou seja, não basta acumular riqueza se uma Nação não souber transformar a mesma em qualidade de vida para o conjunto de seus cidadãos. Para medir o crescimento econômico tem-se o Produto Interno Bruto (PIB), desde a década de 1930, como indicador de referência. Todavia, o mundo não tinha um indicador relativamente confiável para medir o desenvolvimento. Em 1990 a ONU, através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), criou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para suprir esta lacuna. Mesmo não sendo perfeito, é o mais aceito internacionalmente para este propósito. Anualmente, o PNUD divulga um relatório sobre o desenvolvimento humano no mundo, com o ranking dos países neste quesito. O relatório de 2025, que trata da situação dos países em 2023, trouxe o Brasil na 84ª posição dentre 193 países e territórios analisados. Em tal contexto, algumas observações merecem atenção: 1) em 2023 éramos a 9ª economia do mundo, medida pelo PIB, porém, apenas a 84ª em desenvolvimento; 2) em 2023 melhoramos um pouco, pois no ano anterior estávamos na 89ª posição no IDH, o que é largamente insuficiente; 3) entre 1990 e 2023 nosso crescimento médio foi de 0,62%, chegando em 2023 com um IDH de 0,786 (quanto mais perto de um, mais desenvolvido é considerado o país), o que nos deixa no estágio “onusiano” de "alto desenvolvimento humano", apesar de todas as mazelas sociais que ainda temos; 4) em termos de evolução histórica, pioramos no ranking mundial, pois em 1990 estávamos em 60º lugar dentre 160 países analisados (o número de países analisados subiu 20,6% no período, enquanto a posição brasileira recuou 40%); 5) isso significa que muitos dos novos países “rankiados” possuem mais desenvolvimento do que o Brasil e muitos dos países já presentes no ranking melhoraram mais sua performance socioeconômica em relação ao nosso país. Também pudera: um dos critérios de avaliação é o nível de educação dos cidadãos e, neste caso, em 2024 o Brasil ainda possuía 30% de sua população entre 15 e 64 anos em analfabetismo funcional (não sabem ler nem escrever, ou sabem muito pouco, não conseguindo interpretar pequenas frases ou textos e nem mesmo identificar os preços e números de telefones).

quinta-feira, 15 de maio de 2025

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 09/05/2025 a 15/05/2025


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segunda-feira, 12 de maio de 2025

GUERRA TARIFÁRIA: EUA RECUAM (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Esta semana iniciou com a notícia de que EUA e China chegaram a um acordo sobre a guerra tarifária imposta por Donald Trump nos últimos meses. A decisão é de uma significativa redução das tarifas recíprocas, temporariamente (período de 90 dias). Os produtos chineses, comprados pelos EUA, passam a sofrer uma tarifa de 30% e os produtos estadunidenses, comprados pela China, uma tarifa de 10%. Ainda são elevadas, no caso dos EUA, mas estamos diante de um claro distencionamento do litígio. Na prática, depois da quantidade de problemas, internos e externos, vividos pelos EUA diante da aplicação das tarifas (ver coluna anterior), Trump recua claramente. Já o havia feito com outros países mundo afora há pouco tempo. E o recuo confirma alguns cenários: 1) mesmo que ainda esteja longe de voltar ao que era, a nova postura estadunidense confirma que a ordem econômica estabelecida, consolidada pela globalização atual, ainda tem vida pela frente; 2) que o globalismo (mundo caminhando sob a “orientação” das entidades supranacionais criadas no pós-Segunda Guerra Mundial – FMI, Banco Mundial, OMC, ONU etc) continuará, embora enfraquecido nos últimos tempos; 3) que, conjunturalmente, o preço das commodities e o dólar tendem a se fortalecer no mercado mundial; 4) a China mostrou força e consolidou sua posição de liderança na geopolítica mundial, enquanto os EUA enfraqueceram; 5) o mundo passou a desconfiar da estabilidade da economia estadunidense, e terá mais cuidado em relação às possibilidades de proteção vindas de seus títulos públicos e do dólar; 6) em termos multilaterais, a economia internacional deverá se readequar às lições, mesmo que intempestivas, vindas dos EUA; 7) mesmo assim, por falta de uma Nação com economia forte o suficiente e/ou por falta de interesse por enquanto (caso da China), a liderança mundial continua com os EUA, porém, com este país bem mais enfraquecido em relação a confiança de seus pares. Enfim, e não menos importante, no curto prazo, na esteira da possível alta das commodities, os produtores de soja talvez assistam a uma elevação de preços do produto, porém, o nível desta melhoria é uma incógnita. Pelo sim ou pelo não, a tendência é um mercado mais aliviado e buscando se reacomodar aos níveis anteriores ao “tarifaço”. Até quando?

quinta-feira, 8 de maio de 2025

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 02/05/2025 a 08/05/2025


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segunda-feira, 5 de maio de 2025

EUA: UMA CRISE ANUNCIADA (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Desde que o populista Donald Trump ganhou a eleição nos EUA, em novembro passado, o mundo entrou em estado de alerta. As promessas de rompimento com a ordem econômica estabelecida, sem grandes avaliações de seus resultados, minaram a confiança internacional. Os efeitos negativos são enormes. A situação chegou a tal nível, em 100 dias de governo, que mesmo os donos das Bigtechs, apoiadores de Trump, reverteram suas expectativas em relação a seu governo. Afinal, desde a sua posse, em 20 de janeiro, as mesmas perderam US$ 3,8 trilhões em valor de mercado devido as medidas econômicas adotadas. Mas o quadro é bem pior. Um protecionismo exacerbado, como o adotado, não gera emprego nem renda adicional ao país que o pratica. A literatura e a prática econômica, há séculos, ensina isso. Pelo contrário, com o tempo enfraquece a economia. Especialmente se tal movimento se dá contra países importantes da economia global, caso da China. Como resultado, a população estadunidense enfrenta alta da inflação (as expectativas de inflação, para os 12 meses seguintes, subiram acentuadamente, passando de 2,6% em novembro para 5,0% em março); ameaça concreta de recessão econômica (o primeiro trimestre de 2025 registrou um PIB negativo de 0,3% da economia estadunidense); os valores refúgios, como o dólar e os títulos públicos dos EUA, perdem interesse e valor (algo inimaginável); o juro básico interno tende a subir novamente para conter a inflação etc. No front externo, os EUA deixam de ser confiáveis, acelerando a perda da liderança para a China que, pasmem, se coloca como arauto do livre-comércio e do globalismo; as moedas globais ganham valor perante o dólar (inclusive o Real); as commodities perdem valor diante da freada na economia mundial; isso representa empobrecimento global etc. Quando a irresponsabilidade política ocorre em uma nação de referência econômica, o mundo inteiro sofre as consequências, além, obviamente, da própria população do país. Assim, mesmo em uma democracia, não basta apenas votar! É preciso votar com conhecimento amplo de causa e de seus efeitos futuros, sem jamais esquecer as lições do passado. Algo que as Nações subdesenvolvidas esquecem seguidamente e que, no mundo radical de hoje, aparece também nas chamadas desenvolvidas. 

quinta-feira, 1 de maio de 2025

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 25/04/2025 a 01/05/2025


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