O Copom, sem grandes surpresas, voltou a aumentar o juro básico, passando o mesmo para 15% ao ano. Por trás desta decisão duas possíveis conclusões: 1) o aumento deve ser interrompido na próxima reunião, porém, o ciclo de alta não estaria finalizado (tudo irá depender do controle fiscal interno e do novo conflito na região do Oriente Médio); 2) mesmo sendo interrompido, o juro básico nos atuais níveis deve durar todo o restante do ano e, talvez, avançar 2026 adentro. Isso porque as condições para corrigir o abismo do rombo fiscal, gerador de inflação, estão longe de serem reunidas. Neste caso, há muita irresponsabilidade dos três poderes do país, com aumentos constantes de gastos, sem aumento de receitas equivalentes, a não ser o uso do artifício de aumentar constantemente os impostos (no dia 17/06 mais um descalabro: os parlamentares aprovaram um reajuste do fundo partidário ao custo de R$ 164,8 milhões ao Tesouro). Soma-se a isso a péssima qualidade dos gastos (o Estado gasta muito e mal). E ninguém quer dividir o ônus, assim deixando o problema estourar efetivamente no setor produtivo, acirrando o embate entre a minoria de privilegiados e o restante dos brasileiros. De tanto empurrarmos de barriga o problema, estamos no limiar (2027) de o país ser obrigado a tomar uma decisão definitiva. E isso passa por uma alteração na política econômica, a qual terá que ser de severo aperto. A situação está tão ruim que o atual governo inventou o conceito de “gasto negativo”, algo que não existe em lugar nenhum, muito menos na ciência contábil, econômica ou financeira. Muito disso para fazer caber no papel (orçamento da União) os gastos abissais com as emendas parlamentares. Não surpreende que as contas públicas não fechem. Em tal cenário, o Real escapa de sofrer uma brutal desvalorização nestes últimos meses, e a Selic deixa de ser muito mais elevada, porque o dólar, devido a Donald Trump e suas medidas, perdeu força como valor refúgio no mundo. E como a última liderança política, que decidiu enfrentar nossos problemas econômicos estruturais, foi FHC com seu Plano Real, o país, sem piloto há cerca de 23 anos, chegou onde chegou. Ou muda a atual trajetória urgentemente ou o que está crítico agora ficará insustentável nos próximos dois a três anos.
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