A nova geoeconomia (ver coluna passada) gera o risco de uma fragmentação do processo, movida pelo protecionismo comercial agudo. Em termos conceituais a fragmentação geoeconômica “refere-se à tendência de divisão do sistema econômico global, em blocos regionais ou nacionais, com interesses e políticas divergentes, em vez de uma integração global mais fluida”. Essa fragmentação pode se manifestar em várias áreas, com implicações significativas para o crescimento econômico, a estabilidade global e a cooperação internacional. Suas causas são múltiplas. Além do protecionismo comercial, tem-se as tensões geopolíticas; a segurança nacional; divergências ideológicas e políticas; competição por recursos naturais e tecnológicos (as terras raras, por exemplo); baixo crescimento econômico; aumento da desigualdade entre os povos e países; a instabilidade financeira, com a consequente redução da cooperação em questões globais como as mudanças climáticas; a ruptura das cadeias de suprimentos globais, dificultando a produção e a distribuição de bens e serviços essenciais etc. O Brasil, assim como a maioria dos países do mundo, está vulnerável a isso. Dentre os riscos que se desenham ao nosso país, caso a fragmentação em curso se concretize, tem-se: redução do acesso a mercados, atingindo indústrias, setor primário e setores produtivos em geral; menor investimento estrangeiro, o qual é imprescindível para o crescimento do país; perda de oportunidades de desenvolvimento, pois o acesso as novas tecnologias, inovação e conhecimentos avançados fica menor etc. Diante disso, para diminuir os efeitos negativos desta fragmentação geoeconômica sugere-se fortalecer o comércio multilateral, não cedendo às pressões protecionistas; diversificar as cadeias de suprimentos (buscar outros fornecedores e clientes); investir em inovação e tecnologia, assim como na formação de sua população nesta área; fortalecer a cooperação regional, transformando acordos como o Mercosul em real ambiente de comércio e avanços econômicos etc. O assunto é complexo e preocupante, a ponto de o FMI alertar “ou nos rendemos às forças da fragmentação geoeconômica, que tornarão nosso mundo mais pobre e mais perigoso, ou reformulamos a maneira como cooperamos, a fim de avançar no enfrentamento de nossos desafios coletivos”.
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