O PIB brasileiro em 2023 cresceu 2,9% sobre o ano anterior. Porém, tal crescimento foi concentrado nos dois primeiros trimestres, com avanços respectivos de 1,3% e 0,8%, graças ao setor agropecuário. O restante do ano foi medíocre. Para 2024 se espera um PIB ao redor de 1,9%. Menor e ainda dependendo se a economia fará o chamado “pouso suave”. Para tanto, dentre outras coisas, será preciso a continuidade da redução da Selic. O problema é que surgiram pedras no caminho: além dos fatores externos já conhecidos, tem-se um ajuste, para pior, nas metas fiscais inerentes ao arcabouço fiscal. Soma-se a isso “a decisão do Presidente da República de iniciar o governo com o pé no acelerador do gasto úblico, fato que deixará, como legado do governo Lula III, uma dívida pública de 84% do PIB, sendo que entre dezembro de 2022 e dezembro de 2026, a dívida pública irá crescer 12 pontos percentuais do PIB” segundo cálculos da FGV (Pessôa, S. Conjuntura Econômica-FGV, março/24). Soma-se a isso a evolução ruim dos investimentos, componente importante do PIB, o qual expressa “a confiança e a capacidade de enxergar o futuro dos agentes econômicos”. Em 2013 o mesmo estava em 22,8% do PIB. Depois disso, a recessão econômica interna, a pandemia, a guerra Rússia x Ucrânia, e as incertezas políticas internas nos últimos governos, trouxeram a taxa de investimento para 18,2% do PIB no encerramento de 2023. Assim, para 2024 o que interessa mesmo não será o percentual do PIB, mas sim como ele será composto. Ou seja, “os ingredientes que comporão o PIB deste ano dirão muito sobre a capacidade que o Brasil terá criado para ampliar seu crescimento de forma sustentável. Se tivermos medidas que comprometam o efeito da política monetária, será ruim, porém, se o trabalho da política monetária for respeitado e a dinâmica econômica for mais disseminada, estaremos garantindo um movimento positivo, inclusive para 2025” (Matos, S. Conjuntura Econômica-FGV, março/24). Ora, hoje temos muito mais medidas comprometedoras do que o contrário. A ponto de se considerar a possibilidade de o Copom estancar a redução da Selic. Além disso, no final do corrente ano termina o mandato de Campos Neto à frente do Banco Central. E o risco de trocarmos uma política monetarista aceitável, para uma desenvolvimentista intervencionista, não é pequeno.
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