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quinta-feira, 30 de março de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 24/03/2023 a 30/03/2023


Já está disponível o mais recente informativo da CEEMA-UNIJUÍ.

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segunda-feira, 27 de março de 2023

SELIC MANTIDA SEM (?) SURPRESAS (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Sob fundo de nova alta no juro básico dos EUA (0,25 ponto percentual); nenhum encaminhamento concreto a respeito do chamado novo arcabouço fiscal nacional; elevação dos preços administrados a partir de abril (medicamentos, gasolina, diesel, gás etc...) e outros elementos importantes reunidos, o Banco Central brasileiro manteve a Selic em 13,75% ao ano. Nenhuma surpresa! E a medida está coerente com a sua postura no combate à inflação nacional, que não cede, mesmo a economia diminuindo de ritmo. Se houve alguma surpresa, ela veio do enunciado do Banco, após a reunião de março, que não deu nenhum indicativo de redução futura dos juros. Ao contrário, deixou, mais uma vez, a entender que, se as condições exigirem, não hesitará em aumentar a Selic. Tal postura deixa o Executivo Federal preocupado e os empresários pressionados, evitando realizarem investimentos. Muitos, inclusive, enfrentando situações de incapacidade para continuarem seus negócios. Mas a culpa não é do Banco Central. A culpa é, em grande parte, da sociedade brasileira e de boa parte dos ocupantes do Executivo, Legislativo e Judiciário nacionais, que se habituaram, em nossa história, à farra do dinheiro público fácil e barato, pouco se preocupando em verificar o resultado da razão receitas/despesas públicas. Os avisos têm sido constantes nos últimos anos, na esteira de outros países, inclusive os ricos. Ignorar esta realidade, apoiando governos populistas de todos os matizes ideológicos, em defesa do uso irresponsável do dinheiro público, tem sido lugar comum por aqui. Ora, não há país que se sustenta sem um controle fiscal rígido e eficiente. Assim, sem fazermos o dever de casa na área fiscal, com o governo apontando para uma trajetória sustentável da dívida pública, através de um plano fiscal crível e exequível, mudar o rumo do juro é perigoso. E usar a inflação passada como argumento, na medida em que o seu acumulado anual recua um pouco neste momento, é um grave erro. O que interessa é a inflação potencial que se desenha no horizonte, a qual não é pouca a julgar pelo que se pretende fazer em ajustes de preços e retomada de impostos. Baixar o juro básico em tal contexto é, logo adiante, piorar o quadro econômico. Neste momento, precisamos de um bem estruturado marco fiscal para dar início a uma reversão do quadro. O teremos? 

quinta-feira, 23 de março de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 17/03/2023 a 23/03/2023


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segunda-feira, 20 de março de 2023

O LADO RUIM E O LADO BOM DA ECONOMIA (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

O lado ruim é que, sob fundo de nova crise bancária internacional, onde o Crédit Suisse, o Silicon Valley e o Signature Bank já quebraram, a economia geral entra em uma zona ainda mais turbulenta neste início de 2023. Um dos embriões disso é que os agentes financeiros mundiais superestimaram a queda da inflação. Como ela resiste, os juros básicos continuam subindo e os Bancos Centrais tendem a não ceder às pressões políticas para baixá-los tão cedo (a crise bancária pode alterar essa postura). Assim, não se pode descartar um quadro recessivo mundial logo adiante, talvez iniciado pela nova crise bancária. O lado bom do processo é que o PIB mundial está melhor do que o esperado para este momento. Isso sustenta o crescimento e melhora as contas externas de países como o Brasil. Mas, no nosso caso, precisamos urgentemente de um ajuste fiscal robusto. Daí a importância do novo arcabouço fiscal, com a nova âncora de gastos. Ou o mesmo vem bem construído, ou a economia desanda ainda mais. Não há mágica ou atalho. A economia nacional (PIB) já vem recuando desde o 2º trimestre de 2022, e os fatores que a melhoraram, na primeira metade de 2022, não existem mais, porém, ficou uma inflação de serviços e de custos. Ao mesmo tempo, o endividamento e a inadimplência geral disparam. Com isso, o crédito se retrai e o juro sobe. Se é necessário gastar mais no social, torna-se imprescindível cortar em outros lugares, ou arrecadar mais (quem irá pagar a conta?). O certo é que, se o Banco Central ceder às pressões e reduzir o juro na marra, teremos uma inflação mais alta e menos ancoragem dos gastos públicos, levando a um descontrole fiscal ainda mais perigoso. Afinal, não se pode esquecer que os governos são os grandes devedores do país e, portanto, indutores da inflação. Assim, infelizmente, se não houver correção na relação “gastos x receitas” públicas, a saída é frear ainda mais a economia para conter a inflação. A gastança pública irresponsável, acelerada nos últimos 15 anos, está cobrando o seu preço sobre a estabilidade da economia. O lado bom é que ainda dá para corrigir. O lado ruim é que o problema avançou tanto, que o ajuste vai doer, e muito! E o desafio, para um Brasil melhor, dentre as escolhas a serem feitas, é o governo conseguir dividir o custo dos ajustes entre toda a sociedade, eliminando os privilégios.

quinta-feira, 16 de março de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 10/03/2023 a 16/03/2023


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segunda-feira, 13 de março de 2023

CONJUNTURA NÃO FAVORECE REDUÇÃO DE JUROS (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

Diante de uma inflação brasileira que não cede, somada a um quadro recente de novas complicações no cenário financeiro dos EUA, onde dois bancos acabam de quebrar, não há ambiente para a redução da Selic no curto prazo. Quanto à inflação, a mesma voltou a acelerar em fevereiro, fechando o mês em 0,84%, contra 0,53% em janeiro. Se o acumulado em 12 meses registrou pequena baixa, ficando em 5,6%, ainda está bem acima do teto da meta que, para este ano, é de 4,75%. Além disso, este acumulado vem baixando porque nos três primeiros meses do ano passado a inflação nacional foi muito elevada. Logo adiante o cálculo se reverte, e o acumulado passa a subir igualmente. Soma-se a isso o fato de que, desde outubro passado, a média do IPCA é de 0,59%. Nesta balada, o ano de 2023 pode encerrar com uma inflação acumulada na casa dos 7% anuais, conforme cálculo do economista Marcelo Portugal (ZH, 11-12-03-23, p.14). Ou seja, mais elevada do que em 2022, que ficou em 5,79% e muito acima da meta. Por outro lado, notícias procedentes dos EUA confirmam que o juro básico, por lá, continuará subindo. E agora com um novo componente preocupante: na última semana dois bancos importantes quebraram naquele país. Um deles, o SVB, com US$ 175 bilhões de clientes submetidos a saques futuros contingenciados, incluindo o de empresas brasileiras. Em síntese, afora os fatos externos, no interior do país as dificuldades continuam: por enquanto, o combate ao déficit fiscal está na promessa; o mercado financeiro não está otimista (basta olhar os juros futuros); a inflação tem tendência de alta; e os juros estadunidenses continuam subindo. Assim, dificilmente o banco central brasileiro, via Copom, irá ceder em sua política de juros. A não ser que tenha motivos muito fortes. O principal deles poderia vir no anúncio oficial do novo arcabouço fiscal, no qual estará embutida uma nova âncora de gastos públicos (teto de gastos), além de um possível embrião da reforma tributária. Lembrando que na próxima semana teremos nova reunião do Copom. Pelo sim ou pelo não, o fato é que não há mágica, e o banco central não pode tomar atalhos, pressionado por desejos políticos, devendo aguardar por um ajuste fiscal robusto (esperando que ele venha) para então rever sua política de juros. 

sexta-feira, 10 de março de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 03/03/2023 a 09/03/2023


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segunda-feira, 6 de março de 2023

O PIB E SUA TENDÊNCIA (Prof. Dr. Argemiro Luís Brum)

O Produto Interno Bruto (PIB), indicativo da soma da produção bruta do país em 2022, veio em 2,9%. De um lado, confirmou as últimas estimativas existentes, de outro lado surpreendeu positivamente em relação as estimativas feitas no início do ano passado. Isso significa dizer que a economia caminhou bem melhor do que o esperado inicialmente. Dito isso, abrindo os números do indicador, tem-se uma série de informações que exigem atenção. Pelo lado positivo: 1) foi o setor de serviços que puxou a economia. Indústria e agropecuária pouco ajudaram, sendo que esta última, inclusive, ficou no negativo. A recuperação pós-pandêmica nos serviços continuou no ano passado, já que havia sido o setor que mais sofreu com a mesma. 2) o consumo das famílias, auxiliado particularmente pelas medidas de apoio do Estado e ações pontuais, eleitoreiras, no segundo semestre, cresceu 4,3%, sustentando parte dos serviços. Pelo lado negativo: 1) a formação bruta de capital fixo (investimentos), que indica o potencial de crescimento futuro, cresceu muito pouco, ficando em apenas 0,9%. 2) a evolução do PIB, nos trimestres do ano passado, indica uma forte e constante desaceleração, passando de 1,3% no primeiro trimestre para -0,2% no quarto trimestre. Isso indica, neste momento, que a possibilidade de um PIB menor em 2023 é muito concreta. Especialmente porque o setor de serviços teria esgotado seu potencial de crescimento recuperativo. Sobretudo porque o mesmo foi feito sobre alto endividamento das famílias e empresas, sendo que parte importante destas entrou em inadimplência neste início de ano. Além disso, a inflação em geral não cede o suficiente, particularmente no setor de alimentos. Com isso, o Banco Central se vê obrigado a manter a taxa de juros elevada (13,75% ao ano), o que inibe o próprio crescimento. Aposta-se que, com a ajuda do clima (o que já não ocorreu no Rio Grande do Sul), a agropecuária venha a compensar, em parte, a desaceleração dos serviços em 2023. Mas isso, se vier, será pouco. É preciso que o governo atual mostre firmeza no combate ao desarranjo fiscal histórico que temos, para inverter as expectativas do mercado e permitir que o Banco Central encontre espaço para reduzir a Selic de forma consistente e durável. Por enquanto, as projeções do PIB, para 2023, permanecem ao redor de apenas 0,8%.

quinta-feira, 2 de março de 2023

ANÁLISE SEMANAL DOS MERCADOS DA SOJA, MILHO E TRIGO

 24/02/2023 a 02/03/2023


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