Depois de alcançarem o valor de US$ 14,02 na semana passada, as cotações da soja recuperaram-se, fechando na quinta-feira(18/04) em US$ 14,30/bushel. O mercado parece estar acomodando-se e volta a lógica já conhecida.
No mercado do milho, ainda que com um aumento durante a semana, as cotações fecharam em US$ 6,44/bushel na quinta-feira(18/04). Considerando a média de US$6,51 nas semana passada, é possível constatar uma queda desfavorável no preço do produto.
O mercado do trigo registrou um aumento em relação à semana passada, indo de US$ 6,97 para US$ 7,02.
Para dados completos e gráficos, leia a publicação completa elaborada pela CEEMA - UNIJUÍ esta semana.
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sexta-feira, 26 de abril de 2013
quinta-feira, 25 de abril de 2013
TENDÊNCIAS
Prof. Dr. Argemiro Luís Brum
A FRAQUEZA ECONÔMICA DO
GOVERNO
Estagflação na economia significa, em síntese, a convivência de uma economia estagnada, porém, com inflação. É o pior dos mundos econômicos. Pois o Brasil cada vez mais caminha nesse sentido, diante das medidas erráticas adotadas pela área econômica do governo nos últimos anos. Após registrarmos 0,9% de PIB em 2012, a inflação oficial (IPCA) acaba de romper o teto da meta, se estabelecendo em 6,59% ao ano. Para este primeiro trimestre de 2013 a expectativa é de que o PIB tenha ficado em 1% de crescimento, porém, o mercado estima que tal resultado é passageiro, pois está ligado especialmente às safras agrícolas, mais abundantes neste ano. Tanto é verdade que o índice de crescimento industrial de fevereiro, medido pelo Banco Central (o IBC-Br), voltou a despencar, alcançando negativos 0,52%, após 1,29% positivo em janeiro. Nesse contexto, o mercado já vem confirmando uma expectativa que tínhamos desde o final do ano passado: a economia brasileira, na melhor das hipóteses, crescerá apenas 3% neste ano. O mercado já espera um percentual entre 2,5% e 3%, o que é muito pouco, pois estamos saindo de uma base muito reduzida de comparação que é o 0,9% do ano passado. Além disso, pelas necessidades reais do Brasil, considerando o tamanho de sua população, precisaríamos crescer, de forma relativamente constante, entre 6% a 7% ao ano. E, nesse contexto, pressionado pela alta dos preços, o Copom se viu obrigado a aumentar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual em sua reunião deste mês de abril, passando a mesma para 7,5% anuais. É o primeiro aumento em 20 meses. E o processo não deve parar aí, pois a pressão dos preços tende a continuar, pelo menos até agosto próximo. Além disso, o aumento do juro tem seu efeito prático apenas seis meses após a tomada da decisão. Desta forma, novos aumentos da Selic deverão ocorrer no ano, a ponto de o mercado esperar um juro básico, no final de 2013, ao redor de 8,5%.
A FRAQUEZA ECONÔMICA DO
GOVERNO (II)
Esta
é a ponta do iceberg! O problema é que a alta de preços, mesmo com uma economia
quase parada, vai muito além destes números médios oficiais, atingindo
praticamente todos os setores da economia e, particularmente, os alimentos e as
classes mais pobres. Tanto é verdade que a cesta básica subiu fortemente nos
últimos 12 meses na maioria das cidades brasileiras (em Ijuí-RS, por exemplo, a
mesma viu seu custo ultrapassar a 24% no período). Ou seja, esta é a real
inflação para o cidadão brasileiro! O que se confirma é que as medidas pontuais
do governo não surtem efeito algum, apenas “empurrando de barriga” o problema e
deixando no rastro problemas ainda maiores para serem resolvidos. Por exemplo:
a tão propalada redução da energia elétrica, além de comprometer o setor
elétrico, já foi corroída pelo aumento de preços junto às concessionárias, como
alertamos há mais de mês; o aumento dos combustíveis ficou e agora está pesando
forte sobre o custo dos fretes e da vida do brasileiro; a redução de impostos
para alguns produtos da cesta básica pouco efeito teve, pois os preços destes
produtos até mesmo aumentaram em muitas situações; e assim por diante. Dito de
outra maneira, ou o governo parte para medidas firmes e consistentes, estruturais,
ou a situação brasileira somente irá piorar. E como o horizonte eleitoral de
2014 não está muito longe, o grande risco que corremos é de continuarmos
tergiversando nas medidas econômicas, nada fazendo de ajustes estruturais, o
que nos deixa na dependência de uma recuperação externa que não vem. Sem falar
que aumentar o juro leva naturalmente a uma freada na atividade econômica num
momento em que se precisa exatamente do contrário! Quando aqui deixamos
entender que, na área econômica, o governo agia de forma supérflua, não
estávamos fazendo um exercício de retórica. A atualidade dos fatos nos dá hoje,
infelizmente, razão.
INGERÊNCIA DESASTROSA - Jornal da Manhã
Prof. Dr. Argemiro Luís Brum (CEEMA/DACEC/UNIJUI)
Nos últimos anos, e particularmente no mandato da presidente Dilma, a economia brasileira sofre uma intervenção cada vez mais aguda do governo. Se é verdade que a ação do governo é necessária em determinados momentos da vida econômica de um país, dentro da lógica da constituição de um Estado organizador do processo econômico, também é verdade que uma intervenção constante gera distúrbios e desconfianças generalizadas. Especialmente, como é nosso caso, quando tal intervenção, além de exagerada, se mostra pontual e inócua para os objetivos a que se propõe. E mais, a mesma tem se mostrado perniciosa a ponto de intimidar o investimento privado nacional e assustar o investidor internacional.
Isso explica, aliás, porque o Brasil já não é mais o país emergente em evidência no mundo. Na luta por manter um mínimo de crescimento econômico, num cenário internacional praticamente recessivo, o governo adotou medidas desenvolvimentistas, porém, sem estar preparado para tal. Além disso, direcionadas apenas a alguns setores. Esse processo, além de não resultar efeito prático na economia (crescemos apenas 2,7% em 2011 e 0,9% em 2012), gerou uma inflação que nos aproxima da estagflação (inflação sem crescimento econômico).
Após desdenhar o controle da inflação, o governo volta atrás e decide atacá-la, porém, ainda timidamente (o recente aumento da Selic entra neste contexto). Ao mesmo tempo, o Brasil se tornou um país caríssimo, ultrapassando inclusive países do chamado mundo desenvolvido, pois o custo do trabalho subiu em demasia diante de uma produtividade ainda medíocre do mesmo. Nossos empresários pagam muito pelo retorno em serviços que a mão-de-obra, em muitos casos com baixa qualificação, oferece.
Ora, combater a inflação, que é necessário, com aumento dos juros é uma medida correta, porém, de curto prazo e que tende a frear ainda mais a economia. Ou seja, estamos sendo obrigados a adotar, por falta de fazer o dever de casa, um remédio que contradiz os objetivos e as necessidades de crescimento do país.
Sem planejamento, o governo insiste na ingerência da economia, agora mexendo nos impostos sobre o etanol, na mistura do mesmo na gasolina e assim por diante. Baixar impostos é fundamental, porém, não de maneira desordenada e pontual. É preciso criar um processo sustentável oriundo de uma ampla reforma tributária, que não vem. Assim, a ingerência do governo na economia é cada vez mais prejudicial à mesma.
Paralelamente, não investimos o suficiente (apenas 2% do PIB é voltado à infraestrutura), o crescimento da economia em 2013 já está comprometido (talvez nem mesmo os parcos 3% sejam alcançados) e, se realmente quisermos controlar a inflação (atingir o centro da meta), a Selic terá que subir para índices entre 9% e 10,5%. Na prática, como sempre que se perde o rumo, há muito discurso e pouca ação concreta, limitando-se o governo a apagar incêndio e acusar os outros.
Nos últimos anos, e particularmente no mandato da presidente Dilma, a economia brasileira sofre uma intervenção cada vez mais aguda do governo. Se é verdade que a ação do governo é necessária em determinados momentos da vida econômica de um país, dentro da lógica da constituição de um Estado organizador do processo econômico, também é verdade que uma intervenção constante gera distúrbios e desconfianças generalizadas. Especialmente, como é nosso caso, quando tal intervenção, além de exagerada, se mostra pontual e inócua para os objetivos a que se propõe. E mais, a mesma tem se mostrado perniciosa a ponto de intimidar o investimento privado nacional e assustar o investidor internacional.
Isso explica, aliás, porque o Brasil já não é mais o país emergente em evidência no mundo. Na luta por manter um mínimo de crescimento econômico, num cenário internacional praticamente recessivo, o governo adotou medidas desenvolvimentistas, porém, sem estar preparado para tal. Além disso, direcionadas apenas a alguns setores. Esse processo, além de não resultar efeito prático na economia (crescemos apenas 2,7% em 2011 e 0,9% em 2012), gerou uma inflação que nos aproxima da estagflação (inflação sem crescimento econômico).
Após desdenhar o controle da inflação, o governo volta atrás e decide atacá-la, porém, ainda timidamente (o recente aumento da Selic entra neste contexto). Ao mesmo tempo, o Brasil se tornou um país caríssimo, ultrapassando inclusive países do chamado mundo desenvolvido, pois o custo do trabalho subiu em demasia diante de uma produtividade ainda medíocre do mesmo. Nossos empresários pagam muito pelo retorno em serviços que a mão-de-obra, em muitos casos com baixa qualificação, oferece.
Ora, combater a inflação, que é necessário, com aumento dos juros é uma medida correta, porém, de curto prazo e que tende a frear ainda mais a economia. Ou seja, estamos sendo obrigados a adotar, por falta de fazer o dever de casa, um remédio que contradiz os objetivos e as necessidades de crescimento do país.
Sem planejamento, o governo insiste na ingerência da economia, agora mexendo nos impostos sobre o etanol, na mistura do mesmo na gasolina e assim por diante. Baixar impostos é fundamental, porém, não de maneira desordenada e pontual. É preciso criar um processo sustentável oriundo de uma ampla reforma tributária, que não vem. Assim, a ingerência do governo na economia é cada vez mais prejudicial à mesma.
Paralelamente, não investimos o suficiente (apenas 2% do PIB é voltado à infraestrutura), o crescimento da economia em 2013 já está comprometido (talvez nem mesmo os parcos 3% sejam alcançados) e, se realmente quisermos controlar a inflação (atingir o centro da meta), a Selic terá que subir para índices entre 9% e 10,5%. Na prática, como sempre que se perde o rumo, há muito discurso e pouca ação concreta, limitando-se o governo a apagar incêndio e acusar os outros.
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